Uma equipe de pesquisadores do Brasil, da Argentina e do Paraguai estimou que os remanescentes da onça-pintada (Panthera onca), o maior felino das Américas, ocupam uma área de quase 38 mil hectares dentro da Mata Atlântica dos três países.
A extensão equivale a 2,8% das áreas existentes desse bioma e a cerca de 15% do território de Mata Atlântica que seria habitável pelo grande felino (Scientific Reports, 16 de dezembro). O trabalho reuniu dados de 14 grupos de pesquisa que atuam na região. Equipes de universidades e institutos de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul participaram do esforço com os colegas dos países vizinhos.
Dos menos de 300 exemplares que devem existir no interior do bioma, a maior parte dos animais conhecidos está concentrada em sete áreas consideradas prioritárias para a conservação da espécie. Três dessas áreas (na serra do Mar, no Alto Paranapanema e no chamado corredor verde, na divisa com a província argentina de Missiones) abrigam mais de 50 exemplares, com machos e fêmeas, e se estendem por mais de 5 mil quilômetros quadrados (km2).
Esses fragmentos de Mata Atlântica têm boas chances de comportar por um longo período uma população da Panthera onca, segundo estimativas dos autores. As outras quatro áreas abrigam menos de 50 onças e sua extensão varia entre 500 e 3.900 km2.
Além dos sete segmentos do bioma onde há um número significativo de onças, os pesquisadores identificaram outras cinco áreas no oeste do Paraguai e na costa brasileira com potencial para abrigar exemplares do felino.
Fonte: Revista FAPESP (aqui)
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