quarta-feira, 4 de maio de 2011

Não investe no CEPROSOM, olha o resultado.

O atual governo vem cortando recursos do CEPROSOM. Mesmo com aumento da arrecadação municipal, o recruso para área social não acompanha. O resultado é o sucateamento dos esforços da sociedade para auxiliar a área da assistência social de Limeira.

Imagino que isso seja fruto da tática de que investir em obras em ano de eleição dá mais resultado político que auxiliar a população mais carente.

Lar do Moço é desativado e Justiça pede intervenção da Promotoria Comunitária

Renata Reis

O Lar do Moço (Lar Espírita Ernesto Kühl) - abrigo de meninos com idade acima de 12 anos - completaria 40 anos de atividade em 2011. No entanto, o abrigo, localizado na Rua Sete de Setembro, foi desativado no ano passado por falta de recursos financeiros. A Vara da Infância e Juventude tomou ciência da situação e pediu a intervenção da Promotoria Comunitária, inclusive para que os abrigos sejam reordenados, conforme Portaria Federal.

A juíza Daniela Mie Murata Barrichello pediu, por meio de ofício, a atuação dos promotores envolvidos no projeto, para que verifiquem a existência de abrigo para menores, do sexo masculino, com idade acima de 8 anos, já que o Lar do Moço encerrou as atividades há um ano. Com isso, a Gazeta apurou que os meninos abrigados no Nosso Lar e que chegam a adolescência, em vez de seguirem para outra entidade - no caso, o Lar do Moço, pois exigem outro tipo de assistência -, permanecem na mesma instituição. “Foge à regra, mas, por enquanto, não estamos tendo problemas porque não há grande demanda de abrigados na juventude”, conta a presidente do Nosso Lar, Dalva Silva.
Os quartos foram divididos e, no momento, é possível oferecer conforto. No entanto, adolescentes e jovens precisam de assistência diferenciada. Eles começam a participar de cursos e programas de aprendizagem para o trabalho, completamente diferente do tratamento dado às crianças. “Estamos nos adaptando. Os recursos são poucos”, conta Dalva. Ela diz que os repasses das três esferas governamentais (federal, estadual e municipal) cobrem apenas 28% dos gastos. A presidente não falou em valores, mas diz que, quanto os outros 72% de custos mensais, “tem que correr atrás de doações”. Há, atualmente, 35 abrigados.

PREJUÍZO
A Gazeta mateve contato com o último presidente do Lar do Moço, Fernando Cardoso, que contou que, em reunião extraordinária da assembleia geral, no ano passado, foi decidido que não dava mais para a entidade continuar funcionando. “Tínhamos um gasto de até R$ 15 mil por mês. O repasse de verba pública era de aproximadamente R$ 4 mil, sem contar que os voluntários já eram poucos”, conta. O Lar do Moço chegou a ter 49 abrigados.
A entidade começou a abrigar adolescentes em 1971. Hoje, o prédio está vazio. Há um projeto de instalar uma escola no local. Caso isso não ocorra, o imóvel será devolvido ao proprietário, que é o Centro Espírita Luz e Caridade.
A situação já foi alvo de discussões da Vara da Infância, juntamente com o Conselho Municipal de Defesa da Criança e Adolescente (CMDCA) e Conselho Tutelar. A Prefeitura não se manifesta.
A juíza também pediu à Promotoria Comunitária que verifique a implantação de reordenamento dos abrigos, conforme Portaria Federal. O Município teria de disponibilizar um prédio, para que irmãos abrigados não sejam separados. O promotor Luiz Alberto Segalla Bevilacqua adiantou que dará prazo para o Executivo se manifestar. 

Fonte: Gazeta de Limeira (aqui)

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