domingo, 31 de julho de 2011

Meandros da Política 6 – A Educação como Panaceia


Meandros da Política 6 – A Educação como Panaceia

Educação como panaceia

Em qualquer texto ou artigo, sempre divulga-se a educação como uma panaceia, ou seja, a solução para todos os problemas! Parece que para tudo dá para afirmar: “Isso, a educação resolve!”. Será que é verdade isso?

Claro que é...

SIM! A educação é o ponto de inversão da curva de vários problemas. Com povo mais educado, a economia cresce, o meio ambiente pode ser mais preservado, a política torna-se mais participativa e a corrupção cai.

Mas educação não é apenas tempo de estudo!

Mas quando falamos de Educação, não podemos confundir nível de educação com tempo de estudo. Considerar o tempo de estudo é um indicador de gestão, mas não pode ser o único, pois a Educação é mais que apenas estar sentado oficialmente num banco escolar.

O novo paradigma do Brasil
O Brasil avançou na quantidade, com quase que a totalidade das crianças matriculadas no Ensino Fundamental. O primeiro percurso foi alcançado, sendo agora necessário buscar alcançar o novo paradigma que é Educação de Qualidade.

Educação oficial, não-oficial e social

O processo de Educação deve ser a busca permanente pelo saber. O saber deve ser uma sede insaciável, onde cada um tenta sempre conhecer mais, não apenas na área profissional, mas do máximo de assuntos possíveis. Afinal, nós não somos músicas de uma nota só! Somos famílias, profissionais, seres espirituais, sociais e políticos. Não basta apenas buscar o estudo nos estabelecimentos oficiais, mas em todo lugar. Livros não são mais tão caros e inacessíveis; a Internet é um depositório quase que infinito de informações; e a televisão se for de interesse, possui programas de alto grau de informação e formação.

Sociedade do Conhecimento

Nossa época é conhecida como a Sociedade do Conhecimento, pois a informação está cada vez mais acessível e disponível, bastando haver interesse do indivíduo por buscá-la. E na vida profissional, somos cada vez mais reconhecidos e recompensados, não pelo esforço dos músculos, mas pela capacidade criativa e do raciocínio. Cada vez mais e mais, a altura do tom da voz e da ameaça do braço perde espaço.

Investimento Público em Educação

Mas se a Educação é a solução, por que ela não é a prioridade entre as prioridades dos Governos? No discurso é, porém na verdade, parece que não, afinal vemos tantas suspeitas de corrupção nessa área, como apostilas, compra de imóveis para creches e a merenda escolar. Por lei, a Educação deve receber mais recursos financeiros e quanto mais recursos, mais fácil agir para desviar parte desse recurso.

A Educação tem que ser prioridade de todos
Se a população não assumir a responsabilidade pela fiscalização do que deve ser investido na Educação não adiantará reclamar. Mas é fato que os espaços não são fáceis, pois há interesses de vários lados em jogo. Espaços como o Portal da Transparência não é fácil de acompanhar, pois exige grande capacidade para utilizar. Há os Conselhos como o de Educação e o Merenda Escolar também têm suas dificuldades de acompanhamento.

2012 está aí

Pôr Educação no discurso, com certeza todo candidato fará, afinal todos têm que oferecer ações para Educação, Saúde e Segurança, mas o que podemos lutar para que de fato a Educação alcance o posto de destaque necessário na prática? A Educação não deve ser pensada apenas em quantidade de salas de aulas e vagas, mas também têm que ser um processo permanente e de investimento permanente, seja no ensino básico e fundamental, seja em investimentos complementares e suplementares às outras esferas de governos.

Com a palavra, nossos futuros candidatos à Política?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

17ª Romaria da Juventude - Araras - 07/08/11

Vídeo de divulgação da 17ª Romaria que terá como tema "Maria, mulher que gera vida e libertação" e lema "Juventude, vida gerada no seio da terra".

Acontecerá no dia 07 de agosto em Araras (SP)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Exemplo de evolução para a Sociedade do Conhecimento.

Metalúrgico do ABC trabalha menos e estuda mais, diz Dieese
Educação: esforço coletivo!

Wellington Damasceno, 26 anos, passou seus cinco anos de faculdade de Direito --de 2004 a 2008-- dividido entre a sala de aula e o chão de fábrica. Em seu trajeto diário, percorria todo o ABC paulista.

Morador de Santo André, acordava cedo para ir à faculdade em São Caetano, e à tarde seguia para a fábrica da Volkswagen em São Bernardo, onde trabalhava no turno das 15h à meia-noite como montador. "Meus colegas não acreditavam que eu conseguia fazer um horário desse. Na minha sala, a maioria dos alunos tinha o curso bancado pelos pais", diz.

O emprego na montadora, obtido por Damasceno como aprendiz aos 16 anos, depois de cursar mecânica no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), foi o que permitiu pagar a faculdade. "A fábrica foi a porta, a janela e as paredes para o acesso ao curso superior", brinca Dasmaceno.

No último ano, quando a faculdade demandou mais horas de dedicação, ele teve de contar com a compreensão dos chefes para conseguir dispensas.

Damasceno faz parte da mudança apontada pela pesquisa realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que mostra um aumento expressivo da escolaridade dos metalúrgicos do ABC paulista nos últimos 15 anos.

O estudo, que é o primeiro realizado desde 1994, será divulgado hoje na sede do sindicato. Quase metade dos 120,1 mil operários nas fábricas do ABC em 1994 sequer tinha completado o ensino fundamental.

Apenas 10% tinham ingressado em um curso de ensino superior --6% concluíram. Hoje, pouco mais de 18% já ingressaram na faculdade, sendo que 13% saíram com diploma --112 operários possuem mestrado ou doutorado.

Por outro lado, a média de idade dos metalúrgicos aumentou. Quinze anos atrás, o equivalente a 70% do total de operários nas montadoras e fabricantes de autopeças e máquinas e equipamentos do ABC tinham entre 17 e 39 anos de idade.

Cerca de 37%, hoje, têm mais de 40 anos de idade, sendo que 11% têm entre 50 e 64 anos de idade, quase o dobro do patamar registrado em 1994.

Além disso, é significativa a proporção de trabalhadores com dez anos ou mais no mesmo posto de trabalho --eles totalizavam, em dezembro de 2010, 30,8% dos metalúrgicos instalados no ABC paulista.

SALÁRIOS MAIS ALTOS

Com escolaridade mais alta e idade mais avançada, os salários na região são os mais elevados entre os metalúrgicos brasileiros, segundo o Dieese. Já tendo incorporado o ganho real de 4,5% nos rendimentos obtido pelo sindicato na campanha salarial do ano passado, o salário médio dos homens, que são 85,4% do total no ABC, é de R$ 3,4 mil --a média, no país, é de R$ 1,9 mil.

Entre as mulheres, a média salarial é de R$ 2,3 mil, enquanto que a média no país é de R$ 1,4 mil. No entanto, a diferença entre os rendimentos de homens e mulheres é maior no ABC que no restante do país --31,8% e 25%, respectivamente.

"Os salários são muito mais elevados, mas isso não representa um fardo para as companhias da região", diz Sergio Nobre, presidente do sindicato, "porque como o trabalhador tem especialização maior e está no setor há muitos anos, o ganho de produtividade que ele devolve à empresa é muito grande".

A jornada de trabalho é menor que outras categorias. Enquanto trabalhadores no setor de serviços em Recife, por exemplo, cumprem cargas próximas a 46 horas por semana, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o equivalente a 41,6% dos metalúrgicos do ABC trabalham 43 horas ou menos por semana --55,4% do total cumpre a carga de trabalho prevista pela Constituição, de 44 horas semanais.

A comunicação entre os líderes sindicais e os metalúrgicos mudou "radicalmente" nos últimos anos, diz Nobre. De acordo com o sindicalista, o aumento da escolaridade é sentido pela direção do sindicato, que passou a ser mais pressionada pelas bases.

"Antes, imprimíamos jornais com textos simples, sempre com informação facilitada, porque era preciso explicar o básico para a turma", afirma Nobre, "hoje, o trabalhador estuda mais, usa a internet, e se informa sozinho sobre outras categorias e outros sindicatos".

MAIS CRÍTICOS

A maior escolarização também faz os trabalhadores mais críticos em relação ao seu ambiente de trabalho. "Minha rotina é colocar os equipamentos finais no veículo. É quase um robozinho. Muita gente aqui tem vontade de evoluir na carreira, estudar, e se não conseguir uma oportunidade interna de crescer, busca fora", diz Damasceno.

Ele herdou a função do pai metalúrgico, que trabalhou 19 anos na mesma fábrica. O teto salarial de um montador hoje é de R$ 3,6 mil, valor alto se comparado com o que um recém formado num curso superior pode encontrar no seu primeiro emprego.

Com o rendimento de seu emprego na Volks, Damasceno já comprou seu primeiro carro zero e, no ano passado, deu entrada no financiamento de um apartamento na planta. Dois anos e meio depois de formado, com OAB em mãos, o jovem ainda não achou que vale a pena deixar a fábrica.

"A dúvida sobre mudar de carreira sempre vem, fico de olho em concursos, mas não pretendo trabalhar como advogado." Damasceno está fazendo pós-graduação em direito trabalhista e pensa em ingressar futuramente na carreira acadêmica. "Foi a área que mais me interessou", diz o montador que hoje faz parte da comissão de fábrica e do coletivo de juventude do sindicato.

Fonte: Folha (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS

Muito interessante esta reportagem da Folha, pois ela vai ao encontro do que temos que buscar no Brasil: Conhecimento e Educação!

Não adianta querer investir na economia ou reclamar do câmbio se não tivermos uma população educada e capacitada tecnologicamente.

Cada vez mais e mais as pessoas são cobradas, e por consequência remuneradas, pelo esforço da cabeça e não mais pelo esforço do braço.

Trabalhos repetitivos são os trabalhos que as máquinas e a informática substituem. A capacidade imaginativa, pelo menos, ainda não!

Quando conseguirmos que esse desafio chegue a todo Brasil, a sustentabilidade do crescimento estará assegurado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

GAVIA no Jornal de Limeira

Projeto tira crianças da rua para inserí-las na sociedade


Era abril de 1995, quando Sérgio Otasil Vicentini, conseguiu enfim, realizar seu sonho: ter uma ONG que cuidasse de crianças e adolescentes. Juntamente com sua mulher, Ivone Olivatto Vicentini, e o apoio de amigos, nascia então o Gavia (Grupo de Amigos para Valorização da Infância e Adolescência) - registrado oficialmente em setembro de 1997.

"Meu marido tinha o sonho de fazer um trabalho voluntário. Abracei a causa junto com ele e hoje vivemos, praticamente para o Gavia", comenta Ivone.

A ONG tem como objetivo retirar crianças da rua e inserí-las na sociedade, através de atividades de valorização e também de ações profissionalizantes, facilitando assim o o acesso de crianças e adolescentes - vindos de áreas econômicas desfavorecidas -, para o mercado de trabalho e também para a sua atuação como cidadãos.

O projeto conta com dezenas de pessoas trabalhando voluntariamente. Ao todo são 40 voluntários, uma assistente social contratada, uma estagiária de serviço social, três prestadores de serviço como instrutores e dois profissionais da prefeitura que oferecem cursos vocacionais para os jovens um dia por semana.

De acordo com o primeiro tesoureiro do Gavia, Tiago Valentim Georgette - que já foi vice-presidente, conselheiro e também já ministrou oficinas de informática e de complementação educacional - o público alvo da ONG são crianças e adolescentes entre cinco e 18 anos, vindas de famílias com baixo poder aquisitivo. "Prioritariamente, o maior foco de atuação do Gavia são os bairros da região sul de Limeira que abrangem os bairros, Santa Eulália, Santina, Ernesto Kuhl (maior procedência, cerca de 90%) e Odécio Degan", afirma.

As atividades na ONG acontecem em dois momentos. Durante a semana o Gavia atende 30 adolescentes entre 15 e 18 anos no projeto "Crescer" que consiste em três cursos profissionalizantes: secretariado, elétrica residencial e serralheria. Aos sábados, é a vez de 60 crianças e adolescentes entre seis e 17 anos nos projetos "Crescimento" e "Formação".

Os atendidos fazem atividades de complementação pedagógica e de iniciação à informática, além de oficinas de culinária experimental, artesanato, judô, esportes, pintura em tela, pintura em tecido, artesanato de biscuit e bordado. A ONG também já ofereceu oficinas de teatro, marcenaria, desenho, música, entre outras. Todas as atividades acontecem no Gavia, exceto o curso de judô, que é oferecido através de uma parceria com o professor Bosco.

Aos sábados, as aulas e oficinas são das 8 às 12h. Durante a semana, as atividades acontecem de segunda à quinta-feira, das 13 às 16h.

VERBA

Segundo Georgette, o Gavia vem nos últimos anos conseguindo mais recursos de fontes oficiais, como Projeto CMDCA, CMAS e Pagamentos de Sentenças de Pequenas Causas. Outra fonte de recurso são as atividades da ONG como participação em eventos públicos (Festa Junina e Natal das Nações), atividades do Gavia, como porco no rolete, jantar, bingos, vendas de artesanatos, hortaliças, pastéis e roupas usadas.

Além disso, há pessoas físicas que são sócias e fazem doações espontâneas. "Na média 2010-2011, os recursos oficiais representaram 62%; as atividades da ONG representam 28% e as outras formas representam 10%.

Atualmente, os gastos do Gavia caminham conforme a disponibilidade de recursos, entretanto, as despesas giram em torno de R$9 mil/mensais", afirma o primeiro tesoureiro.

Georgette lembra que os interessados em ajudar a entidade podem colaborar voluntariamente nas atividades normais ou em eventos, fazendo doações financeiras como sócios-contribuintes; doando roupas, alimentos, jogos e livros e divulgando as atividades.

Depoimentos de quem faz parte do projeto

"Vim para o Gavia quando tinha 9 anos, junto com meus irmãos. Uma prima minha que estava no projeto que comentou conosco. De tudo o que aprendi aqui, o que mais gosto hoje é o bordado. Fiz várias amizades aqui também. Minha irmã mais velha, que começou comigo, hoje é voluntária na ONG. Também quero ser voluntária no Gavia como monitora. Para meu futuro penso em fazer o curso de massoterapia."

Joyce Natasha da Silva, 13 anos, moradora do Residencial Ernesto Kuhl, aluna da 7ª ano do ensino fundamental da escola "Dom Tarcísio Ariovaldo Amaral"



"Entrei no Gavia com oito anos, fui convidado para participar. Venho aqui quatro vezes na semana. Gosto do projeto. A aula que mais me interessa é a de técnicas comerciais. Antes de entrar no projeto estava vulnerável a coisas ruins, como drogas. Hoje, meus pensamentos mudaram. Penso em trabalhar no comércio."

Fabio Soares de Almeida, 15 anos, morador do Jardim Aeroporto, aluno do 1º ano do ensino médio da escola "Gustavo Piccinini"

"Estou há três meses no projeto. Fiquei sabendo do Gavia, lá no bairro onde moro, no Odécio Degan. As aulas de informática são as que mais gosto. Tenho um amigo de 10 anos lá do bairro que está interessado no projeto, mas também tem outros que não querem saber, não querem mudar de vida. Meus pais estão felizes comigo aqui no projeto. Minha mãe disse que eu sou uma pessoa melhor. Antes eu ficava muito tempo na rua, cheguei até a repetir de série na escola. Hoje me arrependo, penso que perdi tempo da minha vida. Para o futuro, quero cursar uma faculdade de biologia."

Tales Gomes de Amorim, 14 anos, morador do Jardim Odécio Degan, aluno do 7º ano do ensino fundamental da escola "Professora Margarida Paroli Soares"

"Cheguei no Gavia este ano. Antes de entrar aqui, pensava em ser traficante. Passava muito tempo para a rua, empinando pipa. Hoje meu pensamento mudou. Gostei muito da oficina de elétrica e pretendo seguir carreira de eletricista. Tem amigos que acham que estar no Gavia é perda de tempo, eu descordo".

Luiz Antônio do Nascimento, 14 anos, morador do Residencial Ernesto Kuhl, aluno do 8º ano do ensino fundamental da escola "Ataliba Pereira do Amaral"

"O que mais chama atenção é a mudança de pensamento"

"O que mais chama atenção é a mudança de pensamento e comportamento dos atendidos. Crianças e jovens chegam no Gavia de um jeito e saem de outro. É como diz o ditado, mudam da água para o vinho". A afirmação é da assistente social, Pamela Cristina Lucato, 25, que há quatro anos trabalha na ONG.

Ela, que afirma estar realizada com seu trabalho, relata que muitos atendidos que já passaram pelo Gavia, voltam para ser voluntário. "Temos, hoje em dia, pelo menos oito casos desse", comenta.

Apesar do pouco tempo, relativamente, como assistente da ONG, Pamela lembra de algumas histórias que são exemplos de superação. "Teve um caso de uma menina que chegou no Gavia com 12 anos. Ela era muito rebelde, pois tinha uma convivência familiar difícil. Só falava que ia matar todo mundo, brigava muito com um irmão menor, enfim tinha vários problemas. Hoje ela é professora voluntária da ONG", fala.

Outro caso que a assistente lembra é de uma menina de sete anos. "Essa criança tinha, até então, um histórico de vida muito ruim. Dentre tantas coisas ruins que lhe aconteceu, ela viu o pai morrer, e depois disso só falava que ia matar as pessoas. No Gavia ela não parava em sala nenhuma, só ficava no corredor e não deixava ninguém se aproximar. Hoje ela tem outra visão, sabe que precisa estudar e ser alguém na vida. Essa criança é uma das maiores realizações do trabalho da ONG, é exemplo", diz.

A história de um engenheiro de multinacional também é lembrada por Pamela. "Esse jovem entrou no Gavia com cinco anos, conseguiu emprego, fez faculdade de engenharia e hoje trabalha em uma grande multinacional na cidade", conta.

Conforme Pamela, o propósito do projeto, que é retirar crianças da ruas e inserí-las na socidade, dá certo. "Muitos chegam no Gavia falando que vão ser traficante ou mãe solteira. Mostramos que há outros caminhos a ser seguidos e depois de pouco tempo, jovens e crianças acabam mudando de postura", comenta.

A assistente contabiliza, desde 2008, 310 crianças e jovens atendidos no projeto. "O legal é que hoje em dia, ao invés do projeto ir atrás dessas crianças e jovens, elas que procuram a ONG. Isso é muito bom", afirma Pamela.

Uma das fundadoras e atual presidente do Gavia, Ivone Olivatto Vicentin, 61, afirma que a ONG é como um filho caçula. "O mesmo amor e dedicação que tenho pelos meus filhos, tenho pelo Gavia. Me sinto responsável pela instituição, por isso me dedico à ela. Sou aquela pessoa que resolve desde os problemas, até se precisar, faço a faxina. Sou muito realizada com esse trabalho e não pretendo parar nunca", fala.

Há 10 meses como professor voluntário no Gavia, Vladimir Luchesi, 65, ministra aulas de técnicas comercias, com foco no comércio. "Ensino os jovens sobre atendimento ao cliente, cheque, cartões de crédito, contas a pagar, enfim tudo que envolve técnicas comerciais. Além disso passo valores e mostro a realidade da vida", cita.

Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Meandros da Política 5


Mantra da Política

Princípios Consagrados da Administração Pública
Qualquer cidadão que tenha lido ou buscado informação sobre princípios, deve ter se deparado com os 5 princípios que deveriam nortear a ação de qualquer agente público: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Há até uma sigla
Quem já estudou focado em concursos públicos, já deve ter memorizado uma sigla que recorda os princípios: LIMPE. Esses princípios fundamentais estão consagrados na Constituição Federal de 1988, no artigo 37.

Mas por que será que os princípios não são utilizados?
Mas parece que tais palavras devem ficar bonitas no papel, mas os políticos preferem que fique bonito “apenas” lá. Parece que fica até fora de moda defender isso, que apenas os “trouxas” e “os de fora” querem os princípios na Administração Pública.

Mantra Econômico
Na Macroeconomia, há um mantra que dizem que todos devem defender: “Superávit Primário, Câmbio Flutuante e Metas de Inflação”. Será que não precisaríamos também de um mantra na política?

Mantra Político
Seria interessante que todo agente político ou todo cidadão que pretendesse nos representar, buscasse também esse mantra político: “Participação Popular, Transparência e Gestão”! Esse mantra seria como que três necessidades inseparáveis de qualquer ação política.

Participação Popular
Não há mais como fugir da participação do povo. O espaço representativo tem a sua legitimidade, mas o mandato não pode nem deve mais ser encarado como um cheque em branco dado pela sociedade ao candidato. Ele tem que e deve estar atento ao que a população clama. Melhor ainda será quando todos tiverem espaços em que podem ouvir o que a população quer, como os conselhos municipais e os conselhos de mandatos.

Transparência nas Ações
Não há como em pleno século XXI, com as tecnologias da internet e das redes sociais, não imaginar que o agente público não torne público suas ações. Sabemos que a Política está abarrotada de “pilantras” que apenas querem aproveitar das benesses do Tesouro. E o maior fiscal contra esses interesses e que pode defender bons políticos é a opinião pública. Mas isso somente pode acontecer se a população estiver a par da situação e com todas as informações em mãos. Foi-se o tempo do uso do povo como manada de gado!

Gestão
E por fim, os dois outros desejos serão bonitos, mas ineficazes se quem estiver exercendo seu mandato não trouxer resultados para a população. Tributos são pagos esperando retorno social. Todo agente público deve ter consciência de que deve exercer um trabalho profissional e que deve gerar retorno para a população, mas de modo macro e não apenas para “o grupinho político e econômico” que o elegeu!

2012 está aí
Como fazer para que esse mantra seja repetido pela sociedade? Como fazer com que os nossos futuros representantes se desprendam da forma antiga de representar e passem a considerar o máximo de pessoas em suas decisões? Por que sonhar por uma nova forma de agir politicamente tem que ser encarado como utópico e impossível?

Com a palavra, nossos futuros candidatos à Política?

Confrontos urbanos.

Trem 'tira sossego' de vizinhança

Moradores da Vila São Luiz reclamam do barulho das paradas da máquina

Moradores de uma rua sem saída na Vila São Luiz não aguentam mais o barulho causado pelas paradas do trem, principalmente no período da noite e nos finais de semana. Eles dizem que as paradas demoram horas e causam transtorno.

A rua Emílio Spadari termina em uma área verde a poucos metros da linha férrea. Na região, encontra-se o "pátio de cruzamento", onde a linha, que é dupla, torna-se única. Por causa disso, é necessário que o trem pare nesse local para aguardar a passagem de outro trem que vem na direção oposta.

"Nós não nos importamos com o barulho do trem ao passar ou da buzina quando está aqui por perto, mas o que nos incomoda mesmo é quando a máquina permanece ligada ao lado da nossa rua. Isso incomoda muito, até nos impede de ver TV, de tão alto que é o barulho", contou o bancário Márcio Fernandes Carvalho Diógenes, 33.

A comerciante Josiane Aparecida Dias, 50, também reclama da situação. "Isso acontece muitas vezes no meio da noite, quando já estamos dormindo, descansando. Ninguém aguenta o barulho, quase morremos de susto quando começa aquele som dos freios do trem", relatou. Outra fato que incomoda é a fumaça emitida da máquina do trem e vai para a rua. "Aquilo vai para dentro de nossas casas, suja toda a rua", reclamou Diógenes.

Os vizinhos relatam que já tentaram de tudo. "Já ligamos para todo lugar, ligamos até para Brasília, mas ninguém entende o nosso problema", falou Josiane. "Tentamos com a promotoria, mas disseram se tratar de um assunto de esfera nacional, ligamos na ALL. Mandamos e-mail, mas as respostas são as mesmas, que a buzina é por segurança. Mas não é isso, sequer tentam entender nosso problema", lamentou.

A assessoria de imprensa da ALL (América Latina Logística) informou que a área, por se tratar de um pátio de cruzamento, segue os procedimentos de um RO (Regulamento Operacional). "Quando há duas composições em sentidos opostos, a que chega primeiro ao pátio tem que aguardar a outra passar para só então seguir. A máquina tem que permanecer ligada por questões de segurança. Depois que o outro passa, para seguir viagem é preciso acionar a buzina, também como parte do RO", informou. Quanto ao fato reclamado pelos moradores, de a máquina parar justamente em frente às casas e não no trecho mais adiante, a ALL disse que são questões rigidamente estudadas antes de serem determinadas por meio do RO.

Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS

Esse bairro é bem antigo. Portanto, foi pensado numa época que planejamento era coisa apenas de guerra. Assim, o que tem que ser pensado é na minimização, e não no erro histórico.

Para tentar minimizar o incômodo gerado pelo barulho há a possível solução de implantar barreiras acústicas que são muros de materiais que abafam parte dos ruídos diminuindo o desconforto.

Quem vai para São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes pode ver essas barreiras instaladas na chegada à São Paulo no lado direito (sentido capital). Interessante ressaltar que essa obra está do lado que a rodovia faz fronteira com um bairro nobre. Pois do outro lado que faz fronteira com favela, esse dispositivo não está instalado.

Talvez, poderiam junto ao MPF e ANTT tentar propor uma reunião com a ALL para viabilizar a implantação dessa barreira. Afinal, não são muitos quilômetros de divisa com esse bairro.

Falta mais boa vontade do que capacidade!

 Imagem da Internet.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Meandros da Política 4


Meandros da Política 4

 Participação Política – uma bela casa suja.
Entendo a Política como uma bela casa, mas que está toda suja com lama, pois as pessoas que moram nessa casa não a limpam e preferem que as paredes estejam sujas, pois assim, os buracos de pregos e azulejos trincados não aparecem.

Muitos reclamam, mas nada fazem
Todos que visitam essa casa sentem ao vê-la suja, mas só reclamam. Todos podem limpar, mas preferem somente reclamar. Afinal, por que sujar a mão se não foram elas quem sujou? Essa é a dúvida geral.

Quem tenta limpar, é visto como quem sujou
Quando alguém resolve limpá-la, todos apontam o dedo reclamando que ele está sujando. Mas não, ele está limpando. Se bem que é verdade que muitos entram, mas não para limpar e sim para ajudar a sujar. Assim, tudo fica mais difícil, pois no meio há boas e há más intenções.

A forma de atuação passa pelos Partidos Políticos
E há uma necessidade para se limpar essa bela casa. Você só entra na casa se estiver vestindo um uniforme. E atualmente, temos por volta de 27 tipos diferentes de uniformes. Além das cores e do corte, há pouca diferença real, mas são 27! Quando você olha as pessoas nos diferentes grupos, são muito parecidas, pois elas têm membros tanto que querem limpar como pessoas que querem sujar!

Mas o que importa mesmo é limpar a bela casa!
Do lado de fora da casa, todos reclamam da sujeira, mas não arregaçam as mangas para ajudar, afinal, reclamar é muito mais fácil. Por que ser vidraça quando podemos ser a pedra? Assim, 100% querem a casa limpa, mas não querem entrar na sujeira.

Só há uma forma para resolver isso.
Todos podem entrar na casa, e se existem mais pessoas entrando para sujar do que para limpar a culpa são dos bons que poderiam entrar para limpar, mas se acovardaram. O que faz os imundos ocuparem os espaços da casa é a falta de vontade que os limpos têm em entrar e fazer o que sonham: Limpar a casa bela.

A Política é isso aí
O Brasil atua através do espaço democrático no formato de partidos, que se são bons ou não, isso é reflexo da sociedade que os deixam ser ruins. Quando alguém entra para um partido, logo começa a ser alvos de chacotas ou dúvidas de sua idoneidade, afinal o grupo tem vários imundos. Mas não há outra forma de trazermos limpeza se não for pela atuação social ativa. Se não gosta, faça parte e lute para mudar.

A empreitada não será fácil, mas urge sua necessidade!
Com certeza, o trabalho não será fácil, mas a luta é necessária. Cada indivíduo que sonha em mudar a forma de Política que vivenciamos tem que fazer uma revisão diária de sua conduta para não desviar-se do caminho trilhado. Tem que lembrar porque está ali. Críticas sempre virão, mas a casa somente será bela e limpa quando mais pessoas estiverem dentro dela e limpando-a!