sexta-feira, 11 de junho de 2010

Candidata formal, Marina pula ‘cercadinho ambiental’


Lula Marques/Folha

O PV formalizou nesta quinta (10), em convenção nacional, a candidatura presidencial de Marina Silva.

Na fase de pré-campanha, Marina deu um salto que muitos duvidavam que seria capaz de executar.

Ela pulou para fora do cercadinho ecológico. Antes, enxergava o meio-ambiente. Agora, vê o ambiente inteiro.

De FHC, elogia o Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal. De Lula, enaltece o avanço social. Critica em ambos a rendição ao fisiologismo.

Para o futuro, promete: na economia, a manutenção do célebre tripé –metas de inflação, câmbio flutuante e rigor fiscal.

No social, os programas sociais de “terceira geração”. Depois do socorro emergencial, a verdadeira inserção, que passa pela educação e o emprego.

Na macroeconomia, Marina enrola-se na bandeira do “desenvolvimento sustentável”. Um crescimento que não descuide dos efeitos ambientais deletérios.

Como que decida a arrancar de sua candidatura a pecha de “aventura”, Marina atraiu para sua chapa um nomão do empresariado.

Vai aos palanques ao lado de Guilherme Leal, o fundador da Natura, empresa próspera e com um histórico de “consciência ambiental”.

Evangélica, fiel da Assembléia de Deus, Marina salta as armadilhas com alguma habilidade.

Aborto? Descriminalização das drogas? É contra. Mas propugna a audição da sociedade, por meio de plebiscitos.

Sem aliados no universo partidário, Marina serve-se da retórica para atenuar a inanição política.

Declara que, eleita, governará com o que há de melhor no PT e no PSDB. Com isso, diz ela, será possível fugir da armadilha franciscana do “é dando que se recebe”.

O salto conceitual de Marina não se converteu, por ora, em aumento das intenções de voto.

Segura a lanterna. No último Datafolha, apareceu com 12%. No ibope, 9%. Bem atrás dos 37% atribuídos a José Serra e Dilma Rousseff.

Espécie de Lula de saias, Marina tenta se firmar como “novidade”. Com uma vantagem sobre o operário-presidente.

A despeito da origem humilde, preocupou-se em buscar nos bancos escolares o verniz da educação formal.

A hipótese de triunfar na sucessão é remota, muito remota, remotíssima. Mas Marina presta ao eleitorado o serviço do contraponto.

No mínimo, pode empurrar a eleição plebiscitária para um conveniente segundo turno.

Ainda que não esteja presente neste round derradeiro, Marina terá possibilitado ao eleitor um prazo mais elástico de reflexão. Não será pouca coisa.

Fonte: Blog do Josias (aqui).


Meus comentários:

Sou fã da Marina Silva desde 2003 quando ouvi falar dela pela primeira vez na graduação. Ela é uma mulher de garra, que sabe vencer as adversidades com maestria. Representa o que há de novo na política nacional. Consegue ultrapassar a dicotomia desenvolvimento sustentável versus economia com maestria, por isso, foi condenada por xiitas de ambos os lados, aqueles que não querem o diálogo.

Foi a maior perda para o Governo Lula e isso será mostrado pela história, já que o Minc nem de longe alcançou seus pés...


Eu sou +1 desde o início do Movimento Marina Silva Presidente!!!


No início, por militância, estava indeciso se apoiaria ela ou o Ciro, que foi quem aprendi a respeitar, mas o Lula já enforcou-o.


As maiores contribuições que ela traz são a inserção do debate visando o longo prazo que nossos políticos resistem em não debater e o banho de água fria na intenção do plebiscito que nosso presidente deseja trazer para essa eleição.

Uma das maiores contribuições da ausência de siglas que a campanha receberá, serão os votos não apenas do PV, mas sim de membros de todas as cores partidárias, que desejam ver um Brasil olhando para o futuro e não para o passado.



MARINA SILVA PRESIDENTE!!!


Nenhum comentário:

Postar um comentário