sexta-feira, 15 de julho de 2011

Confrontos urbanos.

Trem 'tira sossego' de vizinhança

Moradores da Vila São Luiz reclamam do barulho das paradas da máquina

Moradores de uma rua sem saída na Vila São Luiz não aguentam mais o barulho causado pelas paradas do trem, principalmente no período da noite e nos finais de semana. Eles dizem que as paradas demoram horas e causam transtorno.

A rua Emílio Spadari termina em uma área verde a poucos metros da linha férrea. Na região, encontra-se o "pátio de cruzamento", onde a linha, que é dupla, torna-se única. Por causa disso, é necessário que o trem pare nesse local para aguardar a passagem de outro trem que vem na direção oposta.

"Nós não nos importamos com o barulho do trem ao passar ou da buzina quando está aqui por perto, mas o que nos incomoda mesmo é quando a máquina permanece ligada ao lado da nossa rua. Isso incomoda muito, até nos impede de ver TV, de tão alto que é o barulho", contou o bancário Márcio Fernandes Carvalho Diógenes, 33.

A comerciante Josiane Aparecida Dias, 50, também reclama da situação. "Isso acontece muitas vezes no meio da noite, quando já estamos dormindo, descansando. Ninguém aguenta o barulho, quase morremos de susto quando começa aquele som dos freios do trem", relatou. Outra fato que incomoda é a fumaça emitida da máquina do trem e vai para a rua. "Aquilo vai para dentro de nossas casas, suja toda a rua", reclamou Diógenes.

Os vizinhos relatam que já tentaram de tudo. "Já ligamos para todo lugar, ligamos até para Brasília, mas ninguém entende o nosso problema", falou Josiane. "Tentamos com a promotoria, mas disseram se tratar de um assunto de esfera nacional, ligamos na ALL. Mandamos e-mail, mas as respostas são as mesmas, que a buzina é por segurança. Mas não é isso, sequer tentam entender nosso problema", lamentou.

A assessoria de imprensa da ALL (América Latina Logística) informou que a área, por se tratar de um pátio de cruzamento, segue os procedimentos de um RO (Regulamento Operacional). "Quando há duas composições em sentidos opostos, a que chega primeiro ao pátio tem que aguardar a outra passar para só então seguir. A máquina tem que permanecer ligada por questões de segurança. Depois que o outro passa, para seguir viagem é preciso acionar a buzina, também como parte do RO", informou. Quanto ao fato reclamado pelos moradores, de a máquina parar justamente em frente às casas e não no trecho mais adiante, a ALL disse que são questões rigidamente estudadas antes de serem determinadas por meio do RO.

Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS

Esse bairro é bem antigo. Portanto, foi pensado numa época que planejamento era coisa apenas de guerra. Assim, o que tem que ser pensado é na minimização, e não no erro histórico.

Para tentar minimizar o incômodo gerado pelo barulho há a possível solução de implantar barreiras acústicas que são muros de materiais que abafam parte dos ruídos diminuindo o desconforto.

Quem vai para São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes pode ver essas barreiras instaladas na chegada à São Paulo no lado direito (sentido capital). Interessante ressaltar que essa obra está do lado que a rodovia faz fronteira com um bairro nobre. Pois do outro lado que faz fronteira com favela, esse dispositivo não está instalado.

Talvez, poderiam junto ao MPF e ANTT tentar propor uma reunião com a ALL para viabilizar a implantação dessa barreira. Afinal, não são muitos quilômetros de divisa com esse bairro.

Falta mais boa vontade do que capacidade!

 Imagem da Internet.

Nenhum comentário:

Postar um comentário