sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Em São Paulo, ônibus rodará com etanol


Scania e Cosan assinam acordo com a Viação Metropolitana e com a prefeitura

SÃO PAULO - O etanol finalmente chegou ao transporte coletivo. Ontem foi assinado um acordo entre a Prefeitura de São Paulo, a Cosan, a Scania e a Viação Metropolitana, que a partir de maio do ano que vem começa a receber os primeiros ônibus, de um total de 50, movidos a álcool.

O plano, segundo Niége Chaves, presidente da Viação Metropolitana, é que a renovação da frota a partir de 2011 seja toda feita com veículos abastecidos por etanol. A aquisição, que custou cerca de R$ 21 milhões, corresponde a 17% dos ônibus da companhia, que tem 300 veículos rodando em São Paulo. A Viação Metropolitana também atua no Recife e já começou a negociar com a prefeitura da cidade para replicar o projeto paulistano na capital pernambucana.

Para a Cosan, o contrato de fornecimento do etanol aditivado representa a entrada em um segmento promissor. Só na cidade de São Paulo circulam 15 mil ônibus movidos a diesel.

O plano da prefeitura é que até 2018 a capital paulista tenha a matriz 100% limpa no transporte público - seja por meio de veículos movidos a biodiesel, energia elétrica ou etanol. A meta é reduzir o uso de diesel em 10% ao ano.

O contrato para a venda de 300 mil litros mensais de etanol a Viação Metropolitana é pequeno na produção total da Cosan. Na safra 2010/2011, 1,8 bilhões de litros de etanol serão produzidos pela empresa.

A Cosan cuidará da retirada do etanol nas usinas, a manipulação de um aditivo fornecido pela empresa sueca Sekab e o fornecimento da mistura às companhias de ônibus que se interessarem pelo projeto.

No acordo, a Cosan se comprometeu em armazenar o etanol no terminal de combustíveis de Paulínia (SP), além de fazer o transporte até a Viação Metropolitana. A sede da viação também receberá um módulo de armazenagem do combustível.

Se a adesão ao etanol pelas empresas de transporte público deslanchar, já se fala até da possibilidade de a Sekab montar uma subsidiária no País. 

Fonte: Site Estadão (aqui)

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