Notas fiscais revelam R$ 8,5 mi em negócios ilegais da Fênix.
Promotores entregaram ontem, pessoalmente, cópias aos membros da CP, na
Câmara Municipal de Limeira (Flaviana Fernandes)Notas fiscais revelam R$
8,5 mi em negócios ilegais da Fênix. Promotores entregaram ontem,
pessoalmente, cópias aos membros da CP, na Câmara Municipal de Limeira
(Flaviana Fernandes)
Promotores entregaram ontem cópias dos contratos aos integrantes da Comissão Processante
Renata Reis/Rafael Sereno
A empresa Fênix Comércio de Mudas Plantas e Insumos Agropecuários, cujo
sócio-administrador é Maurício Félix, filho mais novo do prefeito Silvio
Félix (PDT), fez contratos com mais de 15 prefeituras do Estado de São
Paulo em período no qual estava inapta para participar de licitações.
Por três anos, nos exercícios entre 2008 e 2010, a empresa não prestou
declaração de imposto de renda à Receita Federal, condição que não a
deixa em regularidade fiscal para fornecer produtos ou prestar serviços a
órgãos públicos.
Os contratos somam R$ 8,5 milhões. Os valores mais altos identificados
pelos promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado
(Gaeco) foram com as prefeituras de Marília, Campinas, Santa Bárbara
D'Oeste e Manduri.
Cópias das notas fiscais foram entregues ontem, às 22h30, pessoalmente,
pelos promotores Luiz Alberto Segalla Bevilacqua e Enzo Boncompagni, aos
membros da Comissão Processante (CP). Os vereadores finalizavam a
última sessão ordinária do ano.
O presidente da Câmara, Raul Nilsen Filho (PMDB), os recebeu ainda no
estacionamento. Eles foram neste horário porque haviam acabado, naquele
momento, de analisar toda documentação na sede do Gaeco, em Piracicaba.
Sem alarde, os promotores levaram grande volume de cópias até a sala da
presidência e entregaram diretamente aos membros da CP. "Atendemos a um
pedido de dias atrás por parte dos vereadores, integrantes da CP", conta
Bevilacqua. A visita dos promotores durou em torno de 10 minutos.
Além das notas fiscais, também foram entregues cópias das escrituras de
compra e venda de imóveis da família Félix, que provam que os valores
negociados são muito superiores aos informados em cartório, conforme a
Gazeta mostrou na edição do último domingo. Os documentos estavam numa
caixa preta, na residência de Verônica Dutra Amador, irmã da
primeira-dama Constância Félix. Os documentos, cujas cópias estão com os
vereadores, podem ser provas documentadas de lavagem de dinheiro,
conforme um dos promotores. "A sonegação fiscal é uma das fases do crime
de lavagem de dinheiro".
Um imóvel em Campinas foi comprado por R$ 3,9 milhões, como consta no
documento, mas, ao cartório, foi informado R$ 1,2 milhão. Em Piracicaba,
um flat custou R$ 550 mil, mas para o cartório foi R$ 240 mil. Já em
Mogi Mirim, outro imóvel, que abriga a Caixa Econômica Federal (CEF),
foi comprado pela Félix Plantas por R$ 4,5 milhões. O imóvel, conforme
apurado, foi registrado por R$ 2 milhões. Estes são os valores de três
escrituras de dez apreendidas pelo Gaeco.
Assim que os promotores foram embora, o presidente da Câmara informou
que os documentos foram lacrados e iriam direto para o cofre. Serão
retirados apenas quando os membros da CP puderem instruir e anexar ao
processo.
Fonte: Gazeta de Limeira (aqui)
MEUS COMENTÁRIOS:
Lendo isso, dá mais asco das declarações infundadas do prefeito sobre perseguição infundada de políticos e da mídia.
E tem vereador caindo neste conto da carochinha e já começa a andar com o prefeito pela cidade como que se nada tivesse acontecido.
Vamos povo, se não acompanharmos de perto a CP, seremos feitos de idiota como foram as CPI's da Merenda e do Fantasma na Cultura.
Todos estão convocados para estar presente no dia 27 de dezembro, às 18:00 na Câmara. Será votado o paracer do relator da CP.
Faça sua parte!