O presente quadro foi extraído do livro Living in the environment: concepts, connections and solutions, de 2009, de MILLER, G. T.
Ele apresenta a pegada ambiental média dos cidadãos daquele país e a sua capacidade natural existente. Assim, o quadro apresenta como seria o saldo ambiental do planeta.
Na primeira linha, é apresentada o saldo médio do mundo, onde cada cidadão possui uma pegada ecológica de 2,2 ha por pessoa, sendo que a capacidade existente no mundo é de 1,8 ha/pessoa. Assim, o mundo fica devendo todos os anos 0,4 de saldo, ou seja, como mundo, somos insustentáveis!
Isso, claro, lembrando que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo não possuem o mínimo para sobreviver estando em terríveis níveis de inanição e miséria. São pessoas flageladas que instituições como ONU, Médicos Sem Fronteira entre outros tentam amenizar.
Do quadro, apenas o Brasil e o Canadá são positivos no saldo. Mas reparem que o ponto de partida da pegada de nossa posição é muito inferior ao do Canadá. Temos demanda de 2,1 ha/pessoa, enquanto o Canadá é 7,6 ha/pessoa.
Assim, não dá para pensar na premissa do crescimento incessante porque o mundo não aguenta e o nível que esses países alcançaram não dá para ser globalizado. Estados Unidos possuem 9,8 ha/pessoa.
Há pessoas que podem pensar que a tecnologia pode melhorar esse processo diminuindo nossa demanda, mas daí vem os dados da Alemanha que tem investido pesado em economia verde e possui uma pegada ecológica de 4,5 ha/pessoa, pouco mais que o Japão que não mostra essa louca busca e mais que o dobro da média mundial.
Ou seja, a prática atual não é sustentável e não estamos de fato buscando outra proposta. Há muito mais a ser pensado se quisermos de fato melhorar. E vejo que o que se busca hoje é o aperto dos países emergentes, para que não aumentem a pressão ambiental.
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