segunda-feira, 19 de junho de 2017

Como nasce um parque: A história do primeiro parque do Brasil



Firme e soberana, a Serra do Itatiaia já foi palco de muitas histórias. Algumas de que se tem registro, e outras dos tempos em que os índios Puri eram os únicos habitantes da região. Essas só podemos imaginar.

É sabido, porém, que ali começou uma grande jornada: a jornada dos parques do Brasil. Os primeiros visitantes chegaram ainda no século XIX, em expedições que resultaram na criação de obras de arte que hoje estão no Museu do Louvre, em Paris. No entanto, foi apenas em 1937 que o local se tornou o Parque Nacional do Itatiaia - o primeiro parque brasileiro. Hoje, 14 de junho, é comemorado o aniversário de 80 anos.

As terras que foram adquiridas pelo governo federal para a criação de núcleos coloniais agrícolas, em 1908, são as mesmas que se tornaram um local de conservação e conexão nos últimos 80 anos. Proteção à natureza, auxílio às ciências naturais, crescimento do turismo e reserva das florestas existentes para as gerações vindouras eram os objetivos que, desde o início, nortearam a criação dos parques nacionais, por Getúlio Vargas.

De lá pra cá, o parque tomou corpo. Áreas agrícolas foram regeneradas e, já na década de 1940, o espaço ganhou infraestrutura para receber visitantes e pesquisadores.

Hoje, quem cruza os limites do Itatiaia se vê rodeado por cerca de 30 mil hectares, o equivalente a 135 parques Ibirapuera. Ali, pode-se percorrer trilhas e mergulhar em cachoeiras, observar a fauna e a flora. Aliás, as mais de 360 espécies de aves tornam o parque indispensável para os observadores. Existe, inclusive, um pássaro que leva o nome do parque, o Itatiaia Spinetail.

Outro atrativo é o frio que toca o Planalto do Itatiaia. Geadas matinais, lagos congelados e, por vezes, até neve no Pico das Agulhas Negras atraem a curiosidade dos visitantes. Há quem diga que é a região com as menores temperaturas do Brasil. O recorde não está confirmado, mas, no ano passado, os termômetros chegaram a marcar -13,3 graus!

Do turismo, brota um dos mais doces frutos gerados nessa jornada. "A grande vocação do Itatiaia é cativar as pessoas e despertar o desejo de conhecer os parques e conservar as nossas riquezas naturais", explica Gustavo Tomzhinsky, chefe do Itatiaia. Esses são frutos semeados em todos os parques. Que, no futuro, eles brotem por todos os lados.

*Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do HuffPost Brasil e não representa ideias ou opiniões do veículo. Mundialmente, o HuffPost oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.

Fonte: MSN (aqui)

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