segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Educação está longe de ser prioridade...


A história de Mário Gatica: segurança e professor

Gilberto Dimenstein em 31/01/10, arquivo pessoal

Quem se deparar com Mário Gatica, óculos escuros, terno preto, alto, musculoso, lutador de artes marciais, cuidando da segurança de uma casa noturna da rua Augusta, jamais poderia imaginá-lo professor de filosofia de escola pública.“Gostaria apenas de dar aulas” – apesar de algumas vezes ele se sentir mais vulnerável fisicamente dentro de uma escola do que evitando brigas ou assaltos na madrugada.

O magistério é seu grande projeto desde a adolescência, mas se vê obrigado a complementar sua renda na noite. Na condição de temporário, ele passou na prova de conhecimentos aplicada pela rede estadual de São Paulo: 40% dos candidatos foram reprovados, mesmo com o benefício de usar o tempo de serviço como parte da nota.

Muitas gorjetas superam o que ele recebe por hora em sala de aula – o que acabou interessando colegas na escola. Professoras pediram um bico de garçonete.

Mesmo que não fosse dublê de segurança e professor, Mário, que se graduou em história e está no último ano de uma faculdade de filosofia, seria uma raridade. É o que se vê num alarmante levantamento com jovens brasileiros sobre os desejos profissionais.

Idealizada pela Fundação Victor Civita e realizada pela Fundação Carlos Chagas, a pesquisa integra um relatório sobre a atratividade da carreira do professor. As entrevistas foram focadas apenas em jovens que estão concluindo o ensino médio e estão decidindo sua carreira: apenas 2% deles querem ser professores.

Entre os que estão nas escolas privadas, a taxa cai para próximo de zero. Suas opções são, pela ordem, direito, engenharia, e medicina.

Meus comentários:

Esse artigo está disponível no site Catraca Livre que pode ser vito clicando aqui.

Infelizmente, a Educação que deveria ser prioridade número 1 de qualquer nação está longe disso.


Isso demonstra o projeto de país que queremos formar. Com esses números, já dá para imaginarmos quais serão as medidas a serem buscada para melhorar nossa qualidade de vida: redução da maioridade penal, extermínio de crianças de ruas entre outras, já que salvar a educação não é prioridade.

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