Infelizmente, muitas pessoas julgam que seu papel como cidadãos terminam quando se aperta a tecla verde da Urna Eletrônica. Na verdade, é aí que ela inicia...
Este espaço tem menos de 1 semana, mas já está recebendo apoio de outras pessoas, o que é muito bom e frutuoso. Segue abaixo um texto que recebi que muito se assemelha a práticas não leais com a sociedade, como por exemplo, usar do poder da discricionariedade para antecipar para tarde a discussão sobre a prorrogação da concessão dos serviços de saneamento ambiental em Limeira.
Infelizmente, vemos que isso é prática usual em outros locais de nosso país.
SÃO BENTO DO UNA EXPORTA MODELO DE DEMOCRACIA
A maioria dos brasileiros, totalmente descrentes com a política e com a democracia, por certo também não acreditarão que num município do interior do Estado de Pernambuco, com 50 mil habitantes, chamado pelo singelo nome de São Bento do Una, está acontecendo uma forma de democracia participativa de dar inveja a todos aqueles que se propõem a lutar pela transformação da política pela via da construção da cidadania.
Foi num jornal da Globo News, levado ao ar no último dia 17 de abril, quando os âncoras e comentaristas tratavam da matéria relativa às verbas para custear viagens de familiares de deputados e senadores, com comentários ácidos sobre o comportamento dos parlamentares para com os recursos públicos, que apareceu, em complemento, a matéria sobre a Câmara de Vereadores de São Bento do Una.
Depois de aguçar a indignação do telespectador, com exemplos reais do que fazem e do que falam os congressistas a respeito do seu “direito” de pagar passagens para esposas(os), filhas(os), ou namoradas(os), inclusive para o exterior – destaque-se aqui a frase de um senador de um tremendo mau gosto: “namorada pode quando é bonita” - a reportagem mostra reuniões da Câmara de Vereadores, lá do interior de Pernambuco, com as acomodações destinadas ao público, totalmente apinhadas com a presença dos cidadãos daquela cidade, inclusive acompanhando pelas janelas, conferindo de perto e pessoalmente o que fazem e como se comportam os seus eleitos.
Pelo que as câmeras filmaram deu para perceber que as acomodações destinadas ao publico não estavam apinhadas por causa do tamanho de seu espaço que é maior do que o que temos na Câmara de Vereadores de Piracicaba, mas simplesmente porque é grande o numero de pessoas que comparece e se interessa verdadeiramente pelos assuntos que são tratados.
Na matéria também ficou claro que esse comparecimento não acontece esporadicamente, mas é normal em todas as reuniões do legislativo daquela cidade. E muitos cidadãos assim o fazem por força de uma consciência cidadã, certos da responsabilidade que carregam sobre os ombros pelo comportamento daqueles outros cidadãos que lá colocaram através do seu voto. Mesmo que isso lhes custe o sacrifício de ter que andar sete km, desde a sua moradia na zona rural, até a Casa de Leis.
Mas o que realmente impressionou a todos os que assistiram o jornal, foi a clareza com que os entrevistados se expressaram, demonstrando uma consciência política aprimorada, alem da responsabilidade cidadã que todos os brasileiros deveriam ter. Bem ao contrário das barbaridades que tinham ouvido dos parlamentares congressistas, minutos antes, no mesmo jornal.
Só que a matéria jornalística não parou por aí e, como não poderia deixar de ser, abordou a condição de incomodo, manifestada pelos vereadores, que essa presença cidadã tem provocado, ao ponto de os “nobres” edis já estarem pensando em mudar o horário da reunião que é realizada a noite, para outro horário, durante o dia, com a desculpa esfarrapada de que haveria necessidade de se economizar energia elétrica. E provavelmente, esse povo todo não teria condição de comparecer por estar em horário de trabalho.
Não acreditamos que a consciência e a responsabilidade da população, sobejamente demonstradas na reportagem, vá permitir que os vereadores votem a lei para a mudança de horário. Para fortalecer a resistência do povo seria muito importante que todos os brasileiros, que sentiram nesse exemplo da população de São Bento do Una, uma motivação para voltarem a acreditar que a transformação da política é possível, enviassem sua manifestação de apoio ao povo, via internet ou correio, endereçadas à Rede Globo, ao Prefeito, ao Presidente da Câmara e aos órgãos de comunicação daquela cidade.
É uma semente da nova democracia que germinou e está brotando naquele rincão brasileiro e todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade em fazê-la crescer e frutificar.
ANTONIO OSWALDO STOREL – Coordenador do CNLB – Diocese de Piracicaba. Em 20/04/09
Este espaço tem menos de 1 semana, mas já está recebendo apoio de outras pessoas, o que é muito bom e frutuoso. Segue abaixo um texto que recebi que muito se assemelha a práticas não leais com a sociedade, como por exemplo, usar do poder da discricionariedade para antecipar para tarde a discussão sobre a prorrogação da concessão dos serviços de saneamento ambiental em Limeira.
Infelizmente, vemos que isso é prática usual em outros locais de nosso país.
SÃO BENTO DO UNA EXPORTA MODELO DE DEMOCRACIA
A maioria dos brasileiros, totalmente descrentes com a política e com a democracia, por certo também não acreditarão que num município do interior do Estado de Pernambuco, com 50 mil habitantes, chamado pelo singelo nome de São Bento do Una, está acontecendo uma forma de democracia participativa de dar inveja a todos aqueles que se propõem a lutar pela transformação da política pela via da construção da cidadania.
Foi num jornal da Globo News, levado ao ar no último dia 17 de abril, quando os âncoras e comentaristas tratavam da matéria relativa às verbas para custear viagens de familiares de deputados e senadores, com comentários ácidos sobre o comportamento dos parlamentares para com os recursos públicos, que apareceu, em complemento, a matéria sobre a Câmara de Vereadores de São Bento do Una.
Depois de aguçar a indignação do telespectador, com exemplos reais do que fazem e do que falam os congressistas a respeito do seu “direito” de pagar passagens para esposas(os), filhas(os), ou namoradas(os), inclusive para o exterior – destaque-se aqui a frase de um senador de um tremendo mau gosto: “namorada pode quando é bonita” - a reportagem mostra reuniões da Câmara de Vereadores, lá do interior de Pernambuco, com as acomodações destinadas ao público, totalmente apinhadas com a presença dos cidadãos daquela cidade, inclusive acompanhando pelas janelas, conferindo de perto e pessoalmente o que fazem e como se comportam os seus eleitos.
Pelo que as câmeras filmaram deu para perceber que as acomodações destinadas ao publico não estavam apinhadas por causa do tamanho de seu espaço que é maior do que o que temos na Câmara de Vereadores de Piracicaba, mas simplesmente porque é grande o numero de pessoas que comparece e se interessa verdadeiramente pelos assuntos que são tratados.
Na matéria também ficou claro que esse comparecimento não acontece esporadicamente, mas é normal em todas as reuniões do legislativo daquela cidade. E muitos cidadãos assim o fazem por força de uma consciência cidadã, certos da responsabilidade que carregam sobre os ombros pelo comportamento daqueles outros cidadãos que lá colocaram através do seu voto. Mesmo que isso lhes custe o sacrifício de ter que andar sete km, desde a sua moradia na zona rural, até a Casa de Leis.
Mas o que realmente impressionou a todos os que assistiram o jornal, foi a clareza com que os entrevistados se expressaram, demonstrando uma consciência política aprimorada, alem da responsabilidade cidadã que todos os brasileiros deveriam ter. Bem ao contrário das barbaridades que tinham ouvido dos parlamentares congressistas, minutos antes, no mesmo jornal.
Só que a matéria jornalística não parou por aí e, como não poderia deixar de ser, abordou a condição de incomodo, manifestada pelos vereadores, que essa presença cidadã tem provocado, ao ponto de os “nobres” edis já estarem pensando em mudar o horário da reunião que é realizada a noite, para outro horário, durante o dia, com a desculpa esfarrapada de que haveria necessidade de se economizar energia elétrica. E provavelmente, esse povo todo não teria condição de comparecer por estar em horário de trabalho.
Não acreditamos que a consciência e a responsabilidade da população, sobejamente demonstradas na reportagem, vá permitir que os vereadores votem a lei para a mudança de horário. Para fortalecer a resistência do povo seria muito importante que todos os brasileiros, que sentiram nesse exemplo da população de São Bento do Una, uma motivação para voltarem a acreditar que a transformação da política é possível, enviassem sua manifestação de apoio ao povo, via internet ou correio, endereçadas à Rede Globo, ao Prefeito, ao Presidente da Câmara e aos órgãos de comunicação daquela cidade.
É uma semente da nova democracia que germinou e está brotando naquele rincão brasileiro e todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade em fazê-la crescer e frutificar.
ANTONIO OSWALDO STOREL – Coordenador do CNLB – Diocese de Piracicaba. Em 20/04/09
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