Família usava bomba como 'ferrinho para segurar porta' há 15 anos em MS
Descoberta aconteceu quando outra bomba foi achada no mesmo bairro.
Equipe da polícia irá recolher projétil para análise nessa segunda-feira (30).
A doméstica Jerusa Pereira dos Santos, de 40 anos, guarda em casa há 15 anos um projétil de artefato bélico encontrado enterrado no quintal. No sábado (28), a dona de casa descobriu que era uma bomba e que representa riscos à família depois que um objeto semelhante foi encontrado em um canteiro de obras na mesma rua, no Jardim Carioca, em Campo Grande.
Nessa segunda-feira (30), policiais militares da Companhia de Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), devem ir até a casa retirar a bomba.
“A gente nem imaginou que pudesse ser uma bomba, e eu só guardei porque era diferente. Eu usava o 'ferrinho' pra segurar a porta; toda vez que alguém tirava ele do lugar, eu perguntava onde estava meu ferrinho”, disse Jerusa ao G1.
Há 4 meses, o irmão dela chegou a comentar que o “ferrinho” parecia uma bala e que deveria entregar para um museu. “Eu nem levei a sério”.
A descoberta aconteceu depois que a polícia foi acionada para retirar um artefato explosivo de uma obra próxima, no sábado (28). A filha de Jerusa, de 10 anos, viu a bomba. “Ela voltou para casa desesperada, porque o objeto era igual ao que a gente tinha guardado”. A polícia soube da existência desse outro artefato e irá retirá-lo da casa hoje.
Família usava bomba como 'ferrinho para segurar porta' em MS (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)Artefato foi encontrado em buraco cavado para
fossa na casa (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)
O projétil na casa de Jerusa foi descoberto em 1997, quando cavaram um buraco para uma fossa no quintal da casa. Na época, o marido da doméstica achou estranho o objeto, mas ele virou um 'souvenir' prático da família. As filhas da dona de casa usaram várias vezes o projétil para amassar latinhas. As meninas levantavam a bomba e usavam a base como martelo. “Ele [o artefato] era usado dentro de casa, no quintal, ficava no sol, segurava o portão e nunca aconteceu nada”, comenta.
Depois da descoberta de sábado, o projétil saiu do portão da casa e foi deixado no quintal, por receio de que algo acontecesse.
Análise
Equipe da polícia irá recolher projétil para análise nessa segunda-feira (30).
A doméstica Jerusa Pereira dos Santos, de 40 anos, guarda em casa há 15 anos um projétil de artefato bélico encontrado enterrado no quintal. No sábado (28), a dona de casa descobriu que era uma bomba e que representa riscos à família depois que um objeto semelhante foi encontrado em um canteiro de obras na mesma rua, no Jardim Carioca, em Campo Grande.
Nessa segunda-feira (30), policiais militares da Companhia de Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), devem ir até a casa retirar a bomba.
“A gente nem imaginou que pudesse ser uma bomba, e eu só guardei porque era diferente. Eu usava o 'ferrinho' pra segurar a porta; toda vez que alguém tirava ele do lugar, eu perguntava onde estava meu ferrinho”, disse Jerusa ao G1.
Há 4 meses, o irmão dela chegou a comentar que o “ferrinho” parecia uma bala e que deveria entregar para um museu. “Eu nem levei a sério”.
A descoberta aconteceu depois que a polícia foi acionada para retirar um artefato explosivo de uma obra próxima, no sábado (28). A filha de Jerusa, de 10 anos, viu a bomba. “Ela voltou para casa desesperada, porque o objeto era igual ao que a gente tinha guardado”. A polícia soube da existência desse outro artefato e irá retirá-lo da casa hoje.
Família usava bomba como 'ferrinho para segurar porta' em MS (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)Artefato foi encontrado em buraco cavado para
fossa na casa (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)
O projétil na casa de Jerusa foi descoberto em 1997, quando cavaram um buraco para uma fossa no quintal da casa. Na época, o marido da doméstica achou estranho o objeto, mas ele virou um 'souvenir' prático da família. As filhas da dona de casa usaram várias vezes o projétil para amassar latinhas. As meninas levantavam a bomba e usavam a base como martelo. “Ele [o artefato] era usado dentro de casa, no quintal, ficava no sol, segurava o portão e nunca aconteceu nada”, comenta.
Depois da descoberta de sábado, o projétil saiu do portão da casa e foi deixado no quintal, por receio de que algo acontecesse.
Análise
Depois de avaliar as fotos feitas pelo G1, o major Marcos Paulo Gimenez, comandante da Cigcoe, disse que o objeto encontrado na casa de Jerusa é muito semelhante ao destruído no canteiro de obras no sábado.
O projétil destruído no canteiro de obras, segundo Gimenez, provavelmente era utilizado entre as décadas de 1910 e 1920. O sargento Tárcio Pimentel, técnico em bombas e explosivos da Cigcoe, disse que o exemplar destruído estava ativo. “Quando nós demos um choque com carga de explosivo reduzida o artefato explodiu e se fragmentou”, explicou. Parte do material foi recolhido para análise.
Pimentel explicou que não é possível identificar o tipo de explosivo, a origem do artefato ou há quanto tempo estava no canteiro de obras. “Só uma análise e um estudo detalhado podem definir as características do artefato”, conclui.
A Polícia Militar orienta que se alguém encontrar um objeto suspeito de bomba deve isolar a área e acionar o 190. As pessoas devem manter distância do material até chegada da polícia.
A assessoria do Comando Militar do Oeste (CMO) informou que vai procurar a família que encontrou o artefato e analisar se há necessidade de detonar ou não o explosivo. A assessoria não informou que o bairro onde o projétil foi encontrado era usada como área de treinamento militar.
Fonte: G1 (aqui)
MEUS COMENTÁRIOS:
Que falta faz a educação e conscientização.
Imagina o risco que essa família assumiu nesses anos? Ainda bem que pelo achado na vizinhança já demonstrou o risco, antes de acontecer.
Esse fato lembra o acidente com Césio 137 em Goiânia em 1987 que causou 11 mortes e 600 feridos pela radioatividade. Veja mais clicando aqui.
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