Produtor estima em 30% a queda do volume ofertado no mercado
Produtos do campo sofrem com o período de estiagem. Além de dificultar a produção, a falta de chuvas, aliada ao calor, está sendo responsável pela queda na qualidade de frutas, legumes, verduras e hortaliças. Enquanto a chuva não chega até a região rural, a previsão é de diminuição da oferta e com isso o consequente aumento dos preços.
Entre os principais produtos afetados, estão o tomate, o pepino e os folhosos. Quem produz no campo e vende na cidade tenta buscar alternativas para atender a demanda. É o caso da proprietária de uma quitanda em Limeira, Claudinéia Tetzner. "Cultivamos mangas, pepinos, limão, tomates. Mas quando algum falta, compramos de outros produtores para não deixar faltar e, assim, não variar tanto o preço", explica.
Segundo a proprietária e produtora rural, o limão foi outro produto que sofreu uma brusca variação de preço. Antes, ela adquiria uma caixa pelo valor de médio de R$ 60. Agora, compra por R$ 160.
ESTIAGEM X PRODUÇÃO
Para cultivar o alimento é necessário o elemento que está em falta nos últimos meses: a água. Sem chuvas, é preciso replanejar toda produção. No caso de Claudinéia, ela utiliza água de um poço em sua propriedade. Para ajudar a economizar, a produtora interrompe o plantio de algum de seus produtos. Para não faltar em sua quitanda, ela os adquire de outros produtores.
Mas o futuro para quem vive do plantio e colheita parece incerto. Especialmente em época de seca. O presidente do Sindicato Rural de Limeira, Nilton Piccin, não tem previsão otimista. "Não sabemos o que fazer. É uma situação muito complicada, pois estamos vivendo um momento de calor e seca, e não tem chovido nas áreas de produção", afirma.
De acordo com Nilton, a redução da produção de alimentos é inevitável. O cenário é de queda na oferta e aumento de preços. Contudo, não há como definir qual será o percentual de reajuste. "A produção de alimentos já foi reduzida. A possibilidade é de queda em 30% dos produtos ofertados. É uma situação não somente local, mas também de todo o estado. Com isso, é automático o reajuste de preços", diz.
Fonte: Jornal de Limeira (aqui)
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