terça-feira, 4 de novembro de 2014

Chuva de domingo não beneficiou mananciais

Vazão foi mantida em 1,57 m, mesmo com 38 mm de volume de água


Os 38 mm de chuva que Limeira registrou no início da noite de anteontem, segundo termômetros da FT (Faculdade de Tecnologia) da Unicamp, não surtiram efeito nos mananciais da cidade - o Rio Jaguari e o Ribeirão Pinhal. Segundo a Assessoria de Imprensa da concessionária Odebrecht Ambiental, os dados do site que monitora as redes telemétricas da Bacia PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) revelaram que a vazão ontem, às 16h, era de 1,57 m. O índice, segundo a concessionária, indica que as chuvas não trouxeram impacto positivo em Limeira.

Ainda segundo a Odebrecht, a quantidade de chuva necessária para melhorar a quantidade de água reservada nos mananciais seria algo equivalente à média pluvial histórica. De 2004 a 2013, a média histórica para o mês de novembro é de 136 mm de chuva.

Quanto à previsão de chuva para este mês, a Odebrecht afirma que é necessário que se concretize em volumes maiores, deixando a tendência das pancadas localizadas e de pouca duração.

RACIONAMENTO

Com o consumo atual, a reserva do lago na bacia do Ribeirão Pinhal abastecerá a cidade aproximadamente até o dia 20 deste mês, caso não haja chuvas realmente volumosas. Ou seja, a cidade possui apenas 16 dias de água, caso o tempo permaneça seco ou sem chuvas volumosas neste período. Porém, se houver precipitações constantes nos próximos dias, como indica a previsão, o prazo de abastecimento normal poderá ser estendido.

Ainda segundo a assessoria, outra possibilidade de melhora é caso o Rio Jaguari apresente avanço na quantidade e na qualidade da água. Nesse caso, voltará a opção de captar a água desse manancial e a reserva do lago do Ribeirão Pinhal será preservada. A concessionária ressalta que ainda não existe previsão de racionamento em Limeira.

Precipitações previstas para as próximas 72h

Estão previstas pancadas de chuvas para Limeira e região nas próximas 72h, afirma o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura). "A chuva tem a tendência de ser dispersa. Não se sabe se irá melhorar ou não a situação dos mananciais", diz a meteorologista do centro, Ana Ávila.

Ana Ávila afirma também que é impossível prever a quantidade de chuva. "Por ser dispersa, não é impossível saber o quanto vai chover. Tampouco se haverá tempestades", diz.

O mesmo afirma o professor de Hidrologia e Drenagem da FT (Faculdade de Tecnologia) da Unicamp, Hiroshi Yoshizane. Ele explica que a tendência é chover nos próximos dias, como também em todo o mês de novembro. "É típico chover em novembro, por conta da umidade. Mas não deve esfriar", diz.

Ele considera que a chuva de anteontem (38 mm) teve um bom volume e que isso deve reverter nos mananciais nas próximas oportunidades. "É esperar mais chuvas constantes como esta", diz. (Ana Paula Rosa).

Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

Ao contrário do texto da manchete, toda chuva beneficia a bacia hidrográfica em que ela precipita. Mas o que tem que ser considerado é que a chuva não encerra a situação de crise, pois o que a melhorará é a reposição da água no solo, e isso com certeza aconteceu. 
É melhor no ponto de vista do recurso hídrico que toda a reserva no rio e no solo seja recarregada. 
E o instrumento que monitora níveis de chuva é o pluviômetro e não termômetro.

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