domingo, 19 de novembro de 2017

Encerramento do Projeto Gota D'Água 2017.


Estudo lançado na COP23 indica caminhos para o Brasil zerar o desmatamento na Amazônia

O Grupo de Trabalho (GT) pelo Desmatamento Zero - composto pelas ONGs Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Imaflora, Imazon, Instituto Socioambiental, IPAM, TNC e WWF - lançou nesta segunda-feira (13), na COP23, em Bonn, o relatório “Desmatamento zero na Amazônia: como e por que chegar lá”. No estudo, as organizações indicam caminhos para eliminar, no curto prazo, o desmatamento na Amazônia, com benefícios ambientais, econômicos e sociais para todos.

No documento, o GT defende que não há mais justificativas para a destruição da vegetação nativa do Brasil. Continuar desmatando resulta em desequilíbrio do clima, destrói a biodiversidade e os recursos hídricos, traz prejuízos à saúde humana e, ao contrário do que muitos acreditam, compromete a competitividade da produção agropecuária. Em 2016 o desmatamento na Amazônia, sozinho, foi responsável por 26% das emissões domésticas de gases do efeito estufa. Zerar o desmatamento, é portanto, a forma mais rápida e fácil de reduzir emissões e cumprir com o acordo de Paris.  

A boa notícia é que o Brasil já conhece o caminho para o desmatamento zero e sabe como chegar lá. “As medidas implementadas nos últimos anos (2005-2012) derrubaram as taxas de desmatamento na Amazônia em cerca de 70% e indicam que os elementos necessários para atingir o desmatamento zero se encontram presentes”, destaca a publicação.

 “Já sabemos que o fim do desmatamento não limita a produção de alimentos e a geração de riqueza no campo. Também pode ser alcançado sem impactos importantes para a economia do país enquanto continuar desmatando pode gerar grandes prejuízos econômicos, além de causar a destruição da natureza e gerar violência e desigualdade”, afirma Luís Fernando Guedes Pinto, Pesquisador do Imaflora

“O Brasil já sabe o caminho para chegar ao desmatamento zero, mas tem seguido na direção oposta. Temer e o Congresso vêm discutindo e aprovando medidas que incentivam ainda mais desmatamento, grilagem e violência no campo. Caso ações não sejam tomadas urgentemente, o cenário é de permanência de altas taxas de desmatamento na Amazônia”, comenta Cristiane Mazzetti, especialista em Amazônia do Greenpeace Brasil. "O caminho existe, mas é preciso que governos e empresas se comprometam seriamente em  transformar as ações propostas no documento em realidade, eliminando qualquer forma de desmatamento no curto prazo”, complementa. 

“Milhares de pessoas morrem ou adoecem por ano por causa da fumaça das queimadas associadas ao desmatamento. Já sabemos o que fazer para zerar o desmatamento e salvar estas vidas e evitar as doenças. Agora é preciso coragem para agir”, Paulo Barreto, pesquisador sênior do Imazon.

“O fim do desmatamento na Amazônia e a conservação florestal representam atualmente o melhor investimento que a agricultura pode fazer a favor de sua produtividade futura. Florestas são grandes sistemas de irrigação da lavoura. Não é só produzir sem desmatar, mas sim produzir mais e melhor, conservando as florestas da região”, Paulo Moutinho, pesquisador sênio do IPAM. 

A trilha para o desmatamento zero, de acordo com as organizações, envolve diversos setores e passa, necessariamente, por quatro eixos de atuação:

● Implementação de políticas públicas ambientais efetivas e perenes;
● Apoio a usos sustentáveis da floresta e melhores práticas agropecuárias;
● Restrição drástica do mercado para produtos associados a novos desmatamentos;
● Engajamento de eleitores, consumidores e investidores nos esforços de zerar o desmatamento.

Para o GT, mudanças no sistema de produção agropecuária, combate à grilagem de terras públicas, atuação do mercado e estímulo à economia florestal estão entre as ações mais urgentes para zerar o desmatamento, indicados no estudo:

● A agropecuária pode continuar a contribuir para a economia produzindo nas áreas já desmatadas. Só na Amazônia há 10 milhões de hectares de pastagens abandonadas ou mal aproveitadas, que poderiam ser usadas para a ampliação da produção de carne e grãos.

● Em 2016, pelo menos 24% do desmatamento se concentrou em áreas públicas sem destinação. Hoje há 70 milhões de hectares não destinados na Amazônia, que precisam ser convertidos em terras indígenas e unidades de conservação para frear o desmatamento especulativo.

● O estímulo à economia florestal por meio de programas de governo também precisa ser ampliado. A extração de produtos florestais rendeu cerca de R$ 3 bilhões na média de 2015 e 2016, dos quais R$ 1,8 bilhão são oriundos da exploração de madeira e 537 milhões de extração de açaí.

● Promover incentivos positivos para aqueles que conservam florestas além da exigência legal.
● Além de ampliar as ações de comando e controle, que continuam sendo fundamentais, é imprescindível aumentar a eficácia na punição de crimes ambientais.

● O setor privado deve ampliar esforços no monitoramento completo das cadeias produtivas e bloqueio de produtores que desmatam. Neste caminho, a transparência total de dados socioambientais pelos governos é fundamental.

O relatório reforça, ainda, a importância da mobilização da sociedade contra as tentativas recentes de enfraquecer a proteção florestal, como a flexibilização do licenciamento ambiental, a redução da proteção de Unidades de Conservação, a paralisação dos processos de demarcação de Terras Indígenas e a anistia de grilagem de terras públicas - gerando um lucro de R$ 19 bilhões para grileiros. 

Confira o relatório completo aqui.

MAIS INFORMAÇÕES:

Imaflora
Fátima Nunes – MTb 13.100
(11)3815.8162/ 98274.5553

fatima@imaflora.org

Fonte: IMAFLORA (aqui)

Livro Gratuito para Download: Saudades do Brasil: a era JK, fotografia, cinema, video, arqueologia contemporânea


Saudades do Brasil: a era JK, fotografia, cinema, video, arqueologia contemporânea

Sinopse

Os ideais de construção de uma nação desenvolvida, moderna e democrática, somados a um sentimento de esperança e otimismo, consagraram os "anos jK", hoje evocados como tempos dourados.

Revisitar essas lembranças através das imagens produzidas na época não significa uma simples volta saudosista ao passado, em contraposição ao ceticismo e à desesperança hoje sentidos por todos nós.

Pretende-se refletir sobre a construção desse mito dos "bons tempos", revelando não só a simbologia dos valores e ideais da época, mas também as tensões e contradições omitidas pelo poder seletivo da memória.

Buscando nas imagens o suporte dessa reflexão, admite-se o poder da percepção visual como forma de conhecimento.

A imagem, como documento histórico, não ilustra meramente o saber escrito, mas possui uma linguagem específica que traz consigo a própria reconstrução de uma realidade.

Os fragmentos da era jK reconstruídos nessa mostra permitirão que o olhar contemporâneo tenha uma nova visão sobre a história recente de nosso país.

Para fazer o download gratuito, clique aqui.

Fonte: FGV Editora (aqui)

Palestras: Conhecer para Preservar

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo

sábado, 18 de novembro de 2017

Que Biblioteca!




China inaugura a biblioteca mais espetacular do mundo com 1,2 milhões de livros e o interior é de cortar a respiração

Ninguém gosta de ser observado enquanto lê um livro, mas estamos dispostos a abrir uma excepção se isso significar visitar essa incrível biblioteca na China, porque, como você pode ver abaixo, a incrível estrutura tem um gigante auditório esférico no meio que parece um olho gigante.

Localizada no distrito cultural de Binhai, em Tianjin, a biblioteca de cinco andares, projetada pela empresa de design holandesa MVRDV, em colaboração com o Instituto de Planejamento e Design Urbano de Tianjin (TUPDI) e desde então denominada “O olho de Binhai”, cobre 34 mil metros quadrados e pode armazenar até 1,2 milhões de livros. Com a sua construção demorando apenas 3 anos, a biblioteca possui uma área de leitura no piso térreo, salas de estar nas secções do meio e escritórios, espaços de reunião e salas de informática / áudio no topo.

Nós não temos certeza se daria para estudar lá – nós estaríamos muito ocupados maravilhando-nos com a incrível arquitetura!

Fonte: Site Explicando (aqui)





quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Prefeitura realiza plantio em parceria com Limeira Bike Clube


Prefeitura realiza plantio em parceria com Limeira Bike Clube

A Prefeitura de Limeira, por meio da secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, vai realizar no sábado (11), às 9h,o plantio de uma muda de Ipê Branco (Tabebuia roseoalba) no Anel Viário, próximo ao Parque Cidade. A ação será feita em parceria com o Limeira Bike Clube. O Ipê irá substituir outra árvore da mesma espécie que sofreu diversos ataques e vandalismo até ser totalmente quebrada. “As intervenções em árvores devem ser precedidas pela autorização do Departamento de Licenciamento e Fiscalização. Caso contrário, a ação é passível de multa e pode ser enquadrada como crime ambiental”, explicou o secretário Paulo Trigo.

O Ipê, que sofreu atos de vandalismo, foi plantado pelos integrantes do Limeira Bike Clube. “A árvore simbolizava uma homenagem a um ciclista que pertencia ao grupo e foi vítima de um atropelamento na Rodovia dos Bandeirantes. Solicitamos à secretaria a substituição da árvore e fomos prontamente atendidos”, disse o presidente do Limeira Bike Clube, Francisco José Vieira Cardoso.

Os técnicos da secretaria já estiveram no local do plantio e fizeram a abertura do berço (buraco feito no solo para receber a muda). “A equipe da pasta realiza o preparo do solo que irá receber a muda de Ipê. Também contamos com a ajuda da população para manter a árvore saudável e denunciar casos de vandalismo”, destacou Paulo Trigo.

Fonte: Prefeitura de Limeira (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

Muito triste saber que a árvore terá que ser replantada.

Primeiro, porque uma árvore foi destruída por um inconsequente e segundo, que esta árvore era a homenagem a um ciclista morto numa fatalidade.

Os membros da Limeira Bike Clube, além de ser um grupo que promovem a mobilidade sustentável, são grandes militantes nas causas sociais e ambientais.

Há diversas mudas que foram plantadas nos últimos anos na área verde ao lado desta área e que eles, voluntariamente, ajudaram na manutenção.

Que essa árvore floresça e viva plenamente!

Parabéns ao Limeira Bike Clube e à Secretaria de Meio Ambiente.

Acervo de Paulo Freire acaba de ser reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.


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O Acervo de Paulo Freire já possui reconhecimento do Conarq e do Programa Memória do Mundo da UNESCO em nível nacional e latino-americano.

Acabamos de receber a notícia de que o acervo de Paulo Freire foi reconhecido também como patrimônio da humanidade!

Ganhamos o prêmio em nível internacional! No momento em que desejam tirar o título de Paulo Freire como patrono da educação brasileira, sua obra é reconhecida como patrimônio da humanidade!

O patrimônio documental do Arquivo Paulo Freire foi aprovado no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO.

O programa Memória do Mundo equivale ao prêmio de Patrimônio Histórico da Humanidade, só que para documentos. A escolha é feita a cada dois anos. Os países submetem seus acervos.

Para acessar o arquivo com todas as nominações da UNESCO por país, clique aqui

Fonte: Portal Diálogos do Sul - Opera Mundi (aqui)

Livro sobre Economia Verde para download gratuito.





Nome do Livro: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável: a governança dos atores públicos e privados.

Organizador(es): Carina Costa De Oliveira, Rômulo Silveira Da Rocha Sampaio


O Programa em Direito e Meio Ambiente da FGV-Direito Rio-PDMA realizou a Jornada Internacional Preparatória para a Rio + 20, nos dias 24 e 25 de junho de 2011, no Rio de Janeiro. O tema da Jornada, “A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável: a governança dos atores públicos e privados”, buscou encorajar, motivar e direcionar a reflexão acadêmica de professores e de outros profissionais com o objetivo de gerar recomendações normativas para as discussões da Conferência Rio + 20, que ocorreu em 2012.

Os temas centrais da Conferência — economia verde e o desenvolvimento sustentável — suscitam o debate por si mesmos. O que seria economia verde? A economia verde deveria ter como objetivo o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza? Mas o que é exatamente o desenvolvimento sustentável? Uma definição mais precisa desses termos será fundamental para que os aplicadores das normas não se ocupem tentando interpretá -los durante todo o século 21.

Para fazer download do arquivo, clique aqui.

Fonte: Portal Editora FGV (aqui)

DAEE retoma licitação para barragens de Pedreira e Duas Pontes, em Amparo



O DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) publicou dia 2 de novembro os editais de licitação para a construção das barragens de Pedreira no Rio Jaguari, e Duas Pontes, no Rio Camanducaia, em Amparo. Os novos reservatórios serão construídos abaixo do complexo Cantareira e têm por objetivo criar uma reserva hídrica estratégica na bacia do Piracicaba, Capivari e Jundiaí que vai permitir aprimorar a operação do Sistema Cantareira, especialmente nas épocas de estiagem.

O Governo do Estado deverá investir cerca de R$ 740 milhões nas obras. A expectativa é iniciá-las no primeiro trimestre de 2018 e concluí-las em 30 meses.

O reservatório de Pedreira ocupará uma área de 4,3 quilômetros quadrados, terá capacidade para acumular 31,9 milhões de metros cúbicos de água e vai permitir uma vazão regularizada de 8,5 mil litros de água por segundo.

O reservatório Duas Pontes deverá ocupar uma área de 8,8 quilômetros quadrados, terá capacidade para 53,4 milhões de metros cúbicos e vai permitir uma vazão regularizada de 8,7 mil litros de água por segundo.

O conjunto vai beneficiar diretamente a mais de 5,5 milhões de habitantes em 22 municípios da região: Amparo, Americana, Arthur Nogueira, Campinas, Campo Limpo, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jundiaí, Limeira, Louveira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Piracicaba, Sumaré, Valinhos, Várzea Paulista e Vinhedo.

Os imóveis para construção dos reservatórios já foram declarados de Utilidade Pública (Decreto DUP nº 60.141 de 11/02/2014). O DAEE já possui também a Licença Ambiental Prévia, emitida pela CETESB em 25 de agosto de 2016.

As empresas interessadas em participar da licitação deverão apresentar suas propostas no dia 8 de dezembro.

Fonte: Consórcio PCJ (aqui)

Câmaras Técnicas de Educação Ambiental discutem implantação de Programas Regionais



O IV Encontro de Câmaras Técnicas de Educação Ambiental de Comitês de Bacias Hidrográficas, realizado no dia 16 de outubro, na cidade de São José do Rio Preto (SP), ocorreu conjuntamente ao XV Diálogo Interbacias de Educação Ambiental em Recursos Hídricos e, no contexto do 8º Fórum Mundial da Água, ao Encontro Regional Sudeste.

Após participação na Mesa que abordou “Os instrumentos de gestão no olhar do cidadão - Educação Ambiental para o fortalecimento dos Comitês de Bacia”, a Coordenadora da Câmara Técnica de Educação Ambiental, Capacitação, Mobilização Social e Informações em Recursos Hídricos (CTEA), do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH), Rachel Marmo Azzari, apresentou a contextualização dos encontros anteriores para que os participantes embasassem a continuidade dos trabalhos.

O principal tema abordado no encontro foram as diretrizes para elaboração da minuta de Deliberação do CRH que terá como objetivo orientar a implantação de Programas Regionais de Educação Ambiental, no âmbito dos Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) do Estado.

Dos 21 CBHs do Estado, estavam representados 18. Entre várias discussões foram definidas estratégias que devem ser aprofundadas e especificadas na Deliberação: capacitação e processos formativos, fortalecimento institucional das Câmaras Técnicas de Educação Ambiental nos CBHs, garantir a participação social na gestão de recursos hídricos, Educação Ambiental vinculada aos instrumentos de gestão.

As decisões são continuidade de um processo, que iniciou em dezembro de 2015, quando foi realizado o I Encontro de CTEAS. A articulação e a troca de experiências entre os membros das Câmaras Técnicas de Educação Ambiental dos CBH têm sido um processo importante para a construção conjunta de propostas para o avanço e a implementação da Educação Ambiental no âmbito dos comitês e do CRH.

DIÁLOGO


O Diálogo Interbacias teve como tema principal “Gestão Participativa e Social da Água – A sociedade compartilhando tecnologias locais”. O evento contou com palestras e minicursos de diversos temas como, por exemplo, o cidadão e o acesso à informação, a participação cidadã e a Educação Ambiental, controle social das águas – uma experiência da Região dos Lagos/RJ, orientações e informações sobre a realização e as participações no 8º Fórum Mundial da Água, que será realizado em Brasília, em março de 2018.

Fonte: Portal SIGRH (aqui)

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Cidades chinesas reagem a "epidemia" das bicicletas de aluguel



Pequim, 8 nov (EFE).- Parecia uma ideia boa e ecológica na China há dois anos, quando o aluguel - com pagamento por celular - de bicicletas que podiam ser deixadas em qualquer lugar virou moda, mas hoje a modalidade se transformou em um pesadelo para pedestres e municípios.

A ideia das bicicletas de aluguel com estacionamento livre nasceu de estudantes da Universidade de Pequim, que criaram em 2014 a marca pioneira (Ofo) e a tiraram do campus em 2015, mudando a aparência das cidades chinesas.

A possibilidade de estacionar as bicicletas em qualquer lugar, mudando o habitual sistema de aluguel em ancoragens ou áreas designadas, foi a chave do sucesso de uma indústria que na China já tem 70 marcas diferentes pelas ruas e 16 milhões de unidades.

No entanto, pedestres de grandes cidades como Pequim e Xangai começaram a se queixar neste ano de que estas bicicletas apertadas bloqueiam ruas e calçadas, forçando-os a caminhar pelas faixas de veículos ou impedindo o acesso com facilidade, por exemplo, ao metrô.

A situação levou muitas cidades do país a proibir o aumento da oferta de aluguel de bicicletas. Pequim foi uma das primeiras a fazê-lo, em setembro, quando o número deste meio de transporte chegou a 2,35 milhões.

As câmaras municipais de outras metrópoles como Xangai (com 1,5 milhão de bicicletas), Shenzhen, Wuhan e Cantão imitaram a capital chinesa. Agora são 13 as cidades que estabeleceram um limite após ficarem saturadas.

Os regulamentos nasceram para tentar concentrar as bicicletas em áreas designadas, impedir que sejam estacionadas em áreas residenciais ou abandonadas no meio da rua, exigindo que as empresas que administram o serviço se responsabilizem por retirá-las periodicamente.

A Ofo, que disputa com a Mobike, também de Pequim, o título de empresa dominante do setor, garante que entende estas medidas.

"Nós respeitamos todas os regulamentos que Pequim, Xangai e outros governos introduziram, por isso deixamos de introduzir bicicletas adicionais imediatamente", afirmou uma porta-voz da Ofo à Agência Efe.

"Contratamos funcionários para recolocar algumas destas bicicletas do centro (de Pequim) para os arredores, como o governo sugeriu, e fortalecemos nosso pessoal em áreas movimentadas para garantir que os veículos estejam estacionados de forma ordenada", acrescentou.

A empresa, que já está expandindo a ideia para cidades como Londres, Manchester, Florença, Milão, Cingapura e Bangcoc, defende que, acima de alguns problemas logísticos que precisam ser resolvidos, promoveu grandes benefícios ao transporte urbano.

"À medida que as cidades estão cada vez mais povoadas e mais caras, o aluguel de bicicletas é uma alternativa viável a longo prazo ao transporte público, táxis ou carros particulares", defendeu a porta-voz.

A Mobike, que com suas icônicas bicicletas de cor laranja rivaliza com as amarelas da Ofo, considera que diante da saturação nas cidades chinesas a solução é partir para o mercado externo.

A empresa, que já implantou suas bicicletas em países como Reino Unido, Cingapura, Cazaquistão, Tailândia, Malásia, Japão e Áustria, planeja um "exército" de 20 milhões de unidades em 200 cidades do mundo.

Mas em algumas cidades europeias o sistema já foi proibido, e em Madri, a Câmara municipal anunciou que vai regulamentar o setor para evitar uma invasão.

A saturação não apenas trouxe problemas urbanos, mas também econômicos para algumas das muitas empresas que surgiram com a bolha do setor, e no mês de junho veio a primeira falência de uma das companhias, Wukong Bicycle, seguida logo depois pela quebra da 3VBike.

Isso cria novos problemas, como milhares de bicicletas abandonadas pela marca que as gerenciava, pois houve cidades como Xian, no centro da China, que estabeleceram a obrigatoriedade de as empresas avisarem com um mês de antecedência as autoridades sobre o fechamento ou falência.

Muitas delas, afirmou recentemente o jornal "China Daily", "não vão sobreviver em um setor impiedoso, e algumas terão que se fundir".

Na semana passada, de fato, aconteceu a primeira dessas fusões, entre a Youon, cujas bicicletas azuis e amarelas também são muito populares em Pequim, e a Hello-Bike. EFE

Fonte: EFE no site do Yahoo (aqui) / Imagem (aqui)

MEUS COMENTÁRIOS:

Toda ação que vá na direção de facilitar a mobilidade urbana utilizando-se do transporte coletivo ou de bicicletas e a pé é bem vindo nas modernas cidades.

Ações que trabalhem para facilitar o processo também são bem vindas, como a da proposta acima destacada.

Mas um benefício não pode atrapalhar aquilo que justamente, se propôs a fazer: a ação em prol da mobilidade urbana não pode trazer problemas para a própria mobilidade urbana!

Há que se regular, porque infelizmente, muitos tendem a esquecer do espaço do próximo, e imagina como que ficaria a área em frente à estação do Metrô, conforme citado na reportagem acima?

Mas entendo que este processo é um bom problema a se resolver, porque é sinal de estar reorganizando o que está dando certo.