O Brasil é o país com a maior diversidade biológica, abrigando entre 15% e 20% do número total de espécies do planeta, em seis grandes biomas: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e Pampa. A dimensão exata dessa riqueza biológica provavelmente jamais será conhecida, dadas as dimensões continentais do país, a extensão de sua plataforma marinha e a complexidade de seus ecossistemas. Parte considerável desse patrimônio foi, e continua sendo, perdida de forma irreversível, antes mesmo de ser conhecida, em função principalmente da fragmentação de habitats, da exploração excessiva dos recursos naturais e da contaminação do solo, das águas e da atmosfera.
O conhecimento e a conservação desses biomas com suas floras, faunas e microrganismos são essenciais, inclusive para a preservação da vida no planeta. Atenta a isso, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma das principais agências brasileiras de financiamento à pesquisa científica e tecnológica, tem tido um papel de destaque nesse esforço de mapeamento da biodiversidade do Estado de São Paulo. Localizado no Sudeste do Brasil, no limite entre as regiões tropical e subtropical, São Paulo apresenta enorme diversidade topográfica e climática, representando uma área de transição (ecótono) de dois biomas – Mata Atlântica e Cerrado – com distintos ecossistemas e enorme riqueza biológica.
Além de apoiar projetos individuais de pesquisa que conduzem a uma melhor compreensão da natureza brasileira, como tem feito há mais de quatro décadas, a FAPESP apóia projetos de pesquisa coletivos de longa duração, sediados de forma multiinstitucional, como o temático Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, um levantamento da diversidade de plantas com flores iniciado em 1994, que já revelou grande número de novas espécies e cujos resultados estão sendo publicados.
Em 1999, a partir de proposta da comunidade científica, a FAPESP criou o Programa Biota-FAPESP, visando não apenas a conhecer, mapear e analisar as origens, a diversidade e a distribuição da flora e da fauna do Estado de São Paulo, como também avaliar as possibilidades de exploração sustentável de plantas ou de animais com potencial econômico e subsidiar a formulação de políticas de conservação dos remanescentes florestais.
Em nove anos, o programa apoiou 84 projetos – entre temáticos, auxílios regulares ou desenvolvidos no Programa Apoio a Jovens Pesquisadores – e 400 bolsas, da Iniciação Científica ao Pós-Doutorado. Esta publicação traz informações sobre os projetos aprovados no Biota-FAPESP desde o início do programa, em 25 de março de 1999, até julho de 2008. Traz também uma coletânea de reportagens sobre o programa e os projetos, publicadas na revista Pesquisa FAPESP./
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Fonte: Site do Programa Biota Fapesp (aqui)
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