quarta-feira, 18 de maio de 2016

44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro, aponta pesquisa Retratos da Leitura




MARIA FERNANDA RODRIGUES
18 Maio 2016 | 17:06

Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil anuncia resultados de sua 4.ª edição em seminário em São Paulo; livro com análise será publicado na Bienal do Livro de São Paulo

Há um pouco mais de leitores no Brasil. Se em 2011 eles representavam 50% da população, em 2015 eles são 56%. Mas ainda é pouco. O índice de leitura, apesar de ligeira melhora, indica que o brasileiro lê apenas 4,96 livros por ano – desses, 0,94 são indicados pela escola e 2,88 lidos por vontade própria. Do total de livros lidos, 2,43 foram terminados e 2,53 lidos em partes. A média anterior era de 4 livros lidos por ano. Os dados foram revelados na tarde desta quarta-feira, 18, e integram a quarta edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.

Realizada pelo Ibope por encomenda do Instituto Pró-Livro, entidade mantida pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), a pesquisa ouviu 5.012 pessoas, alfabetizadas ou não, mesma amostra da pesquisa passada. Isso representa, segundo o Ibope, 93% da população brasileira.

Para a pesquisa, é leitor quem leu, inteiro ou em partes, pelo menos 1 livro nos últimos 3 meses. Já o não leitor é aquele que declarou não ter lido nenhum livro nos últimos 3 meses, mesmo que tenha lido nos últimos 12 meses.

A Bíblia é o livro mais lido, em qualquer nível de escolaridade. O livro religioso, aliás, aparece em todas as listas: últimos livros lidos, livros mais marcantes. 74% da população não comprou nenhum livro nos últimos três meses. Entre os que compraram livros em geral por vontade própria, 16% preferiram o impresso e 1% o e-book. Um dado alarmante: 30% dos entrevistados nunca comprou um livro.

Para 67% da população, não houve uma pessoa que incentivasse a leitura em sua trajetória, mas dos 33% que tiveram alguma influência, a mãe, ou representante do sexo feminino, foi a principal responsável (11%), seguida pelo professor (7%).

As mulheres continuam lendo mais: 59% são leitoras. Entre os homens, 52% são leitores. Aumentou o número de leitores na faixa etária entre 18 e 24 anos – de 53% em 2011 para 67% em 2015. A pesquisa não aponta os motivos, mas Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Editores, disse ao Estado que o boom da literatura para este público pode ter ajudado no aumento do índice – mais do que uma ação para manter o aluno que sai da escola interessado na leitura.

Entre as principais motivações para ler um livro, entre os que se consideram leitores, estão gosto (25%), atualização cultural ou atualização (19%), distração (15%), motivos religiosos (11%), crescimento pessoal (10%), exigência escolar (7%), atualização profissional ou exigência do trabalho (7%), não sabe ou não respondeu (5%), outros (1%). Adolescentes entre 11 e 13 anos são os que mais leem por gosto (42%), seguidos por crianças de 5 a 10 anos (40%).

Os fatores que mais influenciam na escolha de um livro estão tema ou assunto (30%), autor (12%), dicas de outras pessoas (11%), título do livro (11%), capa (11%), dicas de professores (7%), críticas/ resenhas (5%), publicidade (2%), editora (2%), redes sociais (2%), não sabe/não respondeu (8%), outro (1%). O item O “tema ou assunto” influencia mais a escolha dos adultos e daqueles com escolaridade mais alta, atingindo 45% das menções entre os que têm ensino superior. Já o público entre 5 e 13 anos escolhe pela capa. Dicas de professores funcionam melhor que todas as outras opções para crianças entre 5 e 10 anos. E blogs respondem por menos de 1%.

Lê-se mais em casa (81%), depois na sala de aula (25%), biblioteca (19%), trabalho (15%), transporte (11%), consultório e salão de beleza (8%) e em outros lugares menos expressivos. E lê-se mais livros digitais em cyber cafés e lan houses (42%) e no transporte (25%),

Aos não leitores, foi perguntado quais foram as razões para eles não terem lido nenhum livro inteiro ou em partes nos três meses anteriores da pesquisa. As respostas: falta de tempo (32%), não gosta de ler (28%), não tem paciência para ler (13%), prefere outras atividades (10%), dificuldades para ler (9%), sente-se muito cansado para ler (4%), não há bibliotecas por perto (2%), acha o preço de livro caro (2%), tem dinheiro para comprar (2%), não tem local onde comprar onde mora (1%), não tem um lugar apropriado para ler (1%), não tem acesso permanente à internet (1%), não sabe ler (20%), não sabe/não respondeu (1%).

A leitura ficou em 10º lugar quando o assunto é o que gosta de fazer no tempo livre. Perdeu para assistir televisão (73%), que, vale dizer, perdeu importância quando olhamos os outros anos da pesquisa: 2007 (77%) e 2011 (85%). Em segundo lugar, a preferência é por ouvir música (60%). Depois aparecem usar a internet (47%), reunir-se com amigos ou família ou sair com amigos (45%), assistir vídeos ou filmes em casa (44%), usar WhatsApp (43%), escrever (40%), usar Facebook, Twitter ou Instagram (35%), ler jornais, revistas ou noticias (24%), ler livros em papel ou livros digitais (24%) – mesmo índice de praticar esporte. Perdem para a leitura de um livro: desenhar, pintar, fazer artesanato ou trabalhos manuais (15%), ir a bares, restaurantes ou shows (14%), jogar games ou videogames (12%), ir ao cinema, teatro, concertos, museus ou exposições (6%), não fazer nada, descansar ou dormir (15%).

A principal forma de acesso ao livro é a compra em livraria física ou internet (43%). Depois aparecem presenteados (23%), emprestados de amigos e familiares (21%), emprestados de bibliotecas de escolas (18%), distribuídos pelo governo ou pelas escolas (9%), baixados da internet (9%), emprestados por bibliotecas públicas ou comunitárias (7%), emprestados em outros locais (5%), fotocopiados, xerocados ou digitalizados (5%), não sabe/não respondeu (7%).

A livraria física é o local preferido dos entrevistados para comprar livros (44%), seguida por bancas de jornal e revista (19%), livrarias online (15%), igrejas e outros espaços religiosos (9%), sebos (8%), escola (7%), supermercados ou lojas de departamentos (7%), bienais ou feiras de livros (6%), na rua, com vendedores ambulantes (5%), outros sites da internet (4%), em casa ou no local de trabalho, com vendedores “porta a porta” (3%), outros locais (6%) e não sabe/não respondeu (7%). O preço é o que define o local da compra para 42% dos entrevistados. Na pesquisa anterior, isso valia para 49%.

A pesquisa perguntou a professores qual tinha sido o último livro que leram e 50% respondeu nenhum e 22%, a Bíblia. Outros títulos citados: Esperança, O Monge e o Executivo, Amor nos tempos do cólera, Bom dia Espírito Santo, Livro dos sonhos, Menino brilhante, O símbolo perdido, Nosso lar, Nunca desista dos seus sonhos e Fisiologia do exercício. Entre os 7 autores mais lembrados, Augusto Cury, Chico Xavier, Gabriel Garcia Márquez, Paulo Freire, Benny Hinn, Ernest W. Maglischo e Içami Tiba.
Quando extrapolamos para a amostra total, os títulos mais citados como os últimos lidos ou que estão sendo lidos foram Bíblia, Diário de um banana, Casamento Blindado, A Culpa é das Estrelas, Cinquenta Tons de Cinza, Ágape, Esperança, O Monge e o Executivo, Ninguém é de ninguém, Cidades de Papel, O Código da Inteligência, Livro de Culinária, Livro dos Espíritos, A Maldição do Titã, A Menina que Roubava Livros, Muito mais que cinco minutos, Philia e A Única Esperança.

Quando a questão é sobre os livros mais marcantes, os religiosos continuam ali e a Bíblia segue como referência, mas a lista fica um pouco diferente, com alguns clássicos e infantojuvenis: Bíblia, A Culpa é das Estrelas, A Cabana, O Pequeno Príncipe, Cinquenta Tons de Cinza, Diário de um banana, Turma da Mônica, Violetas na Janela, O Sítio do Pica-pau Amarelo, Crepúsculo, Ágape, Dom Casmurro, O Alquimista, Harry Potter, Meu pé de laranja lima, Casamento Blindado e Vidas Secas.

Entre os escritores preferidos dos brasileiros estão Monteiro Lobato, Machado de Assis, Paulo Coelho, Maurício de Sousa, Augusto Cury, Zibia Gasparetto, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Chico Xavier, John Green, Ada Pellegrini, Vinícius de Moraes, José de Alencar e Padre Marcelo Rossi.

Fonte: Blog Babel do Estadão (aqui)

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DEVE SER DISCIPLINA OBRIGATÓRIA NAS ESCOLAS?

mão segurando plantinha na terra

Camila Luz em 10 de maio de 2016  34 views

A educação ambiental pode entrar para a grade escolar de alunos dos ensinos fundamental e médio. Um projeto de lei, criado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), pretende estabelecer a disciplina como obrigatória nos colégios brasileiros.

Hoje, a educação ambiental é abordada de forma transversal às matérias obrigatórias. Matemática, Português, História, Biologia e outras disciplinas devem conter conteúdos relacionados à conscientização e sustentabilidade.

Para o senador, o modelo atual não é suficiente para a educação dos estudantes. Segundo o projeto de lei, assuntos como reciclagem, medidas de reuso de água e ecologia devem ser tratados com a devida importância, em uma disciplina específica.

O projeto ainda está em tramitação, mas sua relevância tem sido discutida por profissionais de educação. Especialistas acreditam que tratar questões ambientais em todas as matérias é uma maneira de ampliar sua relevância, e não diminuí-la.

“A educação ambiental está presente em todos os setores da nossa vida. Tudo o que fazemos está relacionado ao ambiente”, diz Tiago Georgette, diretor de educação ambiental da prefeitura de Limeira, no interior de São Paulo. Ele defende que a disciplina não deve se tornar obrigatória. Aposta na ideia de que questões do meio ambiente devem ser tratadas com seriedade em todo o currículo escolar. Mas para que isso aconteça, há um desafio: capacitar os professores.

Pensar (o meio ambiente) fora da caixinha

Segundo Tiago, quando o assunto é sustentabilidade, um dos maiores desafios é encontrar soluções criativas para atrair o interesse dos alunos. Por meio da interdisciplinaridade, professores podem abordar mais de um tema em uma única matéria.

O diretor dá um exemplo:  em matemática, quando se estuda “conjuntos”, é possível trabalhar a biodiversidade. O leão faz parte da savana ou do cerrado? E o lobo-guará? Ao classificar os animais nos grupos certos, é possível estudar duas matérias ao mesmo tempo.

O mesmo vale para português. Tiago sugere fazer um passeio com os alunos pelos arredores da escola, identificando problemas ambientais, como descarte irregular de lixo. Depois, os estudantes podem treinar redação ao redigir uma carta para o prefeito da cidade, exigindo melhorias.

Em Limeira, Tiago dirige um projeto da prefeitura que capacita professores da rede municipal. Eles aprendem a incluir a educação ambiental em suas disciplinas de forma desafiadora e interessante para os alunos.

Se as demais matérias se tornam mais complexas para as crianças ao decorrer dos anos, questões ambientais também têm que se tornar

Para os defensores do projeto de lei, professores e escolas não sabem trabalhar a educação ambiental de forma interdisciplinar. Por isso, o modelo atual não é eficiente. Tiago concorda: essa é uma dificuldade real.

Em sua opinião, universidades devem investir na educação ambiental durante a licenciatura. Estudantes que se formam professores de qualquer matéria devem ser capacitados ainda na graduação. Assim, quando formados, estarão aptos à tratar questões do meio em suas disciplinas.

Educação ambiental para todos os momentos da vida

O projeto proposto pelo senador Cássio Cunha Lima altera a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Ela reconhece a importância da educação ambiental e determina que deve ser desenvolvida como prática educativa integrada a outras matérias.

Para justificar a alteração e criar a disciplina obrigatória, o senador lembra que o Brasil sofre ameaças à biodiversidade em todos os biomas. O país enfrenta um esgotamento dos recursos hídricos, poluição do ar, degradação do solo e outros riscos ambientais. Uma Legislação Ambiental que puna e controle não é suficiente para evitar a degradação. A solução seria investir de forma mais objetiva na formação dos estudantes, para que danos futuros sejam reduzidos.

Tiago Georgette também acredita que formar cidadãos conscientes e ativos é a saída. Mas por outros caminhos. “Há quem defenda que é necessário ter uma hora na semana para discutir meio ambiente. Mas qual é o objetivo? Só ensinar a importância de preservar? Fazer reciclagem? Dar ecodicas?”, diz.

Para Tiago, educação ambiental consiste em ensinar o aluno a repensar sua atuação enquanto ser humano. Estudantes devem aprender a agir de forma que suas atitudes sejam conscientes sempre, em todos os momentos da vida.

Em cada escola, uma educação ambiental diferente

Para Tiago, há outro problema no projeto de lei. A grade atual já prevê um grande número de matérias obrigatórias, com mais tempo destinado à português e matemática. Disciplinas como geografia e história recebem menos destaque. Encaixar educação ambiental nesse cronograma apertado seria um desafio.

O diretor também defende que a educação ambiental deve se adequar à cada escola. Alunos da periferia de uma cidade grande vivem realidades diferentes de estudantes de um colégio que fica na zona rural, por exemplo.  Em certos locais, é preciso trabalhar melhor o racionamento de água. Em outros, o tratamento de resíduos. Em outros, a preservação de espécies em extinção. E assim por diante.

Tiago explica que o projeto da prefeitura de Limeira trabalha com diferentes assuntos todos os anos. Afinal, os objetivos da educação ambiental se transformam a todo momento, de acordo com as necessidades do planeta e com as particularidades de cada região.

Educadores, ambientalistas e políticos concordam em um ponto: educar cidadãos para que sejam conscientes e ativos é o caminho.

Qual a sua opinião sobre o assunto? Você acredita que a educação ambiental deve ser disciplina obrigatória? Ou professores devem ser capacitados para que ela seja melhor trabalhada em todas as matérias?

Fonte: Freetheessence.com.br (Aqui)

domingo, 15 de maio de 2016

Depoimento de Lee Schulman no Seminário "Desenvolvimento de Docentes" | ...





"Ensinar é escutar e aprender é falar!" A arte de ensinar envolve fazer com que o aluno fale pois ao falar, ele se atreve a errar e por isso aprende...

sábado, 14 de maio de 2016

Desafios da Educação: Lee Shulman - EUA







Esta bela entrevista possibilita fazer uma boa reflexão sobre os desafios da educação: como encantar o aluno a querer saber o assunto da aula trabalhada?

Outras importantes questões são como garantir esperança aos bagunceiros, que muitas vezes não contam com esperança num futuro promissor?

Importante também o relato sobre os desafios nos Estados Unidos que são muito semelhante aos problemas brasileiros quanto à valorização do professor, lógico que guardadas as proporções já que lá um professor inicial no ensino básico ganha metade de um professor universitário e aqui deve ficar na base do 1/10...

sábado, 7 de maio de 2016

Larvas que comem isopor podem ser solução para problema do lixo



Com certeza, o isopor parece ser genial quando serve para aquecer seu café naquele copo barato. E você não pode deixar de apreciar aquelas bolinhas das embalagens que mantêm seus objetos frágeis protegidos quando são transportados.

Mas esse material leve e durável, também chamado de espuma de poliestireno ou poliestireno expandido, tem um custo ambiental elevado.

A espuma de poliestireno não se desintegra fácil em aterros.

Os norte-americanos jogam fora pelo menos 2,5 bilhões de copos de isopor por ano, por isso muito lixo ainda vai circular por milênios, contaminando sistemas de água e prejudicando animais.

Agora, a boa notícia: cientistas da Universidade Beihang, em Pequim, e da Universidade Stanford, na Califórnia, descobriram pistas escondidas nas vísceras das larvas do besouro tenébrio, também conhecidas como bicho-da-farinha, para reduzir o problema da espuma de plástico.

"Existe a possibilidade de que uma pesquisa realmente importante esteja surgindo de lugares bizarros", disse em um comunicado Craig Criddle, professor de engenharia civil e ambiental que supervisionou os pesquisadores em Stanford.

"Às vezes, a ciência nos surpreende. É um choque."

Os pesquisadores descobriram que poderosas bactérias vivem nas vísceras do bicho-da-farinha e permitem que se alimentem de espuma de poliestireno — conhecida comercialmente como isopor —, desintegrando o plástico em lixo orgânico.

Estudos adicionais sobre essas bactérias poderiam ajudar os cientistas a desenvolver enzimas sintéticas capazes de desintegrar espuma de poliestireno.

A pesquisa foi publicada em 21 de setembro na revista Environmental Science and Technology.

"A descoberta da desintegração do plástico pelo bicho-da-farinha é revolucionária, porque o isopor tem sido considerado não biodegradável", disse o pesquisador Wei-Min Wu por e-mail.

"Entender o mecanismo da desintegração do plástico pelo bicho-da-farinha nos levará a novas abordagens para resolver o problema da poluição por plástico", disse Wu, engenheiro e pesqui sador sênior de Stanford que participou do estudo.

Na pesquisa, cem larvas foram alimentadas com 34 a 39 miligramas de isopor durante um mês todos os dias desde o nascimento.

Em 24 horas depois de comer, os bichinhos rastejantes converteram cerca da metade da espuma de plástico em dióxido de carbono e excretaram o restante como resíduo que, aparentemente, poderia ser utilizado sem riscos como adubo em colheitas.

Não se preocupe com os carunchos. Segundo Wu, as criaturas comedoras de plástico permaneceram saudáveis como qualquer outro grupo de larvas controlado que tivesse recebido uma dieta normal.

A existência dessas bactérias já era conhecida — graças à estudante de ensino médio de Taiwan Tseng I-ching, que as descobriu em 2009 —, mas o que elas poderiam fazer dentro das larvas ainda não era sabido, segundo uma reportagem do jornal on-line The Christian Science Monitor.

Os cientistas ficaram muito animados com a nova pesquisa. Como disse Wu à CNN: "Essa é uma das maiores descobertas em ciência ambiental nos últimos dez anos".

Fonte: Planeta Sustentável (aqui) / Imagem - busca na internet

MEUS COMENTÁRIOS:

Esta pesquisa é muito importante para um problema silencioso nos aterros sanitários e no meio ambiente em geral: o isopor.

Este tipo de resíduo não é perigoso e sim, muito estável. Mas está justamente na estabilidade o seu maior problema que é o tempo imensamente grande para sua degradação. 

Ele não é pesado mas é muito volumoso, e com a sua baixa densidade, ele pode começar emergir de aterros anos depois e contaminar os rios e matas. Como um tipo de plástico, ele gera o grande problema se ingerido por animais que podem mata-los por inanição já que se aloja em seus sistemas digestórios.

Tão ou mais importante que sua reciclagem é a redução de seu consumo. Isto já está acontecendo em algumas iniciativas como por exemplo, não ser mais utilizado como proteção de eletroeletrônicos por muitas empresas, sendo trocados por embalagens especialmente desenhadas e utilizando materiais como plástico e papelão.

Mas como ele não será totalmente abolido de nosso uso, que novas tecnologias para sua destinação adequada sejam desenvolvidas, conhecidas e aplicadas.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Maior participação social em fóruns relacionados à Água foi o foco principal do evento “Água e Cidadania”


Na última quinta-feira (29), Piracicaba sediou o primeiro encontro do ciclo de debates “Água e Cidadania: Vamos conversar sobre nosso município?”, realizado pelo Consórcio PCJ e a Petrobrás REPLAN, com o apoio da Iandé Educação e Sustentabilidade e os Comitês PCJ. Dessa vez, o tema principal foi “Água e Saúde”, em que foi discutida a necessidade de maior participação da sociedade em fóruns com a temática sobre a água e impactos da gestão de recursos hídricos e saneamento à saúde pública.

O secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, realizou abertura do evento e afirmou que é preciso, cada vez mais, inteirar a sociedade das ações voltadas à água, por isso, “é necessário termos representantes cheios de boas intenções que pensem no meio ambiente e na sociedade como um todo”.

Já as palestras ficaram por conta de quatro especialistas convidados, sendo o primeiro deles o Eng. Eduardo Léo, da Agência PCJ, que abordou as políticas municipais relacionadas à água e seus desafios, além de apresentar o papel dos municípios na gestão dos recursos hídricos, que, segundo ele, é composto por três pilares: saneamento, educação ambiental e adaptação, e respostas a eventos extremos. José Carlos Esquierro, representante do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), falou sobre as experiências da cidade de Piracicaba na construção da sua Política Municipal.

O terceiro palestrante do dia foi o Prof. Marcos Sorrentino, da ESALQ/USP, que debateu com os participantes alguns aspectos importantes para fomentar a participação social e cidadania: “É imprescindível recursos financeiros para fazermos a comunidade refletir que é preciso realizar educação ambiental de qualidade”, destacou o professor.
O encerramento do ciclo de discussões foi sobre a relação entre dengue e a água, tema discutido pelo representante da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba, Marcio Ermida. De acordo com ele, “a maneira como manejamos o meio ambiente reflete na proliferação do mosquito, dessa forma, como 95% do nosso trabalho é orientação, se a população seguir o que recomendamos, é possível sim, prevenir a dengue de forma mais eficaz”.

No período vespertino foram realizadas oficinas dinâmicas com os representantes da Iandé Educação e Sustentabilidade, sendo que os participantes tiveram três opções de temas: Cartografia Social, Bacias Hidrográficas e Captação de Água de Chuva.

“Os temas abordados são diversificados, pois buscamos sensibilizar a todos sobre a importância da participação social nas políticas públicas. É importante termos legislações que abordem a temática ambiental, porém, também é preciso garantir a aplicação dessas leis, sendo que a sociedade ocupa um papel central nesse processo”, afirma a gerente técnica do Consórcio PCJ, Andréa Borges.

Sobre os encontros “Água e Cidadania”

O Consórcio PCJ e a Petrobrás Replan realizarão ciclo de quatro encontros em diferentes localidades das Bacias PCJ, intitulados “Água e Cidadania: Vamos conversar sobre nosso município?”. O próximo será na quinta-feira, dia cinco de maio, em Campinas (SP), com o tema “Água e Planejamento Urbano”. O terceiro encontro será em Bragança Paulista (SP), que irá promover, no dia 12 de maio, as discussões sobre “Água e o Uso do Solo”. Por fim, de volta à Piracicaba, será realizado o Workshop Final sobre Políticas Municipais e Recursos Hídricos, no dia dois de junho.

O objetivo dos encontros é dialogar sobre a construção e a execução de políticas municipais relacionadas aos recursos hídricos, através de palestras, diálogos e trocas de experiências em grupos de trabalhos e oficinas. Os eventos são gratuitos e as vagas são limitadas. Para garantir sua inscrição, acesse o link: http://goo.gl/forms/qj7yF937m

Mais novidades referentes aos Encontros “Água e Cidadania – Vamos Conversar Sobre nosso Município?” curta a página: https://www.facebook.com/aguaecidadania.

Fonte: Site do Consórcio PCJ (aqui)

Encontro em Piracicaba debaterá a relação entre água e saúde pública


Na próxima quinta-feira, dia 28, o município de Piracicaba (SP) será o primeiro a receber o ciclo de debates “Água e Cidadania: Vamos conversar sobre nosso município?”. Nesse encontro o tema principal será “Água e Saúde”, no qual serão discutidos os impactos da gestão de recursos hídricos e saneamento à saúde pública.

O evento acontecerá a partir das 8h30 no Departamento de Ciências Biológicas da Esalq/USP, no anfiteatro da Fisiologia Vegetal e será realizado pelo Consórcio PCJ ao lado da Petrobrás Replan, com o apoio da Iandé Educação e Sustentabilidade e dos Comitês PCJ.

As palestras do encontro dessa quinta-feira abordarão no período da manhã: políticas municipais relacionadas à água, com o palestrante Eduardo Léo, da Agência PCJ; A experiência do Município de Piracicaba na construção da Política Municipal de Recursos Hídricos, que será apresentada por José Carlos Esquierro; a participação social e cidadania, que será ministrada pelo Prof. Dr. da ESALQ, Marcos Sorrentino; o caso da dengue e a água será o tema da palestra de Marcio Ermida, da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba. O período vespertino será reservado para a troca de experiências sobre Água e Cidadania e Oficinas.

Para a gerente técnica do Consórcio PCJ, Andréa Borges, o evento busca sensibilizar a todos sobre a importância da participação social para maior efetividade das políticas públicas voltadas à gestão da água e do meio ambiente já existentes. “É importante termos legislações que abordem a temática ambiental, porém, também é preciso garantir a aplicação dessas leis, sendo que a sociedade ocupa um papel central nesse processo”.

Os eventos são gratuitos e as vagas são limitadas. Para garantir sua inscrição, acesse o link:  HTTP://goo.gl/forms/qj7yF937m

Sobre os encontros “Água e Cidadania”

O Consórcio PCJ e a Petrobrás Replan realizarão ciclo de quatro encontros em diferentes localidades das Bacias PCJ. O próximo será em maio, dia 05, em Campinas (SP), com o tema “Água e Planejamento Urbano”. A terceira cidade anfitriã será Bragança Paulista (SP), que irá promover, no dia 12 de maio, as discussões sobre “Água e o Uso do Solo”. Por fim, de volta à Piracicaba, será realizado o Workshop Final sobre Políticas Municipais e Recursos Hídricos, no dia 06 de junho.

O objetivo dos encontros “Água e Cidadania: Vamos conversar sobre nosso município?” é dialogar sobre a construção e a execução de políticas municipais relacionadas aos recursos hídricos, através de palestras, diálogos e trocas de experiências em grupos de trabalhos e oficinas.

Mais novidades referentes aos Encontros “Água e Cidadania – Vamos Conversar Sobre nosso Município?” curta a página: https://www.facebook.com/aguaecidadania.

Fonte: Site do Consórcio PCJ (Aqui)