Bruno Paes Manso e Rodrigo Brancatelli, O Estado de S.Paulo, 3 de março de 2011
A frota paulistana vai atingir neste mês a impressionante marca de 7 milhões de veículos. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que recebe informações da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), janeiro já fechou com 6.973.958 de carros, motos, caminhões e ônibus. Os números de fevereiro ainda serão divulgados, mas, seguindo a evolução mensal dos emplacamentos, o último milhão está prestes a ser alcançado.
O mais surpreendente é que, enquanto a cidade demorou oito anos para pular de 5 milhões para 6 milhões – de janeiro de 2000 a 2008 -, os 7 milhões serão batidos em apenas três anos. Com um detalhe: São Paulo tem 17 mil quilômetros de vias pavimentadas. Para-choque a para-choque, a frota atual formaria uma fila de 26 mil quilômetros de ruas e avenidas, quase duas vezes a distância de São Paulo até Cabul, no Afeganistão. Para efeito de comparação, na década de 1970 a capital registrava 965 mil veículos para número parecido de vias: 14 mil quilômetros.
Fonte: Blog Ecologia Urbana (aqui)
MEUS COMENTÁRIOS
A informação deste post não é nada novo, pois há anos a questão do transporte único tem maior interesse que o tema do transporte coletivo.
Qualquer cidade que você vá, você encontrará trafego intenso de carro e em qualquer horário.
Fruto do individualismo? miopia governamental? O fato é que as pessoas têm pouco interesse pelo transporte coletivo, e para aquelas qua ainda tem algum interesse, o Poder Público cuida para que ela perca esse interesse. O transporte coletivo é muito caro, desconfortável, fora do horário, desrespeita o cliente e faz que qualquer um sonhe com o dia da emancipação, quando ele poderá comprar uma moto ou já um carro.
E o interesse em mudar esse ciclo vicioso é quase nulo. As medidas são muito mais na teoria do que na prática, e quando são realizadas, são paliativas e de perfumarias.
Essa questão não é um problema apenas de um governo e sim de toda a sociedade moderna.
Enfrentá-la demandará audácia, critividade e revolução no sistema, pois quase nada do que tem sido feito vai nessa direção.
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