quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Uso do aterro pode ser prolongado

Stefanie Archilli

 Com vida útil até dezembro de 2015, a atual área de uso do Aterro Sanitário de Limeira poderá ser ampliada. É o que o atual governo está estudando com rapidez, já que a ampliação ou preparação de uma nova área para o aterro demora pelo menos dois anos. "Entendemos que é mais econômico e prático continuar na mesma área do que ter que mudar para outro lugar. Mas os estudos têm que afirmar que podemos permanecer na atual área", declarou o diretor da Secretaria de Meio Ambiente, Tiago Valentim Georgette.

De acordo com a assessora da pasta, Roberta Ribeiro Dalfré, a atual fase do aterro começou a ser usada no início deste ano, após o encerramento da fase anterior. As fases compreendem áreas de uso para o aterro. A atual fase fica ao lado da que foi encerrada em dezembro de 2012. "O atual aterro começou na década de 1980. Já existiram três fases e hoje estudamos a possibilidade de ampliar a atual fase para não causarmos impacto ambiental em uma nova área", explicou.
A nova área do aterro já existe e fica em frente à atual, na via Jurandyr Paixão, na estrada do Horto Florestal. "É uma área bem grande, com vida útil estimada em 50 anos. Mas nosso interesse é nos manter no atual aterro, aproveitando a atual estrutura e, consequentemente, tendo menos gastos e impactos", declarou Roberta. Cada fase do aterro, ou seja, cada área usada com este fim, fica inutilizável após o encerramento do depósito de resíduos. "Cada fase que é encerrada tem que ser monitorada em um período de 20 anos. Por dia, são 190 toneladas de lixo doméstico. O terreno não pode mais ser usado", falou.
O aterro recebe, em uma portaria, entulhos e podas até determinada pesagem para o aterro de inertes e, em outra portaria, resíduos hospitalares, domicilares e industriais. O resíduo hospitalar é encaminhado para a incineração em Paulínia e o restante fica no local. "Felizmente, vemos poucas latinhas e garrafas pet. Mas é claro que o lixo reciclável acaba vindo para o aterro", disse. O despejo do lixo no aterro é feito de segunda a sábado, durante 24 horas, a exceção dos feriados de 25 e 31 de dezembro.

COLETA SELETIVA


Mesmo com um despejo inferior de latas e garrafas pet no aterro, Limeira ainda precisa de uma coleta seletiva. Segundo Georgette, hoje existem dois caminhões que realizam a coleta seletiva em apenas alguns bairros, além dos ecopontos e o trabalho de 120 ecocoletores. "Os dois caminhões, os ecopontos e os ecocoletores suprem a demanda da cidade. Mas é preciso investir em educação ambiental para que as pessoas reduzam o consumo, reutilizem e reciclem. O que acontece é que hoje muitas pessoas ainda não têm o hábito de separar o lixo orgânico do reciclável", declarou.
O lixo reciclável pode ser recolhido pelos dois caminhões ou pelos 120 ecocoletores que percorrem os bairros da cidade. A outra opção é levar o reciclável, podas e resíduos da construção civil em um dos 11 ecopontos da cidade (leia mais sobre ecopontos nesta página).
Já sobre as campanhas para ampliar a participação da população na destinação correta do lixo reciclável, Georgette contará com o apoio de duas associações. "A ABIHPEC e a ABIPLA vão ajudar no desenvolvimento de campanhas e na organização de cooperativas e associações, que hoje trabalham com a reutilização do reciclável", disse.

Secretaria de Meio Ambiente fecha mais um ecoponto e mantém 11 abertos


O diretor de parques e educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Tiago Valentim Georgette, afirmou que mais um ecoponto será desativado no bairro Gustavo Piccinini. Somente 11 permanecerão abertos e não existe previsão de instalação de novos pontos. "No total, cinco ecopontos foram fechados: bairros São João, Belinha Ometto, Alto do Flamboyant, Ipiranga e, em breve, Gustavo Piccinini. Nestes locais, os ecopontos não funcionavam corretamente e hoje essas áreas estão sendo preservadas pela própria vizinhança, que impede o descarte irregular de lixo no local", falou.
De acordo com Georgette, da verba de R$ 12 milhões destinada a podas, reformas e manutenção de praças e limpeza, cerca de R$ 7 milhões são usados somente na limpeza de áreas onde é feito o descarte irregular de lixo. "É um dinheiro que poderia ser investido em reformas de praças. Em vários locais da cidade, persiste o despejo irregular de lixo. Por isso é importante a fiscalização da própria vizinhança", declarou.
Ainda segundo Georgette, por enquanto, não está prevista a abertura de novos ecopontos e os que permanecem abertos estão nos bairros Village, Parque Nossa Senhora das Dores, Parque Belinha Ometto, Virgílio Bassinello, Jardim Santa Eulália, Lagoa Nova, Barão de Limeira, Anavec, Campo Belo, Santa Lúcia e Jardim Kelly. "A ideia é melhorar o serviço desses ecopontos, oferecendo capacitação às famílias que trabalham nesses locais. Depois, pode ser estudada a abertura de mais ecopontos", afirmou o diretor de Recursos Hídricos, Antonio Carlos de Siqueira.


Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

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