Trem 'tira sossego' de vizinhança
Moradores da Vila São Luiz reclamam do barulho das paradas da máquina
Moradores de uma rua sem saída na Vila São Luiz não aguentam mais o barulho causado pelas paradas do trem, principalmente no período da noite e nos finais de semana. Eles dizem que as paradas demoram horas e causam transtorno.
A rua Emílio Spadari termina em uma área verde a poucos metros da linha férrea. Na região, encontra-se o "pátio de cruzamento", onde a linha, que é dupla, torna-se única. Por causa disso, é necessário que o trem pare nesse local para aguardar a passagem de outro trem que vem na direção oposta.
"Nós não nos importamos com o barulho do trem ao passar ou da buzina quando está aqui por perto, mas o que nos incomoda mesmo é quando a máquina permanece ligada ao lado da nossa rua. Isso incomoda muito, até nos impede de ver TV, de tão alto que é o barulho", contou o bancário Márcio Fernandes Carvalho Diógenes, 33.
A comerciante Josiane Aparecida Dias, 50, também reclama da situação. "Isso acontece muitas vezes no meio da noite, quando já estamos dormindo, descansando. Ninguém aguenta o barulho, quase morremos de susto quando começa aquele som dos freios do trem", relatou. Outra fato que incomoda é a fumaça emitida da máquina do trem e vai para a rua. "Aquilo vai para dentro de nossas casas, suja toda a rua", reclamou Diógenes.
Os vizinhos relatam que já tentaram de tudo. "Já ligamos para todo lugar, ligamos até para Brasília, mas ninguém entende o nosso problema", falou Josiane. "Tentamos com a promotoria, mas disseram se tratar de um assunto de esfera nacional, ligamos na ALL. Mandamos e-mail, mas as respostas são as mesmas, que a buzina é por segurança. Mas não é isso, sequer tentam entender nosso problema", lamentou.
A assessoria de imprensa da ALL (América Latina Logística) informou que a área, por se tratar de um pátio de cruzamento, segue os procedimentos de um RO (Regulamento Operacional). "Quando há duas composições em sentidos opostos, a que chega primeiro ao pátio tem que aguardar a outra passar para só então seguir. A máquina tem que permanecer ligada por questões de segurança. Depois que o outro passa, para seguir viagem é preciso acionar a buzina, também como parte do RO", informou. Quanto ao fato reclamado pelos moradores, de a máquina parar justamente em frente às casas e não no trecho mais adiante, a ALL disse que são questões rigidamente estudadas antes de serem determinadas por meio do RO.
Fonte: Jornal de Limeira (aqui)
MEUS COMENTÁRIOS
Esse bairro é bem antigo. Portanto, foi pensado numa época que planejamento era coisa apenas de guerra. Assim, o que tem que ser pensado é na minimização, e não no erro histórico.
Para tentar minimizar o incômodo gerado pelo barulho há a possível solução de implantar barreiras acústicas que são muros de materiais que abafam parte dos ruídos diminuindo o desconforto.
Quem vai para São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes pode ver essas barreiras instaladas na chegada à São Paulo no lado direito (sentido capital). Interessante ressaltar que essa obra está do lado que a rodovia faz fronteira com um bairro nobre. Pois do outro lado que faz fronteira com favela, esse dispositivo não está instalado.
Talvez, poderiam junto ao MPF e ANTT tentar propor uma reunião com a ALL para viabilizar a implantação dessa barreira. Afinal, não são muitos quilômetros de divisa com esse bairro.
Falta mais boa vontade do que capacidade!
Imagem da Internet.
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