segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Menos mangabeiras em Sergipe.


Entre 2010 e 2016, área produtora de mangaba diminuiu quase 30% no estado

Fruto de uma árvore encontrada só no Brasil, principalmente em áreas de tabuleiros, baixadas litorâneas e restingas do Nordeste, a mangaba vendida no país vem quase toda da ação extrativista. 

Um estudo divulgado no mês passado pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, revela um cenário preocupante para o futuro dessa atividade em Sergipe, responsável por metade da produção nacional de 700 toneladas de mangaba. Segundo o levantamento, nos últimos seis anos houve uma redução de aproximadamente 30% (10.456 hectares) na área de ocorrência natural de mangabeiras no estado. 

O estudo comparou a situação atual com a de 2010, quando um trabalho semelhante mapeou os lugares com árvores da espécie Hancornia speciosa, nome científico da mangabeira, em nove municípios sergipanos. 

Os dois problemas que mais contribuíram para a redução da zona ocupada pela espécie foram o desmatamento da vegetação nativa (para abrir espaço ao plantio de cana-de-açúcar e eucalipto e à indústria da construção civil) e o cercamento de áreas de vegetação.

Fonte: Revista FAPESP (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

Infelizmente, este é mais um exemplo de depauperação da economia popular e descentralizada que acontece fruto da concentração de renda.

Os três motivos demonstrados na pesquisa são exemplo de ações que geram renda para apenas um grupo em detrimento da geração de renda de centenas ou milhares de pessoas.

Não é a toa que hoje mesmo saiu uma reportagem alertando que 8 pessoas concentram mais recursos que a metade da população mais pobre do planeta, ou seja, 8 = 3.500.000.000!

Toda essa concentração será apenas fruto da meritoracia e vontade de trabalhar?

Você pode ler a reportagem clicando aqui.

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