sexta-feira, 21 de julho de 2017

Sabesp amplia área verde e melhora qualidade da água no Cantareira.



Pensando na qualidade da água desde a sua fonte, a Sabesp mantém iniciativas de conservação ambiental e reflorestamento das matas nos entornos das represas, rios e nascentes. Em 10 anos, a cobertura florestal nas margens das represas do Cantareira aumentou em 40%.

Até agora, a Sabesp já reflorestou 1.189 hectares no entorno das represas do Sistema Cantareira. Isso significa o plantio de 1,6 milhão de árvores nativas em uma área que equivale a 1.655 campos de futebol. A ampliação da cobertura de vegetação nativa colabora com a melhoria na qualidade da água, que passou de boa para ótima.

Com um investimento de R$ 2,5 milhões, a Sabesp plantou recentemente 213 mil mudas de espécies nativas em áreas da represa Cachoeira, que faz parte do Sistema Cantareira. Em setembro deste ano, mais 53 mil mudas serão plantadas.


Esses plantios se somam a uma ação iniciada em 2007, quando a Sabesp firmou parcerias com ONGs e empresas para plantar 1 milhão de árvores no Cantareira. As instituições ultrapassaram a meta inicial do projeto, que alcançou a marca de 1,4 milhão de mudas. O plantio foi realizado nas represas Paiva Castro, Jaguari-Jacareí e Cachoeira. Para garantir o sucesso da restauração florestal, foi necessário realizar durante alguns anos serviços de manutenção, como, por exemplo, construção de cercas, combate a formigas cortadeiras, correção do solo, entre outros.

Com isso, a cobertura vegetal do Sistema Cantareira passou de 44% para 62% nesses últimos 10 anos, contribuindo com a melhoria na qualidade das águas do sistema. De acordo com o Índice de Qualidade das Águas (IQA) da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), na década de 2000, o índice da qualidade da água do Sistema Cantareira estava acima de 70, com a média boa. Já na década de 2010 até 2016, época em que a Sabesp enfrentou a maior seca da história na Grande São Paulo, o índice estava acima de 80, com a média de qualidade ótima. 

Além de dificultar ocupações ilegais no entorno dos mananciais, o plantio impede o carreamento de resíduos sólidos para dentro da represa, reduzindo a poluição da água e colaborando com sua qualidade. A vegetação também reduz a erosão do solo, ajuda a reduzir o risco de enchentes e protege a biodiversidade.


Durante os próximos anos, a companhia prevê o plantio de mais 250 mil, chegando a quase 2 milhões de árvores no Sistema Cantareira, que é o maior sistema produtor da Região Metropolitana de São Paulo e abastece cerca de 7,7 milhões de pessoas. Para acelerar este processo de recuperação, a Sabesp está buscando empresas que queiram fazer novas parcerias. Os interessados podem entrar em contato com a Companhia, que está disponibilizando 880 hectares para restauração ecológica.

Fonte: SABESP (aqui)

Nota do editor: bons números que eu não conhecia. Que bom que o volume de mata ciliar restaurada passou de 44% para 62% no Sistema Cantareira. Todos das Bacias PCJ agradecem.

terça-feira, 18 de julho de 2017

Casarão que foi palco de festas luxuosas na era Sarney vira centro infantil no MA



Carlos Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió 04/07/2017 - 04h00

Conhecida por sediar festas promovidas pelos governos da família Sarney e seus aliados, a antiga casa de veraneio do Maranhão --uma grande residência oficial à beira mar em São Luís-- passa a ser, a partir desta terça-feira (4), um centro de referência para crianças com microcefalia e problemas neurológicos.

A Casa de Apoio Ninar será inaugurada na praia de São Marcos, em uma área com 6.680,45m². Ela será uma extensão do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças.


Casa passou por obras de acessibilidade e será inaugurada nesta terça (04)
Antes de ser inaugurada, a casa foi reestruturada e passou por obras de acessibilidade e mobilidade para abrigar setores como consultórios, centros de convivência, dormitórios e auditório. Ao todo foram investidos R$ 565 mil.
Espera-se que, na casa, 58 profissionais realizem até 1.263 atendimentos por mês. A despesa mensal, a cargo da Secretaria de Estado da Saúde, será de R$ 192 mil.

Segundo o governo, a casa vai abrigar 15 famílias por semana e cinco profissionais de saúde dos municípios. Entre os profissionais, há especialistas como pediatra, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, enfermeiro e assistente social.

Promessa era vender

A promessa de campanha do governador Flávio Dino (PCdoB) era vender o imóvel. Porém, o governo informou ao UOL que, devido ao cenário de crise econômica, o preço oferecido não foi vantajoso. 

"O imóvel de alto padrão está localizado em umas das áreas mais valorizadas de São Luís. Não houve uma proposta financeira que o governo considerasse adequada", explicou.

Antes da reforma, o espaço foi palco de festas --muitas vezes extremamente luxuosas--, como a de despedida do cargo da ex-governadora Roseana Sarney, em dezembro de 2014.

Após a derrota do seu grupo naquele ano, ela decidiu renunciar ao cargo 22 dias antes do término do mandato. Saiu fazendo uma festa onde cantou, pulou e ofereceu uísque e vinho a convidados.

Naquele mesmo ano, em junho, ela comemorou seu aniversário de 61 anos em uma festa que contou até com apresentações de bois bumbá. 

Nesse domingo (2), o governador fez uma visita ao local e comentou sobre o centro. "Essa é uma obra que tem um significado social e simbólico, pois a casa que antes era para poucos será agora de todos e para todos", disse.

Fonte: UOL (aqui)

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Importância das Macrófitas Aquáticas


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 As macrófitas aquáticas desempenham um papel extremamente importante no funcionamento dos ecossistemas em que ocorrem, sendo capazes de estabelecer uma forte ligação entre o sistema aquático e o ambiente terrestre que o circunda.
   Entre os importantes papéis desempenhados pelas macrófitas, podemos citar:

    - O de atuar como produtores primários, isto é, servem como importante fonte de alimento para muitos tipos de peixes e algumas espécies de aves e mamíferos aquáticos (como as capivaras).

   - Atuam como liberadores de nutrientes; absorvendo os nutrientes do sedimento por suas raízes e liberando-os na água, através de sua excreção ou durante sua decomposição.

   - São fornecedoras de muitos habitats e abrigo para peixes recém nascidos e pequenos animais.

   - Proporcionam sombreamento, fundamental para muitas formas de vida sensíveis às altas intensidades de radiação solar.

   - Fornecem materiais de importância econômica para a sociedade, pois podem ser utilizadas como alimento para o homem e para o gado, como fertilizante de solo, como fertilizante de tanques de piscicultura ou abrigo para alevinos, como materia prima para a fabricação de remédios, utensílios domésticos, artesanatos e tijolos para a construção de casas, como recreação e lazer, pois são cultivadas em lagos artificiais como plantas ornamentais, etc.

  Além disso, algumas macrófitas aquáticas são hospedeiras de algas e bactérias fixadoras de nitrogênio.

  Proporcionam local adequado para o desemvolvimento de microorganismos pois suas raízes servem de substrato para a deposição de ovos de diversos amimais e abrigo para o zooplâncton, que constitui a principal alimentação de muitos peixes pequenos.

  Por necessitarem de altas concentrações de nutrientes para seu desenvolvimento, as macrófitas aquáticas são utilizadas com sucesso na recuperação de rios e lagos poluídos, pois suas raízes podem absorver grandes quantidades de substâncias tóxicas, além de formarem uma densa rede capaz de reter as mais finas partículas em suspensão.

  As macrófitas aquáticas estão tão intimamente relacionadas ao funcionamento dos ambientes aquáticos que a preocupação com sua preservação é fundamental para a manutenção da biodiversidade desses ambientes.

  No Brasil, a maioria dos lagos são relativamente rasos, possibilitando a formação de extensas regiões litorâneas, áreas amplamente ocupadas por macrófitas. Essas regiões são consideradas as principais responsáveis pela produtividade biológica dos sistemas aquáticos e são extremamente vulneráveis aos impactos causados pelo homem, como a poluição e a turbidez da água ocasionada pelo material inorgânico proveniente da erosão dos solos e carregados pelas chuvas.

   Neste contexto, o conhecimento sobre a biologia e ecologia das macrófitas aquáticas e a importância de sua preservação são fundamentais para o bom funcionamento dos ecossistemas aquáticos.

Fonte: Texto - UFSCAR (aqui) / Imagem - Facebook (aqui)

Meus Comentários:

Esta é uma área da flora que pouco conhecemos. São especiais e deveriam ser mais protegidas. Infelizmente, áreas úmidas ou rasas são aterradas para gerar mais espaço para a agricultura ou para estradas no meio urbano.

Temos que entender mais os benefícios gerados por essas comunidades aquáticas.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Brasil despenca 19 posições em ranking de desigualdade social da ONU


Desigualdade social cresce no Brasil, aponta a ONU.

País aparece entre os 10 mais desiguais do mundo. Além da diferença entre ricos e pobres, levantamento ressalta desvalorização e baixa representatividade da mulher na sociedade brasileira

As desigualdades social e de gênero se acentuaram no Brasil. Esse é o diagnóstico revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com dados de 2015, divulgado nesta terça-feira. O país ocupa o 79º lugar entre 188 nações no ranking de IDH, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, mas despencou 19 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres.

Enquanto a nota de 0,754 do Brasil se mantém estagnada, preservando-o em um patamar considerado alto pela ONU, o número cai para 0,561 no indicador social. Analisando somente esse fator, o país seria rebaixado para a escala de países com índice médio. O IDH varia entre 0 (valor mínimo) e 1 (valor máximo). Quanto mais próximo de 1, maior é o índice de desenvolvimento do país. Pela primeira vez desde 1990, quando o levantamento começou a ser publicado anualmente, o Brasil não elevou sua nota no ranking. A Noruega permanece na primeira colocação e encabeça a lista das nações com IDH muito alto, com 0,949, seguida por Austrália e Suíça, ambas com 0,939.

Ainda no cálculo ajustado pela desigualdade social, o Brasil, empatado com Coreia do Sul e Panamá, só não regrediu mais nesse quesito que Irã e Botsuana, que caíram 40 e 23 posições, respectivamente. Já o Coeficiente de Gini, que mede a concentração renda, aponta o país como o 10º mais desigual do mundo e o quarto da América Latina, à frente apenas de Haiti, Colômbia e Paraguai. Segundo o levantamento da ONU, o percentual de desigualdade de renda no Brasil (37%) é superior à média da América Latina, incluindo os países do Caribe (34,9%).

A desigualdade brasileira também cresce nas comparações de gênero. Embora as mulheres tenham maior expectativa de vida e mais escolaridade, elas ainda recebem bem menos que os homens no Brasil. A renda per capita da mulher é 66,2% inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de desigualdade de gênero, o país aparece na 92ª posição entre 159 países analisados, atrás de nações de maioria religiosa conservadora, a exemplo de Líbia (38ª), Malásia (59ª) e Líbano (83ª).

Também é baixa a representatividade da mulher no Congresso Nacional. O comparativo entre número de cadeiras em parlamentos indica que as mulheres brasileiras ocupam somente 10,8% dos assentos. O número é inferior à média mundial (22,5%) e até mesmo ao de países com IDH baixo, como a República Centro Africana, última colocada do ranking, que tem 12,5% de seu parlamento ocupado por representantes do sexo feminino.

Por meio de um comunicado, a Presidência da República avaliou que os dados divulgados pela ONU “ilustram a severidade da crise da qual apenas agora o país vai saindo”. De acordo com a nota, as reformas propostas pelo presidente Michel Temer devem se refletir em números melhores nas próximas edições do ranking.

Fonte: El Pais (aqui)

Nota do editor: Triste notícia. Com a atual crise, estamos regredindo a passos largos. Não sei onde a equipe do nosso presidente buscou fazer essa afirmação que as reformas irão ajudar estes índices. Permitir que mulher gestante ou lactante possa trabalhar em local insalubre, com certeza, em nada auxiliará isso.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Pneu do futuro poderá ser feito de pele de tomate e casca de ovo



São Paulo – Você já leu por aqui sobre o uso de resíduo de abacaxi para produzir “couro” mais sustentável, sobre empreendedores que sabem tirar riqueza do lixo e materiais biossintéticos que podem mudar o mundo em breve.

Na esteira da busca por materiais mais naturais e do combate ao desperdício, pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram uma maneira de fazer pneus de carro a partir de resíduos de pele de tomate e casca de ovo.

Essa mistura incomum de ingredientes pode substituir o uso de negro de fumo (ou fuligem), material produzido pela combustão incompleta de derivados de petróleo  e utilizado como um reforço de enchimento em pneus de automóveis e outros artigos de borracha.

Fornecido como um pó bem fino, o negro de fumo é responsável por cerca de 30 por cento de um pneu e também pela sua cor preta característica. Nos últimos anos, devido ao aumento da demanda da indústria de pneus e ao fato do custo desse material flutuar com o custo do petróleo, pesquisadores vêm buscando novas fontes de borracha natural e enchimento.

Segundo a Dra. Katrina Cornish, pesquisadora sênior da Universidade Estadual de Ohio, a tecnologia tem o potencial para resolver três problemas: torna a fabricação de produtos de borracha mais sustentável, reduz a dependência do petróleo estrangeiro, no caso dos EUA, e ajuda a reduzir o envio de resíduos aos aterros sanitários.

Os americanos consomem 13 milhões de toneladas de tomates, a maioria deles enlatados ou processados de outra forma, e 100 bilhões de ovos por ano.

As usinas de processamento de tomate geram pilhas de peles descartadas, que são muito úteis para a pesquisa da Universidade, especialmente porque os tomates comerciais possuem peles mais grossas.

Enquanto isso, a indústria de alimentos comerciais usa metade dos ovos produzidos no país, o que significa que há uma oferta estável a todo tempo. Não é à toa que são as fábricas de alimentos de Ohio que fornecem esses resíduos para pesquisa do pneu mais ecológico.

Cindy Barrera, pesquisadora no laboratório de Cornish, descobriu em testes que as cascas de ovos possuem microestruturas porosas que fornecem maior área de superfície para contato com a borracha. As cascas de de tomate, por sua vez, são altamente estáveis a altas temperaturas e também podem ser usadas para gerar material com bom desempenho.

“Descobrimos que a substituição de diferentes quantidades de negro de fumo por cascas de ovo moídas e cascas de tomate causa efeitos sinérgicos, permitindo, por exemplo, que a borracha continue forte e mantenha a flexibilidade”, diz.

De acordo com os cientistas, em testes, a borracha feita com os novos ingredientes excede os padrões industriais de desempenho, o que pode, em última instância, abrir novas aplicações para a borracha.

A principal diferença em relação à borracha convencional é a cor. Dependendo da quantidade de casca de ovo ou tomate usada, o o novo pneu pode ter tom mais castanho avermelhado, ao invés de preto.

Os cientistas, agora, estão testando combinações diferentes e procurando formas de adicionar cor aos materiais. A universidade licenciou a tecnologia, ainda pendente de patente, para a empresa da doutora Cornish, EnergyEne, para desenvolvimento dos próximos passos.

Fonte: Página de Ivan Linhares no Linkedin (aqui)