sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Limeira recebe 1º tomógrafo especializado em árvores da região
O secretário do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades de Limeira, Alquermes Valvasori, conheceu na tarde desta quinta-feira, 28 de novembro, o Arbotom, equipamento alemão que realiza tomografias em árvores, adquirido pela Forty, empresa contratada pela Prefeitura e que presta serviços de retirada de árvores. A companhia Labcontrol, de São Paulo, realizou a apresentação técnica do aparelho aos presentes. Limeira será a primeira cidade da região de Campinas a contar com o equipamento.
Valvasori explicou que atualmente, quando a pasta recebe pedidos de remoção de árvores, realiza a verificação visual dos casos. Segundo ele, com o tomógrafo, poderá haver avaliações mais especificas. O secretário destacou ainda os benefícios que o equipamento oferece. “A cidade ganha muito com esse serviço, uma vez que conta com muitas árvores antigas, principalmente das espécies peroba, jatobá, sibipiruna e ligustium. Com o equipamento, será possível indicar com mais precisão se podem apresentar riscos à população”, disse.
De acordo com o proprietário da Forty, Walter Jorge Paulo Filho, o aparelho já havia sido utilizado em alguns casos em Limeira, mas será, pela primeira vez, usado sistematicamente. “Agora será possível avaliar cerca de 250 árvores por mês, dependendo da época do ano, pois o equipamento não pode ser sujeito à umidade ou chuva”, explicou. A compra do tomógrafo, que possui durabilidade de cerca de 15 anos, não gerou custos para a Prefeitura.
Para o diretor da Forty Valdo Buzuti, o aparelho facilitará o trabalho da empresa e impedirá a remoção de árvores sadias. “Com esse equipamento, podemos descobrir se a árvore está comprometida ou não e evitar que seja retirada estando saudável”, afirmou. A empresa, que já realiza limpeza de áreas verdes e poda de árvores na cidade, passará a prestar esse serviço a partir do início de dezembro por solicitações da população e encaminhamento da Secretaria do Meio Ambiente.
Fonte: Assessoria de Comunicação (aqui)
Impressionante! Explosões Nucleares pelo mundo desde 1945.
O projeto foi criado pelo japonês Isao Hashimoto e teve início desde 2003.
A primeira explosão aconteceu em 1945 no projeto Los Alamos nos Estados Unidos, durante a II Guerra Mundial e a última aconteceu em 1998 no Paquistão.
No total, houve 2045 explosões atômicas no mundo. Há duas possíveis explosões nucleares depois na Coreia do Norte, mas a veracidade não é confirmada, já que não se sabem ao certo se foi explosão de bomba atômica ou grande explosão de explosivos convencionais para simular teste nuclear.
Advinha qual o país que mais detonou bombas atômicas no mundo???
Fonte: Memolition (aqui)
A primeira explosão aconteceu em 1945 no projeto Los Alamos nos Estados Unidos, durante a II Guerra Mundial e a última aconteceu em 1998 no Paquistão.
No total, houve 2045 explosões atômicas no mundo. Há duas possíveis explosões nucleares depois na Coreia do Norte, mas a veracidade não é confirmada, já que não se sabem ao certo se foi explosão de bomba atômica ou grande explosão de explosivos convencionais para simular teste nuclear.
Advinha qual o país que mais detonou bombas atômicas no mundo???
Fonte: Memolition (aqui)
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Cidade de São Paulo tem pouca área verde
Que São Paulo tem poucos parques, isso chega a ser senso comum. Mas como podemos quantificar quão pouco? Qual é a demanda de parques na cidade? Por incrível que pareça, essas perguntas não são simples. Em todo mundo, não há uma única metodologia para medir a presença de parques urbanos. Enquanto alguns indicadores são inflados por áreas verdes privadas (como a pesquisa Green City Index), outras instituições buscaram incluir parâmetros que não apenas a metragem, como o acesso aos parques (ver, por exemplo, a Trust for Public Land, dos Estados Unidos).
Os números abaixo ilustram a magnitude do problema a partir de uma comparação com outras cidades do mundo. Mas esse parâmetro não abrange toda a questão: se a baixa taxa de área verde por habitante já é gritante, o que dizer da distribuição desses parques na cidade e a facilidade de acesso para eles?
A metodologia adotada foi simples e didática: a área em metros quadrados de parques de lazer de propriedade pública dentro do perímetro do município dividido pelo número de moradores. Descartam-se assim áreas verdes privadas que quase nada contribuem para a qualidade de vida da cidade e grandes reservas ecológicas que, apesar desempenhar eventualmente certo papel na qualidade do ar, não constituem áreas recreativas abertas para a população. Todas as informações usadas foram retiradas de documentos oficiais.
Conclusão, o município de SP tem baixíssimo índice de áreas verdes públicas por habitante se comparado com outras cidades do mundo:
M² de parque e praças públicas de lazer per capita
São Paulo – 2,67 m²/hab (1)
Curitiba – 13,6 m²/hab (2)
Nova Iorque – 14,3 m²/hab (3)
Londres – 18,1 m²/hab (4)
(1) Secretaria do Secretaria do Verde e Meio Ambiente da PMSP, 2011; IBGE; (2) Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Departamento de Parques e Praças da Prefeitura de Curitiba, 2013; (3) New York City Department of Parks & Recreation; (4) City of London
Escrito por Gabriel Kogan, 21/08/2013
Os números abaixo ilustram a magnitude do problema a partir de uma comparação com outras cidades do mundo. Mas esse parâmetro não abrange toda a questão: se a baixa taxa de área verde por habitante já é gritante, o que dizer da distribuição desses parques na cidade e a facilidade de acesso para eles?
A metodologia adotada foi simples e didática: a área em metros quadrados de parques de lazer de propriedade pública dentro do perímetro do município dividido pelo número de moradores. Descartam-se assim áreas verdes privadas que quase nada contribuem para a qualidade de vida da cidade e grandes reservas ecológicas que, apesar desempenhar eventualmente certo papel na qualidade do ar, não constituem áreas recreativas abertas para a população. Todas as informações usadas foram retiradas de documentos oficiais.
Conclusão, o município de SP tem baixíssimo índice de áreas verdes públicas por habitante se comparado com outras cidades do mundo:
M² de parque e praças públicas de lazer per capita
São Paulo – 2,67 m²/hab (1)
Curitiba – 13,6 m²/hab (2)
Nova Iorque – 14,3 m²/hab (3)
Londres – 18,1 m²/hab (4)
(1) Secretaria do Secretaria do Verde e Meio Ambiente da PMSP, 2011; IBGE; (2) Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Departamento de Parques e Praças da Prefeitura de Curitiba, 2013; (3) New York City Department of Parks & Recreation; (4) City of London
Escrito por Gabriel Kogan, 21/08/2013
Fonte: Blog Cosmopista (aqui)
Em reunião com prefeito, empresários abordam tratamento de efluentes
26/11/2013 - 14:26:00
Representantes da Associação Limeirense de Joias (ALJ), Cetesb, Foz do Brasil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Bioatividades e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) reuniram-se na manhã desta terça-feira, 26 de novembro, com o prefeito Paulo Hadich. Da pauta da reunião, constavam os seguintes itens: solicitação de indicadores de geração de efluentes em Limeira, elaboração de estudo e pesquisa para Sistema de Tratamento de Efluentes Industriais, estudo do zoneamento urbano para possível instalação de tratamento, planejamento estratégico e busca de parcerias estaduais e federais e cronograma executivo.
Participaram da reunião o secretário-chefe de Gabinete do prefeito, Marco Aurélio Magalhães Faria Júnior, o secretário de Meio Ambiente, Alquermes Valvasori, e o presidente do SAAE, Osmar da Silva Júnior.
De acordo com o presidente da ALJ, Rodolfo Dib Mereb Júnior, há um volume muito alto de efluentes gerados no município por indústrias de vários segmentos, com descarte incorreto de parte desse material, que pode contaminar o meio ambiente. Para ele, o custo logístico é muito alto para transportar com segurança os efluentes, devido as empresas de tratamento se localizarem em municípios distantes de Limeira. Mereb Júnior acredita que, com tratamento local, as empresas poderão reduzir custos, viabilizando melhor as operações.
Como forma de viabilizar o tratamento no município de Limeira, foi apresentada a proposta de trabalho das empresas Hydroquímica, representada pelo sócio-proprietário Almir Brancher; Purimetal, pelo sócio-diretor, Luiz Fillipe Nascimento; e Saita, que compõem a Central de Tratamento de Efluentes Líquidos e Sólidos, com a proposta de encerrar o tratamento nas empresas de folheados e concentrá-lo na central. Os representantes apresentaram o trabalho realizado no município de Guaporé e se colocaram à disposição para iniciar o atendimento em Limeira.
Segundo Nascimento, atualmente a Central de Tratamento atende 86 galvânicas somente em Guaporé. “Com a viabilização da Central de Tratamento em Limeira, assim como em Guaporé, a central ficaria responsável pelo transporte, coleta e análise do efluente, e a Cetesb monitoraria todas as empresas com vínculo com a central”, explica. O gerente da Cetesb, Adilson Rossini, vê com bons olhos essa reunião. Para ele, a instalação da Central de Tratamento será mais uma ferramenta para combater o lançamento irregular de efluentes. "Solução para isso tem, porém também há um custo”, diz.
Sendo os empresários do setor de folheados favoráveis à central, o próximo passo será a instalação na cidade. Hadich informou que a cidade possui um conjunto de incentivos fiscais às empresas que se instalam no município. “O que for possível para diminuir custos e auxiliar os empresários, a Prefeitura fará”.
por Secretaria Municipal de Comunicações (aqui)
Novos ares para a Igreja Católica
Em severa crítica à Igreja, Francisco apresenta maior reforma do Vaticano em meio século
Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” apresentada hoje é o primeiro documento do novo papa e traça o caminho para a Santa Sé nos próximos anos. Documento propõe “nova etapa de evangelização” e “conversão” da Igreja.
Cidade do Vaticano – Jorge Bergoglio lança um projeto de “conversão do papado”, propõe a “descentralização” da Igreja e apresenta o plano da maior reforma feita no Vaticano em pelo menos meio século. No primeiro documento de seu próprio punho apresentado hoje, o papa Francisco explica em mais de 200 páginas seu projeto para o futuro da Igreja, lançando duros ataques contra sacerdotes e denunciando a guerra pelo poder dentro dos muros da Santa Sé.
“Desejo dirigir-me aos fieis cristãos para convidá-los a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indica direções para o caminho da Igreja nos próximos anos”, escreveu em sua Exortação Apostólica publicada hoje, o Evangelii Gaudium do Santo Padre Francisco aos Bispos, Presbíteros, Diáconos às pessoas consagradas e aos fieis laicos sobre o Anuncio do Evangelho no Mundo Atual. “É uma nova evangelização no mundo de hoje, insistindo nos aspectos positivos e otimismo”, explicou o cardeal Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifical para a Nova Evangelização e que admite que o papa é “franco”. “O centro é o amor”, insistiu. “Sem isso, a Igreja é um castelo de cartas e isso é o nosso maior perigo”, declarou.
Em seu texto, Francisco apela à Igreja a “recuperar a frescura original do Evangelho”, mas encontrando “novas formas” e “métodos criativos”. “Precisamos de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como elas são”.
Uma parte central de seu trabalho será o de “reformar as estruturas eclesiais” para que “todas se tornem mais missionárias”.
O recado é claro: promover uma “saudável descentralização” na Igreja, num gesto inédito vindo justamente da pessoa que representou por séculos a centralização da instituição e sempre lutou contra repartir poderes. A esperança é de que as conferencias episcopais possam contribuir para “o sentido de colegialidade”.
A descentralização apontaria até mesmo para a abertura de espaços para diferentes formas de praticar o catolicismo. “O cristianismo não dispõe de um único modelo cultural e o rosto da Igreja é multiforme”, escreveu. “Não podemos esperar que todos os povos, para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adoptadas pelos povos europeus num determinado momento da historia”. Para o papa, teólogos precisam ter em mente “a finalidade evangelizadora da Igreja”.
Nem o próprio papa estaria isento da reforma. Sua meta é a de promover uma “conversão do papado para que seja mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização”.
A burocracia e a aristocracia da Santa Sé também precisa ser revista. “Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos mais profundamente enraizados ao longo da história”.
Bergoglio insiste que prefere “uma igreja ferida e suja por ter saído às estradas, em vez de uma igreja preocupada em ser o centro e que acaba prisioneiras num emaranhado de obsessões e procedimentos”.
Abertura – Um dos pontos centrais é ainda a abertura da Igreja aos fieis. “Precisamos de igrejas com as portas abertas” para evitar que aqueles que estão em busca de Deus encontrem “a frieza de uma porta fechada”. “Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo”, escreveu.
A escolha dos fieis que deveriam comungar também é atacado pelo papa. “A Eucaristia não é um prêmio para os perfeitos, mas um generoso remédio e um alimento para os fracos”, alertou.
Poder – O documento ainda lança severas críticas a padres e sacerdotes. O papa pede que se evite as “tentações” do individualismo e alerta que “a maior ameaça é o pragmatismo incolor da vida quotidiana da Igreja, quando na realidade a fé se vai desgastando”.
Pedindo uma “revolução de ternura”, o papa critica “aqueles (religiosos) que se sentem superior aos outros” e que apenas fazer obras de caridade não seria o suficiente. O papa também ataca os sacerdotes que “em vez de evangelizar, classificam os outros”, adotando um “certo estilo católico próprio do passado”.
Bergoglio também ataca os religiosos que tem “um cuidado ostensivo da liturgia, da doutrina e do prestigio da Igreja, mas sem que se preocupem com a inserção real do Evangelho” as necessidades das populações. “Esta é uma tremenda corrupção com a aparência de bem. Deus nos livre de uma igreja mundana sob cortinas espirituais ou pastorais”.
As batalhas por poder dentro do Vaticano também são alvos de ataques do papa contra a Igreja. Ele apela para que as comunidades eclesiais “não caiam nas invejas e ciúmes”. “Dentro do povo de Deus, quantas guerras”, lamenta o argentino. “A quem queremos evangelizar com estes comportamentos?”, atacou, indicando um “excesso de clericalismo”.
O papa ataca o “elitismo narcisista” entre os cardeais. “O que queremos? Generais de exércitos derrotados? Ou simplesmente soldados de um esquadrão que continua batalhando?”, questionou.
Até mesmo as homilias são alvos de ataque do papa. “São muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos”. Bergoglio insiste que ela não deve ser nem uma conferencia e nem uma aula. “Temos de evitar uma pregação puramente moralista”.
Um ataque especial vai também aos religiosos que não se preparam devidamente para as missas. “Um pregador que não se prepara não é espiritual, é desonesto e irresponsável”, escreveu. Quanto às confissões, o argentino é ainda mais duro: “não se trata de uma câmara de tortura”.
Mulher – O papa volta a defender um maior papel da mulher dentro da Igreja. “Ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, nos diferentes lugares onde são tomadas decisões importantes”, defendeu. “As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres não se podem sobrevoar superficialmente”, apontou.
Bergoglio deixa claro a posição da Igreja contrária ao aborto. “Entre os fracos que a Igreja quer cuidar estão as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana”, escreveu.
“Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre essa questão. Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana”, declarou.
Economia – Bergoglio ainda destina uma parte importante de seu texto à situação mundial e não deixa de atacar o modelo econômico que prevalece. “O atual sistema economico é injusto pela raiz”, declarou. “Esta economia mata porque prevalece a lei do mais forte”.
“Os excluídos não são explorados, mas lixo, sobras”, atacou. “Vivemos uma nova tiraria invisível, por vezes virtual de um mercado divinizado onde reinam a especulação financeira, corrupção ramificada, evasão fiscal egoista”. O dinheiro, segundo ele, deve servir, e não dominar.
Para ele, esse modelo estaria promovendo uma “crise cultural profunda” nas familias. “O individualismo pos-moderno e globalizado promove um estilo de vida que perverte os vínculos familiares”, alertou.
O papa ainda apela para que a Igreja não tenha medo de se envolver nos debates políticos e que faça parte da luta por influenciar grupos políticos para garantir maior justiça social. Para ele, os pastores tem “o direito de emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas”, escreveu. “Ninguém pode exigir de nos que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas”, declarou.
Sua luta contra a pobreza também fica claro no documento. “Até que não se resolvam radicalmente os problemas dos pobres, não se resolverão os problemas do mundo”, declarou, fazendo um apelo aos políticos.Em seu documento, ele volta a defender os “mais fracos”, os “sem-teto, os dependentes de drogas, os refugiados” e apela a países que promovam uma “abertura generosa” aos imigrantes. Para ele, existem “muitos cúmplices” nesses crimes.
O argentino, porém, não deixa de apelar “humildemente” aos países muçulmanos que garantam a liberdade religiosa para os cristãos, “tendo em conta a liberdade de que gozam os crentes do Islã nos países ocidentais”. “Uma adequada interpretação do Corão se opõe a toda a violência”, defendeu. Bergoglio, porém, insiste na necessidade de fortalecer o diálogo e a aliança entre crentes e não-crentes.
Apesar dos desafios, o papa insiste que os fieis não devem desistir. “Se eu conseguir ajuda pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida”, concluiu.
Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” apresentada hoje é o primeiro documento do novo papa e traça o caminho para a Santa Sé nos próximos anos. Documento propõe “nova etapa de evangelização” e “conversão” da Igreja.
Cidade do Vaticano – Jorge Bergoglio lança um projeto de “conversão do papado”, propõe a “descentralização” da Igreja e apresenta o plano da maior reforma feita no Vaticano em pelo menos meio século. No primeiro documento de seu próprio punho apresentado hoje, o papa Francisco explica em mais de 200 páginas seu projeto para o futuro da Igreja, lançando duros ataques contra sacerdotes e denunciando a guerra pelo poder dentro dos muros da Santa Sé.
“Desejo dirigir-me aos fieis cristãos para convidá-los a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indica direções para o caminho da Igreja nos próximos anos”, escreveu em sua Exortação Apostólica publicada hoje, o Evangelii Gaudium do Santo Padre Francisco aos Bispos, Presbíteros, Diáconos às pessoas consagradas e aos fieis laicos sobre o Anuncio do Evangelho no Mundo Atual. “É uma nova evangelização no mundo de hoje, insistindo nos aspectos positivos e otimismo”, explicou o cardeal Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifical para a Nova Evangelização e que admite que o papa é “franco”. “O centro é o amor”, insistiu. “Sem isso, a Igreja é um castelo de cartas e isso é o nosso maior perigo”, declarou.
Em seu texto, Francisco apela à Igreja a “recuperar a frescura original do Evangelho”, mas encontrando “novas formas” e “métodos criativos”. “Precisamos de uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como elas são”.
Uma parte central de seu trabalho será o de “reformar as estruturas eclesiais” para que “todas se tornem mais missionárias”.
O recado é claro: promover uma “saudável descentralização” na Igreja, num gesto inédito vindo justamente da pessoa que representou por séculos a centralização da instituição e sempre lutou contra repartir poderes. A esperança é de que as conferencias episcopais possam contribuir para “o sentido de colegialidade”.
A descentralização apontaria até mesmo para a abertura de espaços para diferentes formas de praticar o catolicismo. “O cristianismo não dispõe de um único modelo cultural e o rosto da Igreja é multiforme”, escreveu. “Não podemos esperar que todos os povos, para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adoptadas pelos povos europeus num determinado momento da historia”. Para o papa, teólogos precisam ter em mente “a finalidade evangelizadora da Igreja”.
Nem o próprio papa estaria isento da reforma. Sua meta é a de promover uma “conversão do papado para que seja mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização”.
A burocracia e a aristocracia da Santa Sé também precisa ser revista. “Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos mais profundamente enraizados ao longo da história”.
Bergoglio insiste que prefere “uma igreja ferida e suja por ter saído às estradas, em vez de uma igreja preocupada em ser o centro e que acaba prisioneiras num emaranhado de obsessões e procedimentos”.
Abertura – Um dos pontos centrais é ainda a abertura da Igreja aos fieis. “Precisamos de igrejas com as portas abertas” para evitar que aqueles que estão em busca de Deus encontrem “a frieza de uma porta fechada”. “Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo”, escreveu.
A escolha dos fieis que deveriam comungar também é atacado pelo papa. “A Eucaristia não é um prêmio para os perfeitos, mas um generoso remédio e um alimento para os fracos”, alertou.
Poder – O documento ainda lança severas críticas a padres e sacerdotes. O papa pede que se evite as “tentações” do individualismo e alerta que “a maior ameaça é o pragmatismo incolor da vida quotidiana da Igreja, quando na realidade a fé se vai desgastando”.
Pedindo uma “revolução de ternura”, o papa critica “aqueles (religiosos) que se sentem superior aos outros” e que apenas fazer obras de caridade não seria o suficiente. O papa também ataca os sacerdotes que “em vez de evangelizar, classificam os outros”, adotando um “certo estilo católico próprio do passado”.
Bergoglio também ataca os religiosos que tem “um cuidado ostensivo da liturgia, da doutrina e do prestigio da Igreja, mas sem que se preocupem com a inserção real do Evangelho” as necessidades das populações. “Esta é uma tremenda corrupção com a aparência de bem. Deus nos livre de uma igreja mundana sob cortinas espirituais ou pastorais”.
As batalhas por poder dentro do Vaticano também são alvos de ataques do papa contra a Igreja. Ele apela para que as comunidades eclesiais “não caiam nas invejas e ciúmes”. “Dentro do povo de Deus, quantas guerras”, lamenta o argentino. “A quem queremos evangelizar com estes comportamentos?”, atacou, indicando um “excesso de clericalismo”.
O papa ataca o “elitismo narcisista” entre os cardeais. “O que queremos? Generais de exércitos derrotados? Ou simplesmente soldados de um esquadrão que continua batalhando?”, questionou.
Até mesmo as homilias são alvos de ataque do papa. “São muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos”. Bergoglio insiste que ela não deve ser nem uma conferencia e nem uma aula. “Temos de evitar uma pregação puramente moralista”.
Um ataque especial vai também aos religiosos que não se preparam devidamente para as missas. “Um pregador que não se prepara não é espiritual, é desonesto e irresponsável”, escreveu. Quanto às confissões, o argentino é ainda mais duro: “não se trata de uma câmara de tortura”.
Mulher – O papa volta a defender um maior papel da mulher dentro da Igreja. “Ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja, nos diferentes lugares onde são tomadas decisões importantes”, defendeu. “As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres não se podem sobrevoar superficialmente”, apontou.
Bergoglio deixa claro a posição da Igreja contrária ao aborto. “Entre os fracos que a Igreja quer cuidar estão as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana”, escreveu.
“Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre essa questão. Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana”, declarou.
Economia – Bergoglio ainda destina uma parte importante de seu texto à situação mundial e não deixa de atacar o modelo econômico que prevalece. “O atual sistema economico é injusto pela raiz”, declarou. “Esta economia mata porque prevalece a lei do mais forte”.
“Os excluídos não são explorados, mas lixo, sobras”, atacou. “Vivemos uma nova tiraria invisível, por vezes virtual de um mercado divinizado onde reinam a especulação financeira, corrupção ramificada, evasão fiscal egoista”. O dinheiro, segundo ele, deve servir, e não dominar.
Para ele, esse modelo estaria promovendo uma “crise cultural profunda” nas familias. “O individualismo pos-moderno e globalizado promove um estilo de vida que perverte os vínculos familiares”, alertou.
O papa ainda apela para que a Igreja não tenha medo de se envolver nos debates políticos e que faça parte da luta por influenciar grupos políticos para garantir maior justiça social. Para ele, os pastores tem “o direito de emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas”, escreveu. “Ninguém pode exigir de nos que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas”, declarou.
Sua luta contra a pobreza também fica claro no documento. “Até que não se resolvam radicalmente os problemas dos pobres, não se resolverão os problemas do mundo”, declarou, fazendo um apelo aos políticos.Em seu documento, ele volta a defender os “mais fracos”, os “sem-teto, os dependentes de drogas, os refugiados” e apela a países que promovam uma “abertura generosa” aos imigrantes. Para ele, existem “muitos cúmplices” nesses crimes.
O argentino, porém, não deixa de apelar “humildemente” aos países muçulmanos que garantam a liberdade religiosa para os cristãos, “tendo em conta a liberdade de que gozam os crentes do Islã nos países ocidentais”. “Uma adequada interpretação do Corão se opõe a toda a violência”, defendeu. Bergoglio, porém, insiste na necessidade de fortalecer o diálogo e a aliança entre crentes e não-crentes.
Apesar dos desafios, o papa insiste que os fieis não devem desistir. “Se eu conseguir ajuda pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida”, concluiu.
MEUS COMENTÁRIOS:
Como é bom viver num tempo que parece que a Igreja está se abrindo a se arejando novamente.
Depois de décadas de obra parada e inacabada, o nosso querido papa Francisco repõe a placa de "Estamos trabalhando para melhor te atender" no Vaticano e recomeça a trabalhar para concluir o projeto do Vaticano II.
Com certeza, os céus se rejubilam com isso. Glórias a Deus.
Há trabalho, mas o Senhor não entrega uma cruz maior do que cada um consegue carregar.
Acompanhemos os próximos passos.
domingo, 24 de novembro de 2013
Curso de Gestão Ambiental na ESALQ/USP
Video informativo sobre o curso de Gestão Ambiental na ESALQ-USP, primeiro curso a nível de bacharelado no Brasil.
Fiz parte da primeira turma do curso e muito orgulho temos disso. Ser parte da primeira turma foi saber na época que havia que trilhar um caminho sem saber o roteiro certo afinal, havíamos entrado numa proposta, numa ideia do que seria criado.
Mas ao final, no saldo de mortos e feridos, a experiência foi gratificante.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Modo de produção e consumo do mundo... e seu resultado.
Vale a pena assistir esse documentário, pois ele mostra de uma forma acelerada, e bem real da forma pela qual o mundo está orientado hoje: rápida e massiva produção para baratear os custos de produção, que possibilita maior consumo e que só tem um resultado no mundo ocidental: a obesidade.
Sou partícipe deste processo afinal já passei do sobrepeso.
Vale a pena refletir.
Fonte: Blog de pobre (aqui)
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Documentário: Rito de Rios e Ruas
Segue um interessante documentário feito pelo Coletivo ALMA Ambiental.
Documentários sobre a História das Universidades de São Paulo.
Muito interessante essa série de documentário.
Ela faz parte do acervo da UNIVESP - Universidade Virtual do Estado de São Paulo.
Nela, podem ser conhecidas as histórias da UNICAMP, da UNESP e da USP.
Vale a pena conhecer a história de nosso patrimônio.
Fonte: Canal UNIVESP no Youtube (aqui)
Ela faz parte do acervo da UNIVESP - Universidade Virtual do Estado de São Paulo.
Nela, podem ser conhecidas as histórias da UNICAMP, da UNESP e da USP.
Vale a pena conhecer a história de nosso patrimônio.
Fonte: Canal UNIVESP no Youtube (aqui)
Uso do aterro pode ser prolongado
Stefanie Archilli
Com vida útil até dezembro de 2015, a atual área de uso do Aterro Sanitário de Limeira poderá ser ampliada. É o que o atual governo está estudando com rapidez, já que a ampliação ou preparação de uma nova área para o aterro demora pelo menos dois anos. "Entendemos que é mais econômico e prático continuar na mesma área do que ter que mudar para outro lugar. Mas os estudos têm que afirmar que podemos permanecer na atual área", declarou o diretor da Secretaria de Meio Ambiente, Tiago Valentim Georgette.
De acordo com a assessora da pasta, Roberta Ribeiro Dalfré, a atual fase do aterro começou a ser usada no início deste ano, após o encerramento da fase anterior. As fases compreendem áreas de uso para o aterro. A atual fase fica ao lado da que foi encerrada em dezembro de 2012. "O atual aterro começou na década de 1980. Já existiram três fases e hoje estudamos a possibilidade de ampliar a atual fase para não causarmos impacto ambiental em uma nova área", explicou.
A nova área do aterro já existe e fica em frente à atual, na via Jurandyr Paixão, na estrada do Horto Florestal. "É uma área bem grande, com vida útil estimada em 50 anos. Mas nosso interesse é nos manter no atual aterro, aproveitando a atual estrutura e, consequentemente, tendo menos gastos e impactos", declarou Roberta. Cada fase do aterro, ou seja, cada área usada com este fim, fica inutilizável após o encerramento do depósito de resíduos. "Cada fase que é encerrada tem que ser monitorada em um período de 20 anos. Por dia, são 190 toneladas de lixo doméstico. O terreno não pode mais ser usado", falou.
O aterro recebe, em uma portaria, entulhos e podas até determinada pesagem para o aterro de inertes e, em outra portaria, resíduos hospitalares, domicilares e industriais. O resíduo hospitalar é encaminhado para a incineração em Paulínia e o restante fica no local. "Felizmente, vemos poucas latinhas e garrafas pet. Mas é claro que o lixo reciclável acaba vindo para o aterro", disse. O despejo do lixo no aterro é feito de segunda a sábado, durante 24 horas, a exceção dos feriados de 25 e 31 de dezembro.
COLETA SELETIVA
Mesmo com um despejo inferior de latas e garrafas pet no aterro, Limeira ainda precisa de uma coleta seletiva. Segundo Georgette, hoje existem dois caminhões que realizam a coleta seletiva em apenas alguns bairros, além dos ecopontos e o trabalho de 120 ecocoletores. "Os dois caminhões, os ecopontos e os ecocoletores suprem a demanda da cidade. Mas é preciso investir em educação ambiental para que as pessoas reduzam o consumo, reutilizem e reciclem. O que acontece é que hoje muitas pessoas ainda não têm o hábito de separar o lixo orgânico do reciclável", declarou.
O lixo reciclável pode ser recolhido pelos dois caminhões ou pelos 120 ecocoletores que percorrem os bairros da cidade. A outra opção é levar o reciclável, podas e resíduos da construção civil em um dos 11 ecopontos da cidade (leia mais sobre ecopontos nesta página).
Já sobre as campanhas para ampliar a participação da população na destinação correta do lixo reciclável, Georgette contará com o apoio de duas associações. "A ABIHPEC e a ABIPLA vão ajudar no desenvolvimento de campanhas e na organização de cooperativas e associações, que hoje trabalham com a reutilização do reciclável", disse.
Secretaria de Meio Ambiente fecha mais um ecoponto e mantém 11 abertos
O diretor de parques e educação ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Tiago Valentim Georgette, afirmou que mais um ecoponto será desativado no bairro Gustavo Piccinini. Somente 11 permanecerão abertos e não existe previsão de instalação de novos pontos. "No total, cinco ecopontos foram fechados: bairros São João, Belinha Ometto, Alto do Flamboyant, Ipiranga e, em breve, Gustavo Piccinini. Nestes locais, os ecopontos não funcionavam corretamente e hoje essas áreas estão sendo preservadas pela própria vizinhança, que impede o descarte irregular de lixo no local", falou.
De acordo com Georgette, da verba de R$ 12 milhões destinada a podas, reformas e manutenção de praças e limpeza, cerca de R$ 7 milhões são usados somente na limpeza de áreas onde é feito o descarte irregular de lixo. "É um dinheiro que poderia ser investido em reformas de praças. Em vários locais da cidade, persiste o despejo irregular de lixo. Por isso é importante a fiscalização da própria vizinhança", declarou.
Ainda segundo Georgette, por enquanto, não está prevista a abertura de novos ecopontos e os que permanecem abertos estão nos bairros Village, Parque Nossa Senhora das Dores, Parque Belinha Ometto, Virgílio Bassinello, Jardim Santa Eulália, Lagoa Nova, Barão de Limeira, Anavec, Campo Belo, Santa Lúcia e Jardim Kelly. "A ideia é melhorar o serviço desses ecopontos, oferecendo capacitação às famílias que trabalham nesses locais. Depois, pode ser estudada a abertura de mais ecopontos", afirmou o diretor de Recursos Hídricos, Antonio Carlos de Siqueira.
Fonte: Jornal de Limeira (aqui)
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