Em toda a sua trajetória de 62 anos, este é o terceiro grande Plano Diretor de Aproveitamento dos Recursos Hídricos desenvolvido pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
O primeiro, nos anos1960, denominado Hibrace (Consórcio Hidroservice-Brasconsult-Cesa) e implantado a partir de 1964, visava o controle das cheias da capital e municípios vizinhos – por meio de construção de barragens e do desassoreamento dos rios Tietê, Tamanduateí, Pinheiros e seus principais afluentes –, além do abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo e do destino final do esgoto gerado por sua população. Em 1993, o primeiro Plano foi revisado, atualizado e ampliado com a incorporação das Bacias do Alto Tietê, Piracicaba e Baixada Santista. Concluído em 1995 pelo consórcio Hidroplan (Coplasa-Etep-Figueiredo Ferraz- Hidroconsult-Maubertec), tinha um horizonte projetado para 2020.
A ampliação da complexidade dos sistemas de infraestrutura e dos serviços públicos exige, agora, novos recortes territoriais de análise, incorporando outras bacias hidrográficas e, além das Regiões Metropolitanas, os aglomerados urbanos instituídos a partir de 2011, conformando-se a chamada Macrometrópole Paulista, objeto de estudo deste Plano Diretor de Aproveitamento dos Recursos Hídricos.
Elaborado por uma equipe multidisciplinar e acompanhado por técnicos do DAEE, da Sabesp e de três Secretarias do Governo do Estado, este trabalho reflete o estado da arte da pesquisa científica nacional, produzindo um valioso instrumento de planejamento e de gestão integrada, capaz de subsidiar a tomada de decisões e ações necessárias para garantir a segurança hídrica de uma imensa mancha territorial.
O estudo aponta para a necessidade de criação de novos sistemas de captação e reservação de água bruta em um cenário que inclui a renovação da outorga do Sistema Cantareira. Ao mesmo tempo, incorpora as ações de curto prazo, parte das quais já está sendo executada pelo Governo do Estado, além de um plano de investimentos de médio e longo prazos a ser revisto periodicamente.
FAÇA O DOWNLOAD DOS ARQUIVOS DO PLANO DE MACROMETROPOLE:
Fonte: Site do DAEE (aqui)
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Quando alguém ouve o termo do Plano da Macrometrópole Paulista têm-se a ideia de que seja uma área distante ou na capital apenas.
Não, este Plano envolve diretamente também o território das Bacias PCJ e inclusive o município de Limeira.
Vivemos numa área que o volume disponível de água não atende as demandas de consumo urbano, industriais e agrícolas de nossa comunidade.
No passado, pensou-se nas ações de retirar água e aduzir de outras bacias hidrográficas, mas isso se mostrou ineficiente pois toda a região possui um histórico de desenvolvimento muito intenso com potencial de crescimento futuro. Portanto, buscar água em territórios distante apenas atrasa a crise e insere mais regiões nela.
O Governo do Estado de São Paulo encomendou um estudo para buscar solucionar ou pelo menos atenuar essa crise que envolve as regiões das UGRHI's Alto Tietê (Grande São Paulo), PCJ (região de Campinas e Piracicaba), Baixada Santista, Paraíba do Sul e Sorocaba Médio Tietê (Sorocaba).
Muitas das soluções passam por medidas não estruturais, ou seja, que não são grandes obras de engenharia. Num primeiro momento, essas ações passam a ideia de serem mais baratas, mas requer muito mais esforços.
Se não começarmos, nunca conseguiremos atender essas demandas.
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