segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Coluna Texto & Contexto defende Arborização Urbana

Exemplo de rua bem arborizada com Ipês Brancos (Piracicaba,SP)


As árvores. Cadê as árvores?

Na última sexta-feira, logo pela manhã, ao levar meu filho à escola, mostrei-lhe a Rua Presidente Roosevelt, dizendo que quando vim para Limeira, em 1980, ela era todinha arborizada. De ambos os lados. Plantas sempre bem cuidadas, calçadas limpas e uma paisagem que tornou o município, à época, um dos mais bem arborizados do País. Tinha, se não me engano, até ranking disso. E todas as ruas eram assim. Um espetáculo aos olhos e uma bênção ao meio ambiente (nem se falava nisso ainda!). Se está catalogado em algum arquivo, seria interessante trazê-lo à tona. De lá para cá quase 30 anos se passaram e, longe do verde, as ruas ganharam uma aparência dura. De pedra. E com poucas árvores, muitas das quais secas e desgalhadas. E a empresa que cuida da poda, sem nenhum critério, vai “limpando” essas árvores. O tesourão segue mastigando galhos secos e novos. Estejam floridos ou não. A Rua Santa Josefa teve todas suas árvores arrancadas - estavam velhas, afirmaram - e as novas plantadas não vingam ou são depredadas. Será que não há especialista que entenda um pouquinho disso?

Passados 30 anos

Três décadas perdidas sem a necessária recomposição. Começou a minguar já em 1984, quando Jurandyr Paixão voltou à Prefeitura e relegou a segundo plano o maior especialista em parques e jardins que Limeira já teve: Roberto Antunes. De lá para cá, todos os governos que passaram por aqui nada fizeram. E, aos poucos, muitas plantas foram morrendo. E, sem reposição, a paisagem mudou.

Falta de critérios

Desde então, entra ano e sai ano, cria-se uma Secretaria do Meio Ambiente, terceiriza-se o serviço de poda a uma empresa de limpeza - será que tem um técnico nessa área de conservação? - e nada de melhorias na arborização. Aliás, só piora. A consciência ambiental está lá, escondidinha em algum canto da burocracia oficial. E meu filho não pode ver como era verde esse vale. Eu vi!

Fonte: Trecho da Coluna Texto & Contexto da Gazeta de Limeira (aqui)

Meus Cometários:

Muito boa a chamada de atenção do jornalista Cláudio Bontorim neste último Domingo, dia 12 de setembro.

Fiquei muito feliz em ver essa coluna pois quem defende o tema da Arborização Urbana parece ser voz solitária no meio da multidão...

Todos querem e exigem a preservação de Florestas, principalmente a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Mas essas mesmas pessoas não conseguem conviver com uma única árvore em frente de casa...

Utilizam como argumento que a árvore escurece a rua, que as folhas sujam o chão, e tal, mas ninguém consegue ver os benefícios como melhoria estética, sombra, controle da temperatura, redução do barulho, diminuição da poeira, combate às enchentes, redução de stress entre outros.

Como relatado no texto, é triste ver que sempre há árvores sendo cortadas e na maioria das vezes ela não é reposta, e se for, geralmente é por um arbusto e não uma árvore...

 A legislação de Limeira é muito boa, mesmo considerando sua idade, já que ela é de 1994. Pena que não é seguida. Para variar, mais uma lei que não pegou, num país que há leis que pegam e outras que não pegam... 

Quem quiser conhecer a lei, pode acessá-la no site da ONG Preservação, clicando aqui.

Para saber mais, acesse o link que mostrará os posts relacionados à Campanha "Antes que vire arbusto, grama ou concreto".

Um comentário:

  1. Maria Lúcia Bergantin13 de setembro de 2010 às 18:50

    Boa noite Tiago,sou uma defensora do meio ambiente,em 23/09/2003, como Munícipe, e indignada com a situação que vinha ocorrendo com as árvores em Limeira, participei da Comissão de Assuntos Relevantes para Promover Estudos sobre o Sistema de Arborização da Cidade de Limeira e Suas Consequências, meu depoimento foi sobre a dificuldade que era o atendimento na Secretaria do Meio Ambiente, sobre as podas, etc. Foi um estudo muito bom, com a participação de profissionais que realmente conhecem as àrvores. Membros da Comissão: Jorge de Freitas, Benedito Honório Barbosa, Nelson Caldeiras, Otoniel Carlos de Lima, Tarcílio Bosco, desconheço os resultados dessa Comissão, pois os problemas relatados em seu Blog, foram os problemas comentados na Comissão. Tenho a cópia desse estudo sobre arborização.Se precisar está a disposição.Obrigada, Maria Lúcia Bergantin

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