segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Biodiversidade vs. Desmatamento.


A imagem pode conter: pássaro

As vezes vemos alguns belos exemplares de pássaros voando na cidade ou por sobre algum canavial e pensamos que a natureza ainda sobrevive perante o fim das florestas originais de nossa região. Pode haver sim algumas espécies sobreviventes que conseguiram se adaptar às novas condições, mas muitas mais outras não conseguiram e ou migraram para os últimos refúgios protegidos, ou simplesmente desapareceram...

A imagem acima mostra muito bem o que acontece com a biodiversidade quando o desmatamento avança.

"Quer entender a relação entre degradação florestal e perda de biodiversidade na Amazônia? Espia o infográfico que a Ambiental gerou a partir do trabalho de Alex Lees, das imagens do Handbook of the Birds of the World Alive e arte de Flavio Forner."

Fonte: Fan page Bichos do Brasil no Facebook (aqui)

Conhecimento e Uso Sustentável da Biodiversidade Brasileira: O Programa Biota-FAPESP (livro em pdf)




O Brasil é o país com a maior diversidade biológica, abrigando entre 15% e 20% do número total de espécies do planeta, em seis grandes biomas: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Pampa. A dimensão exata dessa riqueza biológica provavelmente jamais será conhecida, dadas as dimensões continentais do país, a extensão de sua plataforma marinha e a complexidade de seus ecossistemas. Parte considerável desse patrimônio foi, e continua sendo, perdida de forma irreversível, antes mesmo de ser conhecida, em função principalmente da fragmentação de habitats, da exploração excessiva dos recursos naturais e da contaminação do solo, das águas e da atmosfera.

O conhecimento e a conservação desses biomas com suas floras, faunas e microrganismos são essenciais, inclusive para a preservação da vida no planeta. Atenta a isso, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma das principais agências brasileiras de financiamento à pesquisa científica e tecnológica, tem tido um papel de destaque nesse esforço de mapeamento da biodiversidade do Estado de São Paulo. Localizado no Sudeste do Brasil, no limite entre as regiões tropical e subtropical, São Paulo apresenta enorme diversidade topográfica e climática, representando uma área de transição (ecótono) de dois biomas – Mata Atlântica e Cerrado – com distintos ecossistemas e enorme riqueza biológica.

Além de apoiar projetos individuais de pesquisa que conduzem a uma melhor compreensão da natureza brasileira, como tem feito há mais de quatro décadas, a FAPESP apóia projetos de pesquisa coletivos de longa duração, sediados de forma multiinstitucional, como o temático Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, um levantamento da diversidade de plantas com flores iniciado em 1994, que já revelou grande número de novas espécies e cujos resultados estão sendo publicados.

Em 1999, a partir de proposta da comunidade científica, a FAPESP criou o Programa Biota-FAPESP, visando não apenas a conhecer, mapear e analisar as origens, a diversidade e a distribuição da flora e da fauna do Estado de São Paulo, como também avaliar as possibilidades de exploração sustentável de plantas ou de animais com potencial econômico e subsidiar a formulação de políticas de conservação dos remanescentes florestais.

Em nove anos, o programa apoiou 84 projetos – entre temáticos, auxílios regulares ou desenvolvidos no Programa Apoio a Jovens Pesquisadores – e 400 bolsas, da Iniciação Científica ao Pós-Doutorado. Esta publicação traz informações sobre os projetos aprovados no Biota-FAPESP desde o início do programa, em 25 de março de 1999, até julho de 2008. Traz também uma coletânea de reportagens sobre o programa e os projetos, publicadas na revista Pesquisa FAPESP./


Download do livro em PDF:


Fonte: Site do Programa Biota Fapesp (aqui)

Reservas Florestais do Mundo.




O infográfico acima apresenta os países detentores das maiores reservas florestais do Planeta, segundo um levantamento da FAO, Organização da ONU para Agricultura e Alimentação Mundial.

O Brasil fica atrás apenas da Rússia que possui 20% das reservas florestais do mundo, sendo que o Brasil apresenta 12% das reservas florestais.

Se considerarmos que nas florestas tropicais existem as maiores biodiversidades, o Brasil é sim, de longe, o detentor do maior acervo de espécies vegetais e animais do planeta.

O Brasil é o quinto país em extensões territoriais, mas países maiores que Brasil possuem taxa de florestas menores que a nossa como a China, Canadá e Estados Unidos.

Temos que cuidar de nossa biodiversidade, mas o mundo também deve apoiar, afinal muitos países destruíram suas reservas e dependem de nós agora. Mas não podemos ser o único responsável.

Fonte: Blog do Roberto Moraes (aqui)

Projeto BIOTA da FAPESP.




O Projeto Biota da FAPESP é um interessante trabalho que vem sendo realizado com o objetivo de conhecer melhor a realidade dos remanescentes florestais do estado de São Paulo e traçar diretrizes para sua recuperação e conservação.

Um dos produtos obtido é o levantamento das áreas prioritárias para conservação da fauna silvestre ainda existente no estado de São Paulo.

Para conhecer mais sobre o tema, pode-se acessar os seguintes sites:




Inventário, projetos-piloto e plano diretor: no aniversário de São Paulo, IPT aponta caminhos para arborização na cidade.





Há 463 anos, a metrópole que atende carinhosamente pelo apelido Sampa era ponto de encontro não das inúmeras culturas que são, hoje, o símbolo da cidade, mas de biomas que certamente faziam uma paisagem de tirar o fôlego: mata das araucárias, cerrado e mata atlântica compunham o espetáculo de um outro tipo de diversidade em São Paulo.

Atualmente, sabemos que o cenário é diferente: as cerca de 650 mil árvores mapeadas pela prefeitura em vias públicas em 2014 sofrem com a poluição, barulho, estresse, enchentes e todos os problemas que também são os nossos de cada dia. 

E sofrem, sobretudo, com o manejo inadequado e a falta de planejamento, que fazem do verde uma visão escassa e mal distribuída na cidade.

Está tudo perdido? Não. Do conjunto total até uma única árvore, a arborização urbana é fundamental para a qualidade de vida nas cidades e uma boa gestão pode mudar a cara da metrópole nos próximos anos. Desvende alguns mitos e confira a seguir as possibilidades que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) aponta para São Paulo.

A GRANDE METRÓPOLE 

Árvore é um problema, sobretudo no verão. É assim que parece ser tratada a questão da arborização urbana em São Paulo, tanto em termos de gestão quanto midiaticamente. As constantes quedas que se multiplicam na época das chuvas, causando transtornos no trânsito, no abastecimento de energia e, por vezes, riscos à vida das pessoas são reflexos de uma deficiência maior e mais constante da cidade: São Paulo não conhece suas árvores.

“Desde 2014, nós sabemos quantas árvores temos na cidade, mas não a qualidade delas”, afirma Raquel Amaral, pesquisadora do Laboratório de Árvores, Madeiras e Móveis do IPT. “O primeiro passo para conhecê-las seria fazer um inventário das árvores, que avaliasse a saúde dos exemplares que temos hoje em São Paulo”, explica.

Isso significa estudar uma a uma as 650 mil árvores da cidade? Nada disso. Segundo a pesquisadora, o trabalho seria inviável para cidades de médio e grande porte, por questões de tempo e financeiras. “Assim como o IPT fez para Mauá, a avaliação de uma amostra do total de árvores já daria o embasamento necessário para planejar a cidade. Se avaliássemos, por exemplo, 10% da arborização em São Paulo [65 mil árvores], colocando 20 duplas em campo, supervisionadas e treinadas, a estimativa para um trabalho como esse seria de um ano”, detalha Giuliana Velasco, consultora do laboratório.

A partir do inventário, seria possível começar a traçar planos para a cidade. A principal lacuna a preencher, a partir daí, seria a elaboração do Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU) do município: hoje, isso não existe, e as decisões sobre a arborização se baseiam no Plano Municipal de Arborização Urbana, instrumento mais simples de planejamento, implantação e manejo das árvores aprovado em 2014 dentro do plano diretor estratégico da cidade.

“Com o PDAU, haverá uma contextualização na lei, estabelecem-se indicadores ambientais e metas a curto, médio e longo prazo”, explica Raquel. “Com base em um diagnóstico, é possível prever o capital humano e tecnológico [equipamentos e softwares, entre os quais o Arbio, desenvolvido pelo IPT] para fazer a gestão da arborização, estipular programas e projetos pontuais, determinar diretrizes e ações para educação ambiental, gestão participativa e divulgação midiática. Isso é planejamento, é uma ação efetiva para uma boa gestão, não uma solução emergencial”, completa.

CENÁRIOS EM SÃO PAULO

É bem fácil perceber que, em diversos sentidos – social, cultural, econômico – São Paulo não é uma cidade homogênea. Assim também com relação às árvores. O mapeamento feito pela prefeitura também mostrou que, considerando apenas calçadas e canteiros, enquanto a região da subprefeitura de Pinheiros conta com 50 mil das 650 mil árvores contabilizadas, a região de Cidade Tiradentes, do outro lado da cidade e com cerca de metade do tamanho de Pinheiros, possui apenas cerca de 3,5 mil.

"Hoje, o que precisamos é ter uma melhor distribuição. É preciso que as pessoas entendam que apenas uma rua ou bairro bem arborizado, ou mesmo uma concentração de verde em um parque ou praça, não resolvem o problema da cidade como um todo”, defende Giuliana.

Dados científicos comprovam a afirmação. Segundo um estudo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), que mediu gradativamente a temperatura e umidade de dentro para fora de um parque, os efeitos de manter um microclima mais agradável são pontuais: apenas o entorno de 40 m a 50 m dos parques se beneficiam dessas benesses.

E não para por aí. Magda Lombardo, especialista em ilhas de calor e qualidade ambiental da USP, constatou que a diferença de temperatura entre as áreas mais e menos arborizadas de São Paulo pode chegar a até 10°C (ver mapas abaixo). “É muita coisa. O ideal é que as árvores estejam nas ruas e avenidas, criando corredores que chegarão aos parques e fragmentos verdes e estabelecerão conexões para a cidade, amenizando o clima e a poluição”, destaca Raquel.

A mudança deve, assim, ser feita aos poucos. De acordo com as pesquisadoras do IPT, uma das soluções seria a execução de projetos-piloto no município, em que bairros ou regiões, prioritariamente os menos arborizados, receberiam estudos específicos sobre suas características, com base nos quais seriam reformulados ou revitalizados.

“A questão não é apenas plantar mais árvores, mais sim o ‘como’ e ‘onde’ isso será feito, e com qual embasamento”, esclarece Giuliana. “Com esses projetos, seria possível visitar os locais, observar a tipologia, o tamanho das calçadas e das ruas, o tipo de fiação, analisar os tipos de árvore adequados àquele espaço, e, enfim, planejar o desenho específico de cada zona, que é muito particular. A ideia é focar nas áreas mais críticas, pensando nas particularidades de São Paulo”.

A ÁRVORE EM SAMPA

Problema ou solução? Depende da gestão. O principal ponto a ser compreendido quando o tema é arborização urbana é que a árvore é tão essencial para a cidade quanto o abastecimento de água e energia, por exemplo. Dados divulgados em 2016 mostram que o índice de poluição em São Paulo está duas vezes mais alto do que o teto estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma qualidade do ar aceitável em ambientes urbanos.

Além de reter poluentes, as árvores têm diversas funções no ambiente urbano, como a já citada manutenção do microclima, diminuindo a temperatura e aumentando a umidade, a participação no ciclo hidrogeológico ambiental, que permite o escoamento das águas no impermeável solo urbano, o sombreamento às calçadas, além do aumento da qualidade de vida das pessoas.

“As árvores são fundamentais para a cidade. Os acidentes são provocados sobretudo pelo manejo inadequado, como podas indevidas que desequilibram a árvore, falta de espaço para o crescimento das raízes no canteiro e presença de uma fiação elétrica antiga, que deveria ser enterrada ou compactada”, elenca Giuliana.

Raquel complementa a lista com a falta de conhecimento: árvores, como qualquer ser vivo, nascem, crescem, adoecem e morrem. Países como Alemanha e França possuem estudos sobre o tempo permanência de seus exemplares nas cidades, e anos antes de estes atingirem uma “idade avançada”, plantam uma nova muda ao lado da árvore que será suprimida, por vezes da mesma espécie e na mesma posição que anterior.

“Para o Brasil, o mais próximo disso é um estudo feito para a tipuana, espécie exótica de presença abundante no território. Eles [europeus] não esperam a árvore cair ou morrer, eles renovam. É tudo pensado nesse processo de substituição”, explica.

Com os acidentes acontecendo, contudo, São Paulo não pode esperar um planejamento a longo prazo para começar a preveni-los. Segundo a pesquisadora, uma proposta seria a criação de um plano emergencial, que usaria dados da Defesa Civil e da Prefeitura para conhecer quais são os locais com maior incidência de quedas de árvores em São Paulo.

“Nesse caso, é preciso trabalhar em frentes de ação, em que áreas com maior pré-disposição ao risco seriam analisadas a fundo: de árvore em árvore, uma a uma, para entender qual a saúde desses exemplares e os riscos que oferecem, e também as medidas necessárias para mitigá-los”, finaliza a pesquisadora.

Fonte: Site do IPT (aqui)

Passo a passo: água de chuva - Manual Gratuito do IPT.





IPT lança manual para situações emergenciais que contempla todas as etapas, da captação à utilização da água de chuva

A captação da água de chuva hoje é realidade para muitos moradores de cidades como São Paulo, que vêm enfrentando uma crise hídrica que já afeta o abastecimento de diversos domicílios. Levando em conta este cenário, o IPT lança agora um manual que busca oferecer à população orientações para melhorar a qualidade dessa água, apresentando as boas práticas para a sua captação, armazenamento e utilização doméstica.

O manual, lançado em comemoração ao Dia Mundial da Água, 22 de março, é direcionado a famílias que vivem situações emergenciais e dissemina uma técnica relativamente simples, mas que respeita os requisitos que garantem o funcionamento do sistema e, principalmente, assegura a qualidade da água coletada.

De acordo com o pesquisador e autor do manual Luciano Zanella, do Centro Tecnológico do Ambiente Construído do IPT, o projeto nasceu da constatação de que não apenas a captação da água de chuva, mas também seu tratamento e armazenagem, muitas vezes são feitos de maneira equivocada. “Embora a melhor água seja aquela oferecida pela concessionária, não podemos fechar os olhos ao fato de que muitas famílias hoje convivem com abastecimento irregular e têm se valido dessa solução. É preciso, no entanto, oferecer condições para que a captação seja feita de maneira mais segura, lacuna que o IPT pretende preencher com este manual”. 

O trabalho do IPT mostra como requisitos fundamentais a captação da água pelo telhado, e não pelo piso, além da filtragem que será responsável pela primeira limpeza, separando o líquido dos objetos sólidos como as folhas das árvores que acabam entrando no captador. Outro passo essencial no processo, geralmente desconhecido, é o descarte da água da primeira chuva, que carrega a poluição atmosférica e os contaminantes presentes no telhado. O recomendado é que sejam descartados dois litros de água para cada metro quadrado de área do telhado utilizado na captação, o que corresponde aos dois primeiros milímetros de precipitação. 

O sistema proposto no manual é de fácil instalação. Foi pensado para situações emergenciais e não está integrado ao sistema hidráulico predial. “Os usuários podem fazer adaptações ao material, desde que sigam os parâmetros fundamentais. Essa água poderá ser usada para descarga de bacias sanitárias, limpeza de pisos e veículos e rega de jardins e áreas verdes”, explica Zanella. Numa situação extrema, caso falte água de qualidade superior, a água de chuva – desde que captada, tratada e armazenada adequadamente – também pode ser utilizada para ingestão e preparo de alimentos. Para esse uso, além das etapas anteriores, recomenda-se ainda a fervura por um tempo superior a três minutos, melhorando a segurança sanitária.

O manual é gratuito e pode ser acessado clicando aqui.

Fonte: Site do IPT (aqui)

PANC’s: 10 plantas que você nunca pensou em comer

Já ouviram a expressão “PANC”? Não estou falando do estilo musical não, estou falando as plantas alimentícias não convencionais, ou seja, P-A-N-C! J Tem muita plantinha por aí que ninguém come porque simplesmente não conhece. Normalmente elas são plantas ruderais, consideradas pragas, pois crescem em qualquer lugar e se multiplicam facilmente. E, pasmem, todas possuem alto teor de fibras, que auxiliam no emagrecimento e são ricas em nutrientes, até mesmo, e especialmente, em proteínas!

As PANCS não são encontradas facilmente nos mercados, mas em determinados lugares podem ser bem convencionais. E quando falo em “convencionais” quero dizer que podem ser encontradas em qualquer lugar (em qualquer lugar mesmo): pelas ruas, calçadas, quintais, hortas… e até no mar. E normalmente passam despercebidas por nós.

Incrível que poucos saibam disso, não é mesmo? A verdade é que ninguém está escondendo o jogo, simplesmente existem plantas mais populares que outras. As PANC’s em sua maioria, são “achados” mais atuais da culinária e hoje estão ganhando o coração dos chefes de cozinha mais famosos do mundo, por serem espécies saborosas e surpreendentemente mais econômicas!

Separei 10 plantas, com fotos de identificação, seus benefícios e dica de consumo! Vamos conferir! Depois me contem se têm dessas plantinhas no quinta! 


Contraindicações

A maioria das PANCs não possuem contraindicações, porém, se vocês têm algum problema de saúde ou estão grávidas, é importante ficarem atentos. Consultem o médico antes de incluí-las em seus cardápios diários. Ah, e isso vale para qualquer alimento diferente que vocês pretendem incluir nas refeições.

E não tentem ir descobrindo se toda planta é comestível simplesmente provando. Pesquisem antes na internet e sempre confiram com a imagem que aparece no artigo, pois nunca se sabe, não é mesmo?

Fonte: Blog da Mimis (aqui)

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Plano de recursos hídricos tem metas até 2020.




Publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, documento passa a orientar a atuação de instituições e setores ligados às águas e seus usos.


por ELIANA LUCENA

A revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos até 2020 foi publicada, hoje (23/01), no Diário Oficial da União, estabelecendo, entre as prioridades para o período, iniciativas para frear a crise hídrica e os efeitos do aquecimento global e a necessidade de integração dos esforços das áreas de governo para enfrentar os desafios.

“O trabalho, realizado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, e referendado, em dezembro, pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) inova, ao propor na lista de prioridades ações, como a promoção do uso sustentável e reúso da água, fundamentais numa época de escassez, como ocorre na região semiárida do Nordeste”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.

A resolução assinada pelo ministro, que é presidente do CNRH, dá ênfase à necessidade de integrar a política de recursos hídricos com a política ambiental e demais políticas setoriais (saneamento, irrigação, energia, turismo) e também de estabelecer critérios de autorização para o uso da água e ainda à fiscalização dos usuários, considerando as particularidades das bacias hidrográficas.

EVENTOS EXTREMOS

Destaca-se, também, a necessidade de identificar, avaliar e propor ações para áreas com risco de ocorrência de inundações, secas, entre outros eventos extremos relacionados à água. O documento reforça a importância do reúso da água e ampliar o conhecimento a respeito dos usos das águas, das demandas atuais e futuras, além dos possíveis impactos na sua disponibilidade, em quantidade e qualidade.

“Entendemos o PNRH como um instrumento estratégico para orientar e conferir maior transparência à gestão dos recursos hídricos em nível nacional e deve ser valorizado como tal. Além disso, o fortalecimento do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) contribuirá para a resolução de muitos possíveis “gargalos” da política do setor”, afirmou o secretário de Recursos Hídricos do MMA, Jair Tannús.

De acordo com o diretor do Departamento de Recursos Hídricos do MMA, Sérgio Gonçalves, as diretrizes também incluíram ações de gestão da água em rios compartilhados com outros países; integração das zonas costeiras ao sistema de gerenciamento de recursos hídricos e ampliação do conhecimento sobre a ocorrência de chuvas e sobre a quantidade e qualidade das águas superficiais e subterrâneas.

CONSULTA PÚBLICA

O diretor lembrou que a revisão do PNRH 2016/2020 também inovou em sua elaboração, ao abrir consulta pública nacional, envolvendo cerca de 1,5 mil pessoas, em 404 municípios em todos os estados, o que permitiu apontar uma escala de prioridades para estabelecer as novas metas. Em setembro, foi realizado, em Brasília, seminário nacional, que contou com a participação de instituições, do governo federal, estados, sociedade civil e usuários de recursos hídricos.

Após o seminário nacional houve a consolidação e o refinamento dos resultados da revisão e ao final foram definidas as prioridades, que desdobraram em um conjunto de ações e metas até 2020. Estas, a partir de agora, passam oficialmente a orientar a atuação do MMA, da Agência Nacional de Água (ANA), Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e outros setores ligados aos recursos hídricos.

O próximo passo, neste primeiro semestre, será definir a estratégia de acompanhamento do PNRH junto aos executores e parceiros do MMA.


Fonte: Site do MMA (aqui)

Dia Mundial da Água 2017


Resultado de imagem para dia da agua 2017

O Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março.

O tema do Dia Mundial da Água 2016 será “Água e Empregos”.

Esta data foi criada com o objetivo de alertar a população internacional sobre a importância da preservação da água para a sobrevivência de todos os ecossistemas do planeta.

Para isso, todos os anos o Dia Mundial da Água aborda um tema específico sobre este mineral de extrema e absoluta importância para a existência da vida.

A conscientização sobre a urgência da economia deste recurso natural e como utilizado com cuidado é uma das principais metas do Dia da Água.

A água limpa e potável é um direito humano garantido por lei desde 2010, de acordo com a Organização das Nações Unidas – ONU.

Mesmo o planeta Terra sendo constituído aproximadamente 70% de água, apenas 0,7% de toda a água do mundo é potável, ou seja, adequada para o consumo humano.

Origem do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas - ONU, através da resolução A/RES/47/193 de 21 de fevereiro de 1993, determinando que o dia 22 de março seria a data oficial para comemorar e realizar atividades de reflexão sobre o significado da água para a vida na Terra.

Neste mesmo dia, a ONU lançou a Declaração Universal dos Direitos da Água, que apresenta entre as principais normas:


  1. A água faz parte do patrimônio do planeta;
  2. A água é a seiva do nosso planeta;
  3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados;
  4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos;
  5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores;
  6. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo;
  7. A água não deve ser desperdiçada nem poluída, nem envenenada;
  8. A utilização da água implica respeito à lei;
  9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social;
  10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
  11. Atividades para o Dia Mundial da Água


Alunos, pais e professores podem aproveitar o Dia da Água para promover diversas atividades que auxiliem a conscientizar a população em geral sobre a importância da preservação da água, por exemplo:


  • Fazer uma peça de teatro sobre como seria a vida sem água;
  • Fazer desenhos sobre como as pessoas deveriam preservar melhor a água;
  • Fazer um vídeo mostrando alguns cuidados básicos que toda pessoa pode ter para ajudar a preservar a água;
  • Fazer um debate sobre as consequências da falta de água potável no mundo;

Frases para o Dia Mundial da Água:



  • A água é fonte de vida para todos os seres
  • A água é tudo para a vida
  • Sem água não há vida
  • Nós somos todos feitos de água

Fonte: Calendarr Brasil (aqui); Imagem (internet)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Apoio aos municípios paulistas - Balanço de programa de apoio tecnológico no Estado de São Paulo fecha ano com atendimento a oito cidades




Oito municípios atendidos e um orçamento de R$ 1,85 milhão compõem o balanço dos atendimentos em 2016 pelo IPT ao Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios, o Patem. A iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo financia serviços especializados que empregam a capacitação técnica do Instituto na resolução de problemas técnicos em municípios de pequeno e médio porte sem recursos e/ou capacitação funcional.

Do total de R$ 1,85 milhão dispendido no ano passado, a secretaria estadual foi responsável pelo aporte de 87% (R$ 1,62 milhão) e as cidades entraram com 13%, ou seja, R$ 230 mil. 

Foram atendidos os municípios de Arujá, Conchas, Cunha, Lençóis Paulista, Limeira, Praia Grande, Sarapuí e Sete Barras.

Os projetos envolvendo a caracterização do meio físico e biótico responderam por 75 % dos atendimentos, como cartas geotécnicas, áreas de risco, aterro sanitário e recuperação de áreas de proteção permanente, enquanto os demais 25 % corresponderam a atendimentos relativos a atividades econômicas, como mineração e cerâmica. “Os tipos de atendimentos realizados em 2016 foram bem diversificados e envolveram vários laboratórios e seções do IPT; para 2017, o orçamento aprovado é de R$ 2,29 milhões”, explica Luiz Carlos Tanno, coordenador do programa no IPT.

Fonte: Site do IPT (aqui)

[Projeto] Nascentes recupera área equivalente a 59 campos de futebol


Programa Nascentes Jundiaí 01



Investimento de R$ 1,5 milhão na região de Jundiaí/Atibaia vai ser revertido para o plantio de 70 mil mudas nativas
O Programa Nascentes, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente, iniciou nesta quinta-feira, 19, a recuperação ambiental de uma área equivalente a 59 campos de futebol na região de Jundiaí/Atibaia, no interior de São Paulo. Essa recuperação é feita por meio do plantio de mudas nativas em áreas de preservação.

Trata-se de uma nova etapa do programa realizada por causa do cumprimento de um Termo  de Compromisso de Recuperação Ambiental firmado entre a secretaria e a empresa Cipasa Urbanismo (TCRA nº 72881/16). O acordo prevê que a empresa invista R$ 1,5 milhão para restaurar áreas prioritárias no abastecimento hídrico da região. Com o plantio, a Cipasa Urbanismo cumpre as obrigações referentes à implantação do Loteamento Bosque do Horto em Jundiaí.

O plantio vai começar na Fazenda Santo Antônio da Roseira, em Jundiaí, e se estenderá por mais cinco propriedades que integram as bacias do Rio Atibaia e do Rio Jundiaí Mirim.

Durante o plantio, o secretário do Meio Ambiente, Ricardo Salles, destacou a importância da preservação da mata na conservação dos recursos.

“Esses plantios beneficiam nosso futuro, está comprovado que as matas protegem as nascentes e assim garantem a oferta de água limpa para todo o Estado”, afirmou.

O Programa Nascentes direciona investimentos públicos e privados para proteção e recuperação de matas ciliares, nascentes e olhos-d’água. Em dois anos o Programa já realizou plantio em áreas prioritárias de 80 municípios. São 3.954 hectares em processo de restauração, o que equivale a mais de 6.5 milhões de mudas plantadas ou 5537 campos de futebol.

Para conhecer mais sobre o programa, acesse:

Parceria Regional

O levantamento e a prospecção das propriedades no município de Jundiaí foi realizado pelo “Programa NascentesJundiaí”, uma iniciativa da Prefeitura de Jundiaí em conjunto com a Ambev e a The Nature Conservancy (TNC)que tem o objetivo de conservar as fontes de água da região, por meio da recuperação e preservação de florestas.

Programa Nascentes Jundiaí 03

Programa Nascentes Jundiaí 02

Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente (aqui)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Unesp construirá Parque Geológico com museu em área de Rio Claro, SP


Parque reunirá fósseis e objetos pré-históricos (Foto: Reprodução/EPTV)


Espaço deve ficar pronto até 2020 e reunirá fósseis e objetos pré-históricos.
Objetivo é que os visitantes compreendam a evolução do planeta e da vida.

Com o objetivo de fazer os frequentadores entenderem mais sobre a evolução do planeta, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai construir um museu em Rio Claro (SP) com fósseis de animais pré-históricos e rochas usadas há milhares de anos para a confecção de ferramentas. A expectativa é de que o Parque Geológico fique pronto até 2020.

Uma empresa que extrai minérios para serem usados na agricultura e na indústria cerâmica vai ceder uma área de 120 mil metros quadrados para a prefeitura explorar.
No espaço, a Unesp vai desenvolver um trabalho com objetos que contam histórias de 280 milhões de anos.

“Já existe uma procura de estudantes, desde crianças a universitários, que vêm aqui para poder conhecer o local”, disse o engenheiro agrônomo João Partezani Bellato.

O centro de estudos vai contar com museu, sala de exposição e anfiteatro. O objetivo é que os visitantes compreendam a evolução do planeta e da vida e, para isso, serão expostos itens como fósseis de um réptil primitivo parecido com um lagarto marinho e uma rocha usada em pontas de flecha, entre outras ferramentas.

Além de proporcionar conhecimento, o parque vai oferecer emprego e geração de renda, já que deve atrair turistas de várias regiões.

“Esse mesmo tipo de rocha a gente encontra em locais que hoje estão separados, como África, Índia e Austrália, que têm o mesmo tipo de rocha. Então cientistas desses lugares todos obviamente terão interesse em vir conosco aqui para aprimorar ainda mais os estudos”, afirmou Perinotto.

Fonte: G1 (aqui) No link, pode ser assistido o vídeo da reportagem apresentando o local

Onça-pintada ocupa 2,8% da Mata Atlântica


Estudo propõe sete áreas prioritárias do bioma para a conservação da Panthera onca no Brasil, Argentina e Paraguai

Uma equipe de pesquisadores do Brasil, da Argentina e do Paraguai estimou que os remanescentes da onça-pintada (Panthera onca), o maior felino das Américas, ocupam uma área de quase 38 mil hectares dentro da Mata Atlântica dos três países. 

A extensão equivale a 2,8% das áreas existentes desse bioma e a cerca de 15% do território de Mata Atlântica que seria habitável pelo grande felino (Scientific Reports, 16 de dezembro). O trabalho reuniu dados de 14 grupos de pesquisa que atuam na região. Equipes de universidades e institutos de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul participaram do esforço com os colegas dos países vizinhos. 

Dos menos de 300 exemplares que devem existir no interior do bioma, a maior parte dos animais conhecidos está concentrada em sete áreas consideradas prioritárias para a conservação da espécie. Três dessas áreas (na serra do Mar, no Alto Paranapanema e no chamado corredor verde, na divisa com a província argentina de Missiones) abrigam mais de 50 exemplares, com machos e fêmeas, e se estendem por mais de 5 mil quilômetros quadrados (km2). 

Esses fragmentos de Mata Atlântica têm boas chances de comportar por um longo período uma população da Panthera onca, segundo estimativas dos autores. As outras quatro áreas abrigam menos de 50 onças e sua extensão varia entre 500 e 3.900 km2.  

Além dos sete segmentos do bioma onde há um número significativo de onças, os pesquisadores identificaram outras cinco áreas no oeste do Paraguai e na costa brasileira com potencial para abrigar exemplares do felino.

Fonte: Revista FAPESP (aqui)

Menos mangabeiras em Sergipe.


Entre 2010 e 2016, área produtora de mangaba diminuiu quase 30% no estado

Fruto de uma árvore encontrada só no Brasil, principalmente em áreas de tabuleiros, baixadas litorâneas e restingas do Nordeste, a mangaba vendida no país vem quase toda da ação extrativista. 

Um estudo divulgado no mês passado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, revela um cenário preocupante para o futuro dessa atividade em Sergipe, responsável por metade da produção nacional de 700 toneladas de mangaba. Segundo o levantamento, nos últimos seis anos houve uma redução de aproximadamente 30% (10.456 hectares) na área de ocorrência natural de mangabeiras no estado. 

O estudo comparou a situação atual com a de 2010, quando um trabalho semelhante mapeou os lugares com árvores da espécie Hancornia speciosa, nome científico da mangabeira, em nove municípios sergipanos. 

Os dois problemas que mais contribuíram para a redução da zona ocupada pela espécie foram o desmatamento da vegetação nativa (para abrir espaço ao plantio de cana-de-açúcar e eucalipto e à indústria da construção civil) e o cercamento de áreas de vegetação.

Fonte: Revista FAPESP (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

Infelizmente, este é mais um exemplo de depauperação da economia popular e descentralizada que acontece fruto da concentração de renda.

Os três motivos demonstrados na pesquisa são exemplo de ações que geram renda para apenas um grupo em detrimento da geração de renda de centenas ou milhares de pessoas.

Não é a toa que hoje mesmo saiu uma reportagem alertando que 8 pessoas concentram mais recursos que a metade da população mais pobre do planeta, ou seja, 8 = 3.500.000.000!

Toda essa concentração será apenas fruto da meritoracia e vontade de trabalhar?

Você pode ler a reportagem clicando aqui.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Jardim Botânico Plantarum e Harri Lorenzi




Nesta semana, tive a oportunidade de conhecer o Jardim Botânico Plantarum no município de Nova Odessa, SP.

Vale muito a pena conhecê-lo, pois são mais de 4000 mudas catalogadas e mantidas pelo grande pesquisador Harri Lorenzi. Qualquer pessoa que goste do tema árvores e plantas, já deve ter investido algumas horas folheando os livros dele.

Honra maior foi conhecer o Jardim monitorado pelo próprio Harri e poder ter registrado essa visita. Ele, gentilmente, autografou todos os livros dele que temos na Secretaria de Meio Ambiente de Limeira.

Para quem não conhece o Jardim Botânico e quer ter uma ideia, vale a pena assistir ao video que a Regina Casé fez para o Programa "Um pé de quê" da TV Futura e que está disponível na íntegra. Esse programa foi gravado em 2012.



Quem quiser conhecer mais sobre o Jardim, pode entrar também no site clicando aqui.

Quem quiser adquirir um dos livros, eles são vendidos on line clicando aqui.

Águas Residuais será o centro dos debates do Dia Mundial da Água 2017



A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o tema “Águas Residuais” como o foco das discussões para o Dia Mundial da Água 2017, a ser celebrado em 22 de março.

Popularmente conhecida como esgoto, as águas residuais compreendem todo o volume de água que teve suas características naturais alteradas após o uso doméstico, comercial ou industrial. Trata-se de uma substância com grau de impureza que varia de acordo com sua utilização, mas que sempre contém agentes contaminantes e potencialmente prejudiciais à saúde humana e à natureza de modo geral.

O retorno dessa água ao meio ambiente deve necessariamente sofrer tratamento de modo que ela volte a apresentar qualidade e limpeza adequadas para que seja lançada no corpo receptor (rio, lago ou mar) sem causar danos à saúde e ao ecossistema.

No Brasil, a coleta e tratamento das águas residuais configuram-se como grande desafio para o saneamento ambiental. Segundo o Instituto Trata Brasil, apenas 48,6% da população tem acesso à coleta de esgoto, sendo que deste efluente coletado somente 40% passa por algum tipo de tratamento antes de ser descartado no meio ambiente.

O tema ainda demonstra a desigualdade social no país. Estados mais carentes e menos desenvolvidos apresentam menos acesso ao saneamento básico frente aos Estados com mais recursos. Por exemplo, a região norte é que apresenta as médias mais baixas de tratamento de esgoto (14,36%), enquanto o Centro-Sul brasileiro apresenta melhores índices, acima da média nacional.

Águas Residuais nas Bacias PCJ

Nas Bacias PCJ, no interior do Estado de São Paulo, as águas residuais recebem uma atenção especial há mais de duas décadas. A fundação do Consórcio PCJ, inclusive, foi fomentada justamente pela queda na qualidade das águas dos mananciais da região devido ao lançamento de efluentes nos rios. Quando a entidade foi criada em 1989, apenas 3% dos esgotos coletados eram tratados. Segundo o mais recente relatório de Gestão das Bacias PCJ, editado pela Agência PCJ, a média de tratamento na região atingiu a marca de 72% do total de esgoto coletado (92%), bem acima das médias nacionais.
A universalização do saneamento, com atendimento em 100% de tratamento de água, coleta e tratamento de águas residuais são essenciais para a dignidade humana e a saúde pública. O Instituto Trata Brasil estima que são necessários R$ 508 bilhões até 2033 para universalizar o acesso aos 4 serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem). Somente para água e esgoto serão necessários R$ 303 bilhões.

Especialistas do setor sugerem que cada R$1 investido em saneamento economiza-se R$4 na área da saúde. Não é só nesse campo que ocorrem impactos positivos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) atenta que cada R$ 1 investido em saneamento gera R$ 3,13 em riquezas à economia, já que saneamento demanda grande quantidade de obras e serviços, movimentando áreas da indústria, comércio e setor de serviços em todo o ciclo que vai da captação e abastecimento de água à coleta e tratamento do esgoto. Para cada R$ 1 bilhão investido em saneamento, 58 mil empregos diretos e indiretos seriam criados: sendo 27 mil na indústria, 25,1 mil no setor de serviços e 5,9 mil em agropecuária.

Sobre o dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU no dia 22 de março de 1992. Desde então, essa mesma data a cada ano é destinada à discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

A data comemorativa é uma oportunidade para se conhecer mais sobre a problemática da água, promover debates na sociedade e tomar atitudes que façam a diferença no uso racional de água. A cada ano, a ONU escolhe um tema diferente para ser discutido que corresponde a um desafio atual ou futuro.

No ano passado, a ONU divulgou os temas das três próximas edições do Dia Mundial da Água, sendo que em 2016 os debates ocorreram em torno de “Água e Empregos”, em 2017 conforme já atendado será “Água Residual” e em 2018 terão como foco “Soluções Naturais para a Água”. 

Fonte: Assessoria de Comunicação do Consórcio PCJ (e-mail)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

BNDES aprova financiamento de R$ 1,04 bilhão para complexo eólico nos estados do Piauí e Pernambuco


Pixabay

Serão 14 parques com capacidade total de 357,9 MW, o suficiente para abastecer 1,14 milhão de residências
Luísa Cortés, do Portal PINIweb

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1,043 bilhão, destinado ao Complexo Eólico Ventos do Araripe 3. São 14 parques nos municípios de Simões e Curral Novo (Piauí), e Araripina (Pernambuco), com capacidade instalada total de 357,9 MW. A energia é o bastante para beneficiar 1,14 milhão de residências.

O complexo tem, ainda, 156 aerogeradores produzidos pela GE, e início de operação prevista para 2017. O apoio inclui o sistema de transmissão, mas contempla um subcrédito social de R$ 5,19 milhões, valor a ser investido no entorno do projeto. Desses recursos, parte será repassada pelo próprio BNDES e cerca de R$ 570 milhões por meio de agentes financeiros, como os bancos Santander e Bradesco.

O banco prioriza investimentos em energia alternativa. Como impactos sociais, a implementação deve trazer empregos diretos e indiretos à região, com cerca de 2,4 mil trabalhadores durante o processo de construção.

Também está prevista a emissão de debêntures de infraestrutura de até R$ 300 mil para compor uma parcela do valor total de investimento no complexo, que custará R$ 1,743 bilhão.
O projeto ainda deve contribuir para a diversificação da matriz elétrica e ajudar a preservar os reservatórios de usinas hidrelétricas.

O banco tem financiado uma série de parques eólicos nos últimos anos, em especial no litoral nordestino, onde a produção dessa energia é mais propícia. Em julho deste ano, aprovou o financiamento de quatro centrais eólicas em Trairi, no Ceará, pertencentes ao Complexo Eólico Santa Mônica.  Ele também colaborou, em novembro do ano passado, para a implementação de seis parques eólicos do Complexo Morrinhos Energias Renováveis, em Campo Formoso, na Bahia, e para o Parque Eólico Pontal 2A, em Viamão, no Rio Grande do Sul. 

Além disso, o BNDES alterou, em outubro, as suas condições de financiamento de energia elétrica, e criou no início do mês um fundo para o incentivo de projetos de energia sustentáveis. 

Fonte: Portal Infraestrutura Urbana (aqui)

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Instituto de Botânica atualiza lista de espécies de flora em extinção

Nova Lista enumera 874 espécies ameaçadas, 337 presumivelmente extintas

Pinheiro-brasileiro, uma das espécies que corre risco (Araucaria angustifolia), Parque Estadual de Campos do Jordão. Foto de Haroldo Kalleder (CC BY-SA 3.0)
Pinheiro-brasileiro, uma das espécies em risco (Araucaria angustifolia), Parque Estadual de Campos do Jordão.
Foto de Haroldo Kalleder (CC BY-SA 3.0)

O Brasil é um dos países de maior diversidade no mundo com uma flora que abriga cerca de 41.000 espécies. No estado de São Paulo estima-se a ocorrência de cerca de 9.600 espécies de plantas. Nesse contexto, a lista oficial de espécies vegetais ameaçadas de extinção assume importante papel para a execução de políticas públicas, visando à recuperação de áreas degradadas e à conservação da biodiversidade.

A primeira versão da lista, elaborada em 1989, foi atualizada em 2004 e agora, novamente, em 2016. O Instituto de Botânica coordenou o trabalho que contou com a participação de especialistas, professores universitários e pesquisadores, com profundo conhecimento da flora paulistana.

Em sua nova versão, publicada em 7 de junho, a Lista apresenta 874 espécies ameaçadas, sendo 337 presumivelmente extintas, 15 extintas na natureza, 54 em perigo crítico, 193 em perigo e 275 vulneráveis (ver tabela com porcentagens abaixo). A grande novidade desta lista foi a inclusão de espécies do grupo das briófitas, popularmente conhecidas como musgos, com 76 espécies ameaçadas, de um total estimado de 900 espécies de briófitas para o estado de São Paulo.



Status de conservação 2004 2016 (sem briófitas) % aproximada  2016 (com briófitas)
EX                                  393         289                                      diminuiu 25%            337
EW                                    14           15                                      aumentou 7%              15
CR                                    23           54                                      aumentou 135%              54
EN                                  185          191                                      manteve                    193
VU                                  471          249                                      diminuiu 50%            275
Total                        1086          798                                      diminuiu 25%            874

As principais atualizações

Com o aumento do conhecimento científico sobre nossa flora nos últimos 12 anos, muitas das espécies incluídas nas duas últimas listas, foram descritas como novas apenas em anos recentes, ou seja, sequer sabia-se da existência delas quando a primeira lista foi elaborada em 2004. Outro importante ponto é que com esse esforço maior de coleta, lacunas de conhecimento em áreas pouco coletadas foram preenchidas e espécies que não haviam sido amostradas nos derradeiros 50 anos foram reencontradas, como, por exemplo:

a) as realizadas dentro do projeto “Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo” e do projeto temático financiado pela FAPESP “Fauna e flora de fragmentos florestais remanescentes da região noroeste do Estado de São Paulo”;

b) As atividades de levantamento, resgate e restauração da flora oriunda das áreas das obras do trecho sul e norte do Rodoanel Mario Covas;

c) a criação de Unidades de Conservação, vez que, estar ou não em áreas protegidas é um dos critérios para se considerar uma espécie ameaçada;

d) o processo de restauração ecológica adotado no Estado, com políticas públicas para o setor e recomendação de plantio com alta diversidade de espécies também contribuíram para este cenário.

A importância da Lista de Espécies para a conservação

Atualmente, estima-se que a extinção em nível global seja 1.000 vezes maior que o índice histórico e que o ritmo de extinção seja muito mais acelerado que o ritmo da ciência na identificação e descrição de novas espécies. As principais atividades humanas responsáveis pela extinção são: a destruição de habitat, matança ou coleta excessiva, introdução de espécies exóticas e cadeias de extinção (extinção de algumas espécies implica no desaparecimento de outras).

Essas listas são essenciais para a conservação, fornecem informações-chave sobre o estado dos nossos biomas e orientam ações governamentais e privadas voltadas para conservação. Essas listas são também instrumentos norteadores para políticas públicas, como por exemplo, na escolha de áreas para implantação de unidades de conservação, na definição de áreas de reservas legais, em zoneamentos ecológicos-econômicos etc. Constituem ainda ferramenta de suporte para análise de impactos ambientais, nos trabalhos de restauração de áreas degradadas e de orientação de resgate de espécies e sua conservação ex-situ, sendo de grande importância no planejamento de grande obras e empreendimentos, podendo, por exemplo, alterar traçados de rodovias, ferrovias entre outras. As listas também representam instrumentos eficientes para a identificação e o mapeamento de áreas degradadas ou em processo de degradação, permitindo a quantificação prática de perda de biodiversidade e orientando as tomadas de decisões.

A lista de espécies ameaçadas é importante para nortear as  Políticas Públicas da SMA no gerenciamento de conflitos entre empreendedores, na aplicação segura da legislação ambiental e agilização dos processos que tratam de supressão ou manejo da vegetação. Além de auxiliar nos licenciamentos de Plano de Manejo em Unidades de Conservação (UCs); Laudos e licenças para desmatamentos; Sanções drásticas e corretivas – Lei de Crimes Ambientais; Termos de Ajustamento de Conduta (TACs); Mercado Consumidos –Série ISSO 14.000; Resoluções Normativas da SMA, Consema e Conama.

Para conferir a atualização da lista das espécies ameaçadas, acesse: DOE parte 1, DOE parte 2, DOE parte 3

Fonte: Site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (aqui)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Campanha da Fraternidade 2017 Hino oficial CF 2017




Como já apresentado aqui, o tema da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica do ano de 2017 tratará novamente de um tema socioambiental.

Em continuidade com o tema do ano passado que foi o Saneamento Básico, o de 2017 tratará sobre os biomas que pode ser considerada uma continuidade da reflexão do ano passado.

Se por um lado, o tema Saneamento Básico demonstra a proteção do ambiente artificial que é onde habitamos, as cidades principalmente, os Biomas são a continuidade desse ambiente, mas natural.

A CF 2017 tem como tema "Fraternidade: Biomas Brasileiros e defesa da vida" e cujo lema é "Cultivar e guardar a criação" (Gênesis 2,15)

Já está disponível a música e abaixo está a letra para que todos possam já ir treinando, meditando e rezando esse lindo hino.


HINO OFICIAL DA CF 2017

Letra: Padre José Antônio de Oliveira
Música: Wanderson Luiz Freitas


Louvado seja, ó Senhor, pela mãe terra,
que nos acolhe, nos alegra e dá o pão.
Queremos ser os teus parceiros na tarefa
de "cultivar e bem guardar a criação."


Refrão:
Da Amazônia até os Pampas,
do Cerrado aos Manguezais,
chegue a ti o nosso canto
pela vida e pela paz (2x)


Vendo a riqueza dos biomas que criaste,
feliz disseste: tudo é belo, tudo é bom!
E pra cuidar a tua obra nos chamaste
a preservar e cultivar tão grande dom.


Por toda a costa do país espalhas vida;
São muitos rostos - da Caatinga ao Pantanal:
Negros e índios, camponeses: gente linda,
lutando juntos por um mundo mais igual.


Senhor, agora nos conduzes ao deserto
e, então nos falas, com carinho, ao coração,
pra nos mostrar que somos povos tão diversos,
mas um só Deus nos faz pulsar o coração.


Se contemplamos essa "mãe" com reverência,
não com olhares de ganância ou ambição,
o consumismo, o desperdício, a indiferença
se tornam luta, compromisso e proteção.


Que entre nós cresça uma nova ecologia,
onde a pessoa, a natureza, a vida, enfim,
possam cantar na mais perfeita sinfonia
ao Criador que faz da terra o seu jardim.

Fonte: Portal Kairós no Youtube (aqui)