sexta-feira, 23 de março de 2012

Defesa de Félix perde mais uma em Brasília


Ministra nega seguimento de recurso de advogados.
Decisão de ontem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nega seguimento de um habeas-corpus movido pelo escritório do advogado José Roberto Batochio, que defende o prefeito cassado Silvio Félix (PDT). O HC foi protocolado em Brasília após o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) ter negado uma liminar pedida pelos defensores do ex-prefeito. No TJ, Batochio entrou com um mandado de segurança contra o GAECO de Piracicaba - Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado. O advogado apontou que os promotores Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, Enzo Boncompagni e Antônio Carlos Guimarães Júnior estavam o impedindo de ter acesso às investigações criminais contra a família Félix. O desembargador Ruy Alberto Leme Cavalheiro negou o pedido apontando que faltavam requisitos para a concessão de uma liminar e que o caso só será homologado ou não quando da análise do mérito do mandado de segurança, o que ainda não ocorreu.
Diante dessa situação, Batochio foi até o STJ, no dia 14 de fevereiro, e moveu o HC contra a decisão do TJ. Ao analisar o caso, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, da Sexta Turma de Direito Penal, negou o seguimento do processo. As justificativas da ministra só serão conhecidas quando da publicação da decisão, que deve ocorrer na próxima semana.

REPÚDIOO escritório de Batochio tem movido várias representações e reclamações - nas esferas administrativas e judiciais - contra promotores e juízes de Limeira que atuam em investigações ou em julgamentos de processos contra a família Félix. Diante dessa situação, membros do Ministério Público e do Judiciário têm se manifestado em apoio ao trabalho realizado em Limeira.
A Apamagis (Associação Paulista de Magistrados), por exemplo, emitiu uma nota ontem de "repúdio" a Batochio, conforme foi publicado no site da entidade. "A propósito de defender seus clientes, ele agride de maneira injustificada dois magistrados, Luiz Augusto Barrichello Neto e Adilson Araki Ribeiro, de conduta absolutamente ilibada", cita a associação. Barrichello comanda a 2ª Vara Criminal de Limeira e determinou as prisões, em novembro, de familiares do prefeito cassado. Já Ribeiro, responsável pela Vara da Fazenda Pública, tem dado decisões contrárias a pedidos feitos por Félix para voltar o cargo e para anular a Comissão Processante que o investigou no Legislativo.
"Batochio é conhecido pelo amor à advocacia e pelo empenho na defesa de seus clientes, fatos que merecem aplausos e admiração. No entanto, a projeção das pessoas deveria aumentar a responsabilidade com a sociedade. Assim, as críticas manifestamente infundadas, os termos chulos e as ameaças veladas proferidas na casa do povo de Limeira não se coadunam com essa trajetória bem sucedida", aponta a Apamagis.
No esclarecimento, a entidade ainda diz: "e preciso realçar à população de Limeira o que todos os magistrados de São Paulo já sabem: os juízes Luiz Augusto Barrichello Neto e Adilson Araki Ribeiro não se vergarão em seu dever de distribuir Justiça e nem se intimidarão diante de pressões de qualquer natureza".
Já quanto aos promotores, essa semana o Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do MP também se manifestou. Foi dado um "voto de confiança e solidariedade" às investigações que seguem em andamento.
Fonte: Jornal de Limeira (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

Um animal, quando acoado, reage agressivamente tentando atacar quem o cerca.

Será que o Dr. Batóchio está agindo com o decoro necessário devido à sua qualificação como advogado?

Ou será que está agindo como um animal raivoso ao ver que a população de Limeira não vergou frente a sua imaginada "autoridade"?

O EX-prefeito está pagando caro pelo serviço e o advogado não está conseguindo entregar aquilo que prometeu.

Parabéns ao Ministério Público, aos Juízes de Direito e à população limeirense que deu à base de sustentação política para este desfecho do caso.

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