Um dos projetos mais interessantes para o futuro da cidade de São Paulo está no papel há muito tempo. É um parque tecnológico, ao lado da USP, juntando universidade, centros de pesquisa e empresas. Imaginem o número de inovações (e empregos) que poderiam ser geradas, aproveitando o fato de que a USP é considerada a melhor universidade da América Latina e forma anualmente centenas de doutores.
Todas as grandes cidades do mundo têm a preocupação de estimular a inovação, gerando empregos que foram perdidos para sempre com a debandada da indústria. Já existem cidades brasileiras que investem nesse foco. O Rio está criando, por exemplo, um parque tecnológico apenas para desenvolver inovações em torno do petróleo.
A cidade de Nova York abriu uma concorrência para entregar um terreno a uma grande universidade que estimule a inovação e gere empregos. A principal candidata é Stanford, uma das responsáveis por nada menos que o Vale do Silício, na Califórnia, o centro da mais criativo de tecnologia da informação.
Não dá para entender (exceto pela lerdeza dos poderes públicos, no caso o governo estadual, responsável pelo parque tecnológico) por que um projeto tão relevante não sai do papel.
Daí se vê como funciona a agenda do poder. O Itaquerão (apenas um estádio de futebol) recebe muito mais atenção e apoio do que um parque tecnológico que poderia ajudar a moldar uma cidade e desenvolver o Brasil. Bastaria um pouco, um pouco só, da velocidade do Itaquerão, envolvendo governos estadual e municipal e empresários, para que esse parque de invenções funcionasse rapidamente. É uma aula de agilidade.
O projeto do parque tecnológico ao lado da USP até avançou: não está só papel, já tem a pedra fundamental.
Fonte: Coluna do Gilberto Dimenstein no site da Folha (aqui)
MEUS COMENTÁRIOS:
A principal forma de se desenvolver o Brasil, em minha opinião, não está nem na taxação das importações, nem na exclusão dos direitos trabalhistas (FGTS, 13º salário ou INSS) e nem na estatização das empresas. A chance do desenvolvimento integrado e sustentável, através da Inovação.
E isso será possível com a ampliação do investimento nessa área, como aumento das vagas em centros de pesquisa e inovação, bolsa para jovens cientistas e construção de centros de excelências.
A ideia de criar esse centro próximo à USP será um grande passo, mas parece que ainda não é prioridade do Governo Estadual.
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