segunda-feira, 18 de abril de 2011

Para construir viaduto, Prefeitura vai arrancar 29 árvores

Por que não compensar o replantio na região???
Renata Reis

Ao menos 29 árvores serão arrancadas na Avenida Comendador Agostinho Prada. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a ação foi necessária para o início das obras do viaduto que ligará a avenida à Via Guilherme Dibbern, sobre o anel viário. O corte das árvores chamou a atenção de quem passou pelo local.

Algumas pessoas entraram em contato com a reportagem, para manifestar indignação. "Não é possível que essa quantidade de árvore seja arrancada se nos incentivam tanto a preservar o meio ambiente, sendo uma das formas, realizando o plantio", diz uma mulher que passou pelo local na manhã de ontem. Ela viu aproxidamente oito árvores sendo eliminadas nas proximidades do condomínio San Marino.
Embora não tenham sido divulgadas antes, para evitar transtornos, ontem, o secretário da pasta, Domingos Furgione Filho, explicou que as retiradas fazem parte do início dos trabalhos para a construção do viaduto. Segundo ele, até o muro do Cemitério Saudades será mexido. Adiantou ainda que outras plantas serão arrancadas. Será um total de 29 árvores.

COMPENSAÇÃO
Por outro lado, o secretário diz que, a cada árvore arrancada desta avenida, serão replantadas outras 25. Desta quantidade, cinco serão ipês, doadas pela empresa responsável pela construção do viaduto. Estas serão plantadas nas imediações do bairro. Sobre outras 20, a cada árvore retirada, serão plantadas na região do Horto, conforme garantiu Furgione.
No total, 725 árvores farão parte da compensação das 29 arrancadas. O secretário ainda disse que, em novembro do ano passado, o Ministério Público (MP) foi comunicado sobre essas retiradas, por meio do ofício nº 770/10.

Fonte: Gazeta de Limeira (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS

Infelizmente, não dá para comer omelete sem quebrar os ovos já dizia um velho ditado. Às vezes se faz necessário causar um certo impacto ambiental para gerar benefícios sociais e o caso desse viaduto é um exemplo.

Não tem como não fazer essa obra pelo motivo de que 29 árvores serão cortadas. O impacto ambiental de dezenas de carros emitindo gases enquanto estão parados em congestionamento causa muito mais impacto.

Mas o que aborrece quando leio uma reportagem como essa é o fato de se dissociar o processo de educação ambiental do processo urbano. Nosso secretário diz que as árvores serão plantadas como forma de compensação no Horto Florestal!

Com essa frase, qual a mensagem que se passa? Que não há problema em trazer malefícios na cidade, pois no campo os benefícios serão gerados... assim, cria-se uma imagem bucólica onde nossa dor de cabeça durante a semana pode ser melhorada ao irmos nos finais de semana para o meio rural (o Horto no caso).

Por que plantar essas árvores na zona rural sendo que a arborização urbana na cidade é lastimável, ridícula e quase inexistente???

Essas árvores têm que ser plantadas na zona urbana, especialmente na área de influência dessa obra. Os bairros São João, Maria Modeneiz e o próprio Centro estão com déficit de arborização.

Secretário, por favor plante essas árvores na Zona Urbana de Limeira!

Um comentário:

  1. MAURO ALEXANDRE GAVA29 de junho de 2012 às 15:21

    Concordo que o transito no local estava ruim e que o viaduto vai facilitar , porém quanto mais alargarmos as ruas mais veiculos iram circular nela e em pouco tempo ocorrera os congestionamento novamente será esta a solução mais acertiva? Não seria melhor o poder publico previlegiar o transporte publico com subsidios proporcionando uma passagem a 1 real ao inves de investir em viadutos , poderia tambem construir mais ciclovias pois as distancia do bairro ao centro são em media 5 a 7 km uma distancia curta e de bicleta daria para uma pessoa pedalar em menos de 30 mim, assim as arvores seriam poupadas , devemos tambem fazer uma reflexão a quem este viaduto vai favorecer já que onde esta sendo construido só dará acesso aos condominios fechados e não priveligiará os bairros da periferia os quais são mais populozos

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