sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Moradores que enfrentam sozinho a especulação imobiliária!

Interessante a reportagem que a Folha publicou nesta semana mostrando os casos de moradores paulistanos que veem todos os seus vizinhos venderem as propriedades e eles não abrem mão.

No final do video aparece uma casa que não foi vendida e foi "abraçada" pelo prédio no entorno.

Abaixo, a reportagem na íntegra.
Vendo a reportagem, lembrei-me do filme UP da Disney (ver trailer abaixo).








Morador 'isolado' resiste à construção de novos prédios

O assédio das construtoras a donos de imóveis tem aumentado na capital paulista devido à falta de terrenos livres, informa reportagem de Natália Cancian, Chico Felitti e Cristina Moreno de Castro para a Folha.
O psicólogo Osvaldo Cardoso, 61, viu sete casas vizinhas serem demolidas. Recebeu duas propostas da construtora.A primeira, de R$600mil --depois o valor subiu para R$900mil.

Ele diz que não vendeu o imóvel na Vila Madalena (zona oeste) porque a casa sempre foi da família. Além disso, pelo valor oferecido, segundo ele, seria difícil achar casa semelhante no bairro.
A Folha ouviu famílias de 13 casas "espremidas" no Butantã, Santana, Pinheiros, Alto da Lapa, Saúde, Vila Mariana e Paraíso.

Proprietários que não aceitam a proposta vêem o imóvel desvalorizar e sofrer com problemas de obras vizinhas. Cardoso conta que sentiu os efeitos da obra. A parede lateral rachou e, em outro canto, houve infiltrações. Um dia, viu o muro tremer -a retroescavadeira batia.

Para especialistas, o assédio das construtoras tem aumentado devido à falta de terrenos livres, especialmente na região central onde o número de empreendimentos subiu 25% no primeiro semestre.

Construtoras e associações do setor imobiliário admitem que há uma pressão aos moradores das casas que estão em suas áreas de interesse.

"Na verdade é um trabalho de insistência e de convencimento para aproveitar essa boa oportunidade", diz Odair Senra, vice-presidente de imobiliário do Sinduscon-SP, sindicato que reúne as construtoras do Estado.


Fonte: Site da Folha (aqui)

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