segunda-feira, 30 de abril de 2012

Peso de Porta Perigoso.

 Família usava bomba como 'ferrinho para segurar porta' há 15 anos em MS
 


Descoberta aconteceu quando outra bomba foi achada no mesmo bairro.
Equipe da polícia irá recolher projétil para análise nessa segunda-feira (30).

A doméstica Jerusa Pereira dos Santos, de 40 anos, guarda em casa há 15 anos um projétil de artefato bélico encontrado enterrado no quintal. No sábado (28), a dona de casa descobriu que  era uma bomba e que representa riscos à família depois que um objeto semelhante foi encontrado em um canteiro de obras na mesma rua, no Jardim Carioca, em Campo Grande.

Nessa segunda-feira (30), policiais militares da Companhia de Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe), devem ir até a casa retirar a bomba.

“A gente nem imaginou que pudesse ser uma bomba, e eu só guardei porque era diferente. Eu usava o 'ferrinho' pra segurar a porta; toda vez que alguém tirava ele do lugar, eu perguntava onde estava meu ferrinho”,  disse Jerusa ao G1.

Há 4 meses, o irmão dela chegou a comentar que o “ferrinho” parecia uma bala e que deveria entregar para um museu. “Eu nem levei a sério”.

A descoberta aconteceu depois que a polícia foi acionada para retirar um artefato explosivo de uma obra próxima, no sábado (28). A filha de Jerusa, de 10 anos, viu a bomba. “Ela voltou para casa desesperada, porque o objeto era igual ao que a gente tinha guardado”.  A polícia soube da existência desse outro artefato e irá retirá-lo da casa hoje.
Família usava bomba como 'ferrinho para segurar porta' em MS (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)Artefato foi encontrado em buraco cavado para
fossa na casa (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)

O projétil na casa de Jerusa foi descoberto em 1997, quando cavaram um buraco para uma fossa no quintal da casa. Na época, o marido da doméstica achou estranho o objeto, mas ele virou um 'souvenir' prático da família. As filhas da dona de casa usaram várias vezes o projétil para amassar latinhas. As meninas levantavam a bomba e usavam a base como martelo. “Ele [o artefato] era usado dentro de casa, no quintal, ficava no sol, segurava o portão e nunca aconteceu nada”, comenta.

Depois da descoberta de sábado, o projétil saiu do portão da casa e foi deixado no quintal, por receio de que algo acontecesse.

Análise
 
Depois de avaliar as fotos feitas pelo G1, o major Marcos Paulo Gimenez, comandante da Cigcoe, disse que o objeto encontrado na casa de Jerusa é muito semelhante ao destruído no canteiro de obras no sábado.

O projétil destruído no canteiro de obras, segundo Gimenez, provavelmente era utilizado entre as décadas de 1910 e 1920. O sargento Tárcio Pimentel, técnico em bombas e explosivos da Cigcoe, disse que o exemplar destruído estava ativo. “Quando nós demos um choque com carga de explosivo reduzida o artefato explodiu e se fragmentou”, explicou. Parte do material foi recolhido para análise.

Pimentel explicou que não é possível identificar o tipo de explosivo, a origem do artefato ou há quanto tempo estava no canteiro de obras. “Só uma análise e um estudo detalhado podem definir as características do artefato”, conclui.

A Polícia Militar orienta que se alguém encontrar um objeto suspeito de bomba deve isolar a área e acionar o 190. As pessoas devem manter distância do material até chegada da polícia.

A assessoria do Comando Militar do Oeste (CMO) informou que vai procurar a família que encontrou o artefato e analisar se há necessidade de detonar ou não o explosivo. A assessoria não informou que o bairro onde o projétil foi encontrado era usada como área de treinamento militar.

Fonte: G1 (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

 Que falta faz a educação e conscientização.

Imagina o risco que essa família assumiu nesses anos? Ainda bem que pelo achado na vizinhança já demonstrou o risco, antes de acontecer.

Esse fato lembra o acidente com Césio 137 em Goiânia em 1987 que causou 11 mortes e 600 feridos pela radioatividade. Veja mais clicando aqui.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Verdade

Algum assessor mandou por a faixa mas não avisou a população do bairro que iria "fazer caridade com o chapéu alheio"! Olha no que deu!



Fonte: recebido por e-mail

Buscando na internet, achei as informações abaixo transcritas:


 Bateu, tomou: Promoção a prefeito e vereador gera polêmica
Ter, 27 de Março de 2012 12:10

Duas faixas colocadas na Rua do Oratório, no Bairro Bangu, na semana passada, causaram polêmica no meio político de Santo André. Uma delas agradecia ao prefeito Aidan Ravin (PTB) e ao presidente da Câmara, José de Araújo (PMDB), a instalação de semáforo para pedestres na via. O outro criticava a faixa acima, dizendo que a Prefeitura não havia feito mais do que sua obrigação.

O primeiro letreiro foi colocado na quinta-feira, com dizeres "a população de Santo André agradece ao dr. Aidan e ao vereador José de Araújo pela sinalização". Moradores o bairro contaram que um caminhão de empresa terceirizada foi responsável pela instalação da faixa no local. O segundo apareceu no sábado, com escrito: "A população não agradece a ninguém!. Isso é uma obrigação, nós pagamos um absurdo de impostos". O objeto foi colocado também por outro caminhão terceirizado, segundo munícipes.

A foto das faixas se espalhou pela internet. Elas foram retiradas na madrugada de segunda-feira, de acordo com os moradores. Ninguém se responsabilizou pela confecção dos materiais. O vereador Luiz Carlos Pinheiro, o Pinheirinho (DEM), afirmou ter dado ideia para montagem da faixa, mas disse que não investiu na montagem do objeto. Munícipes do bairro negaram ter feito rateio para criação do objeto.


Fonte: Blog Amarribo (aqui) 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Minissérie contará a vida de dom Pedro Casaldaliga


A vida de dom Pedro Casaldáliga, 84 anos, bispo emérito de São Felix de Araguaia (Mato Grosso), vai virar minissérie de TVs espanhola e brasileira.

O missionário catalão chegou ao Brasil em 1968, como conta o jornalista Francesc Escribano no livro “Descalço na terra roxa”, no qual se baseia a minissérie. A minissérie será produzida pela TV Brasil, TVc, TVe e Raiz Produções Cinematográficas. “Terra Roxa” terá 13 episódios de 22 minutos cada. Na Espanha, irá ao ar em dois episódios de 85 minutos.

O papel do religioso, que defendeu a democracia em plena ditadura militar brasileira (1964-1985) e enfrentou latifundiários e posseiros de terras, ficou com o premiado ator espanhol Eduard Fernández, que veio até o Araguaia conhecer dom Pedro Casaldáliga.

Desde que foi nomeado bispo da Prelazia de São Felix de Araguaia, em 23 de outubro de 1971, nunca deixou o Mato Grosso, com exceção de uma visita a Nicarágua em 1985 e algumas audiências na Santa Sé.

A Prelazia Territorial de São Felix teve dom Pedro como primeiro bispo prelado. Seu sucessor foi dom Leonardo Ulrich Steiner, que permaneceu no cargo até a nomeação como auxiliar de Brasília, em setembro de 2011. O atual prelado é dom Adriano Ciocca Vasino, nomeado no último dia 21 de março.

Fonte: site CNBB (aqui)

Pensar (livremente) o Brasil


Neste espaço tentarei desenvolver uma compreensão holista do Brasil, tal qual o vejo. Passo por passo, submeterei meu entendimento político e econômico de nosso Pais à inteligência dos que me derem sua paciente leitura. Por momentos refletirei sobre questões estruturais. Em outros, chamarei a conjuntura a demonstrar o que penso.

No Brasil, todas as melhores energias se dispersam nas conjunturas. Ao pensamento estratégico pouco, ou quase nada, se dedica. Entre os tomadores de decisão na vida pública, então, esta constatação beira o trágico! Há explicação compreensível pra isto. O que não há é justificativa para a persistência deste colapso institucional crônico; para este apagão de idéias, ou para a morte da audácia, mínima que seja, que se exige daqueles ou daquelas  de quem a sociedade espera e precisa para crer no futuro da Nação.

Dois momentos explicam modernamente este fenômeno: a geração que está operando o País na política ainda é, em larga escala , aquela dos tempos que se sucederam a 1964. Mais precisamente, de Fernando Henrique para cá, é a geração que se opôs ao regime autoritário. Esta geração de gente respeitabilíssima, e a quem o povo brasileiro deve muito, historicamente, padece de um cacoete, entretanto: foi obrigada a reduzir sua compreensão do Brasil a um conjunto de reivindicações de natureza institucional essenciais mas não o bastante: eleições diretas, anistia, constituinte,democracia política, enfim.

Economia política virou assunto proibido em nossas reuniões. O consenso necessário à reinstitucionalização se dissolveria numa frente em que, na reta final, confraternizavam, por exemplo grato, Teotônio Vilela e João Amazonas, Arraes e Quércia, Tasso Jereissati e José Dirceu. Democracia formal e sua agenda uniam, refletir modelos de economia política desunia.

Tudo certo! Certíssimo! Para a hora…

Depois veio o governo Fernando Henrique. À absoluta falta de projeto e, capitaneando o exitosíssimo plano de estabilização econômica, que encerrou 25 anos de superinflação, FHC aderiu à exuberante ideia neoliberal. O mundo se prostara a ela. O gravíssimo buraco em nossas contas externas nos impunha uma submissão à hegemonia ideológica norte-americana enfeitada pelo charme de Bill Clinton. O apetite particular pela reeleição abatia a tradição progressista de FHC. Esta é a segunda fase.

De novo, o Brasil não perdeu propriamente, mas a tática das organizações progressistas do País e mais, do melhor de seu pensamento acadêmico, dos intelectuais, dos artistas, das vanguardas sindicais e estudantis, optou por aceitar a sábia inflexão de Lula e aceitar o adiamento, por assim dizer, do debate sobre nossa estratégia de futuro em nome de avanços possíveis que evitassem os riscos reais de enfrentamento do pacto reacionário vigente no seu centro.

Debater modelo de desenvolvimento poderia dissolver, num primeiro momento, a vitória eleitoral; no segundo e terceiro momentos, atrapalhar o avanço de melhorias concretas na vida do povo, agora! E mais uma vez nos vemos como Nação, levados a dar valor definitivo à comparação do que temos hoje em comparação com o passado. Como se essa fosse a tarefa definitiva que nos toca. Não é!

Tudo tem melhorado em nosso País. Concretamente. O desemprego caiu, a participação dos salários na renda nacional aumentou, as políticas sociais compensatórias atingiram níveis inéditos, o poder de compra do salário mínimo é o maior da história, políticas afirmativas acenam concretudes para estudantes pobres, para quilombolas, negros, mulheres, agricultura familiar. Ações tópicas recuperaram de forma expressiva a indústria naval e a nova orientação pública deu-nos protagonismo global em petróleo. Não há dúvida em defender a tática de Lula, seu legado, os valores que impôs ao Estado Nacional Brasileiro.

Nosso País desfruta hoje de uma presença internacional nunca vivida modernamente. Não só porque temos reservas cambiais em nível jamais experimentado, mas porque politicamente jogamos o jogo internacional sem vassalagens e subalternidades que nos encheram de vergonha em vários momentos recentes, inclusive.

Quer dizer então que agora, desta vez por nosso lado, anunciaremos que a história acabou, como dizia o sub intelectual guru modista do neoliberalismo, Fukuyama?

Penso comovidamente que não! Se compararmos o Brasil de hoje com o passado das últimas 3 décadas, tudo está melhorando. Mas e se compararmos o Brasil com os países que dispõem de condições semelhantes? Pior: e se perguntarmos para onde estamos indo em 10, 20, 30 anos, alguém sabe dizer?

Crescer e parar a cada 3 anos é tudo que temos para nossos 60 milhões de pobres? Pior, crescer em taxas menores que a soma dos ganhos de produtividade – que substituem gente por máquinas – e da chegada de cerca de um milhão e meio de jovens por ano ao mercado de trabalho é mesmo o máximo que podemos aspirar coletivamente?

Dá pra crer que, com os atuais e crescentes déficits nas contas externas, não estaremos daqui a pouco revendo o filme inglório de crises externas que nos atolaram por décadas inteiras?

Nada devemos fazer em relação ao fato de que temos déficit de gigantescos 100 bilhões de dólares no comércio externo, se olharmos apenas as trocas de manufaturados?

A conta de nossas aspirações de consumo de massa será sustentável se aceitarmos passivamente o que a divisão internacional do trabalho deixa pra nós: produtores de commodities de baixo ou nenhum valor agregado?

Temos algum futuro com a educação que temos? É minimamente responsável darmos a quem não tem plano de saúde privado a saúde pública indigna que oferecemos a nosso povo?

Apos 32 anos de experiência na vida pública brasileira, aprendi pelo menos que o céu não é perto. Sei que não é fácil nem trivial encaminhar saída factível pra esta encalacrada.

Mas aprendi também que é possível avançarmos muito mais profundamente e muito mais velozmente. Já experimentei algumas vezes o milagre da política feita com largueza, amor verdadeiro ao povo, competência, seriedade e audácia!

E as condições hoje são, em parte, muito melhores que jamais foram em tempos modernos.

É sobre o que escreverei neste espaço.

*CIRO GOMES – deputado estadual duas vezes, prefeito de Fortaleza, governador do Estado do Ceará, ministro da Fazenda de Itamar Franco, candidato a presidente da República duas vezes, ministro da Integração Nacional de Lula, deputado federal mais votado proporcionalmente do País.

Fonte: Carta Capital (aqui)

Até que enfim: Rumo a uma nova Limeira!



Fonte: Facebook (aqui)