terça-feira, 13 de junho de 2017

A usina flutuante da China


A usina flutuante da China

Segunda maior economia do mundo e maior emissora de gases do efeito estufa, a China deu mais um passo em direção à limpeza de sua matriz energética. Na semana passada, a potência asiática inaugurou a maior usina solar flutuante do mundo, na cidade de Huainan, localizada na província de Anhui. O fato de a instalação ter sido colocada no lugar onde, antigamente, funcionava uma mina de carvão, que foi alagada, parece até provocação. A usina irá produzir 40 megawatts (MW) de energia por ano.

A título de comparação, a capacidade instalada total de energia solar no Brasil, incluindo a geração distribuída (projetos particulares), é de 77 MW. Mais importante do que sua capacidade, no entanto, é o simbolismo do projeto chinês, cuja inauguração aconteceu dias depois de o presidente americano, Donald Trump, anunciar que vai retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. A China, que já é o maior produtor de energia limpa do mundo, vem liderando os investimentos em pesquisa e desenvolvimento na área de renováveis.

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Em 2016, o país asiático aportou quase o dobro dos americanos nesse setor. Ao mesmo tempo, o governo chinês está barrando projetos sujos. Em janeiro, foram canceladas as construções de 100 usinas a carvão no país. Essa mudança de mentalidade vem permitindo avanços consideráveis, como esse na área de usinas flutuantes. Antes de Huainan, o máximo de capacidade obtida com esse tipo de empreendimento era de 13,7 MW, de uma usina no Japão. Quem vai segurar os chineses?

Fonte: Isto É Dinheiro (aqui)

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