sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O poder do jovem na atuação política.


Em tempos de guerra no Senado Federal, fica difícil imaginar que de tudo isso podemos tirar algo positivo. Pagamos uma das mais altas cargas tributárias do mundo e o que recebemos em troca: muito pouco, já que boa parte dos serviços públicos temos que buscar na iniciativa privada como saúde, educação, segurança e previdência.

Olhando a Lei Orçamentária Anual do Brasil, o eleitor-cidadão poderá ver que mais de 2,7 bilhões de reais estão alocados pelo orçamento federal para sustentar o nosso Senado Federal e mais 3,5 bilhões de reais estão alocados para a Câmara Federal. Isso mesmo, 6 bilhões e 217 milhões de reais serão encaminhados em 2009 para custear aquilo que vimos nas televisões ontem: senadores digladiando-se na frente das câmeras de televisão. Podemos dizer que assistimos ontem ao programa de baixaria mais caro de nossa história!


Como comparação, necessitamos somar o orçamento para os Ministérios do Meio Ambiente (3,4 bi), da Cultura (1,3 bi) e dos Esportes (1,4 bi), para alcançar o orçamento do Congresso Nacional e ainda sobram 58 milhões de reais!!!


Os dados utilizados aqui podem ser encontrados pressionando aqui e que estão disponíveis no site do Palácio do Planalto – www.planalto.gov.br.


Vemos diariamente a diminuição do interesse dos jovens pelos assuntos de nossa política. Quantos jovens sérios nem pensam em atuar em seu meio como agentes de transformação. É bom usar o termo “sério”, porque já conheço muitos que parecem buscar esse espaço de articulação não para construir algo novo, mas buscando garantir a sua parte também nessa mamata que é a grande matrona do Tesouro Público.


Mas por outro lado, vejo que com essas apresentações tão tristes, mais necessárias se tornam a nossa participação na vida política. Como Paulo Freire sempre defendia no campo da educação: se você não luta pelas mudanças na educação, você conserva o que aí está... e isso, com certeza se aplica à política. Quando dizemos com o peito estufado: “política é coisa de bandido!”, o que queremos dizer é que os Calheiros, Sarneys e Jereissatis, exemplificando, podem continuar aprontando, porque não exerceremos a nossa cidadania e os conservaremos lá às nossas custas.


Temos que ver essas vergonhas como motivação para atuarmos mais. Isso não pode ser desmotivação, mas tem que ser gasolina na brasa. Temos que participar ainda mais, pois na política, a vaga sempre está aberta e se você não ocupar, alguém que não tem interesse público ocupa e o estrago é grande. Portanto, vamos lá juventude. Participe, proponha, discuta, entre em ação e mostre que você tem opinião e não concorda com isso!

Um comentário:

  1. É isso aí, temos que nos mexer para algo mudar nesse país. Procurar saber a procedência do candidato e depois acompanhá-los em seus exercícios e se tiver errado denuciar, colocar a boca no mundooo!!! Só assim eles prestarão mais atenção no que fazem.
    Graziela Francischetti

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